Vinte e quarto (Antepenúltimo)

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(Anastácia e Alef, casados)

Anelise

Alguns meses se passaram, eu permiti a visita de Anastácia ao calabouço todos os dias com a supervisão de um guarda. Ela estava apaixonada por Alef.

Eu ficava aflita apenas de pensar na possibilidade de ele estar apenas mentindo para ela, mas fazia tanto tempo em que eles se encontravam sem parar, que talvez eu devesse descartar isso.

Estava no quarto, quando Cacíano entra no mesmo, vindo até mim e me dando um beijo no rosto.

- O que houve? Parece preocupada. - Olho para ele e lhe dou um sorriso, na tentativa de deixa-lo tranquilo.

- Estava a pensar em Anastácia e Alef. Espero que ele não esteja apenas usando minha irmã. - Digo, ele passa a mãos em seus cabelos.

- Conheço meu irmão. Talvez ele tenha mudado. Mas, depois de tudo aquilo, eu...

- Não vamos pensar naquilo. Já acabou.

- Tudo bem. - Ele me abraça por alguns instantes e depois sai, dizendo que o pai deseja falar com ele.

Não aguento a minha curiosidade e vou até o calabouço. Quando chego em sua cela, ele me recebe com um meio sorriso.

- Alteza. - E se curva.

- Preciso falar com você. - Digo. - Você realmente ama minha irmã?

O tom gozador dele se transforma em sério.

- Sim, eu amo Anastácia. Ela foi a que me deu apoio em todos os momentos aqui dentro. Eu já disse a ela que quero ser digno de seu amor e vou ser. Também vou retribuir todo o amor que ela sente por mim. Mulheres como ela, não devem ser enganas. - Suas palavras parecem ser muito sinceras. Respiro fundo.

- Guardas. - Dois guardas vieram. - Abram. Alef, a melhor forma de você mostrar que a ama, é saindo desta cela, casando e sendo fiel a ela e ao nosso reino.

- Eu amo Anastácia. - Diz ele. O deixo sair e o acompanho até o quarto de Ana.

- Cuide bem de minha irmã. - Digo, Anastácia abre a porta e vê Alef. Ela pula em seus abraços, muito feliz.

Anastácia

Dias depois...

Dias se passaram depois que Alef foi solto e me pediu em casamento. Eu estava tão feliz. Alef forneceu informações importantes sobre a bruxa e, finalmente, ela foi encontrada.

Hoje era o grande dia. O meu casamento com Alef.

Meu vestido era assim:

Meus cabelos estavam presos, com uma tiara. Passei pó de arroz em meu rosto e usei jóias que Anelise me deu de presente.

Estava em meu quarto, me admirando no espelho. Eu estava exatamente do jeito que sempre sonhei. Ouço alguém abrindo a porta, era Anelise.

- Irmã? - Ela diz.

- Sim? - Ela entra no quarto.

- Você está tão linda. - Levanto e seguro suas mãos. - Papai está lhe esperando. Chegou a hora.

Eu estava muito nervosa. Papai sussurrava em meus ouvido para ficar calma. Quando chegamos, Alef segurou minha mão.

- Minha filha mais velha... cuide bem dela, Alef. - Disse meu pai. Alef beija minha testa.

Ficamos de joelhos e ouvimos o Padre falar sobre união e ler versículos necessários. Então, está na hora dos votos.

- Eu, Príncipe Alef Irving White aceito você, Princesa Anastácia Roberts Baker, como minha legítima esposa, prometo ama-te e respeita-te em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe. - Sorri. Eu estava tão nervosa e feliz.

- Eu, Princesa Anastácia Roberts Baker, aceito você, Príncipe Alef Irving White, como meu legítimo esposo, prometo ama-te e respeita-te em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe. - Ele sorri. Pusemos as alianças.

- Pode beijar a noiva. - Sorrimos, Alef se aproximou e me beijou.

Eu estava vivendo um sonho.

A comemoração foi fantástica. O jantar estava perfeito e a dança dos noivos foi impecável. No fim, todos foram embora e eu e Alef fomos para o nosso quarto.

- Enfim, a sós. - Disse ele sorrindo.

- Alef, obrigada por fazer isso tudo por mim. Eu amo você.

- Não precisa me agradecer, Princesa Anastácia. - Sorri. - Eu amo você. Amo tanto. Você me tirou de um lugar que eu não sabia se iria conseguir sair.

- Foi um pouco difícil convencer Anelise e Cacíano...

- Não estou falando do calabouço, meu amor. Estou falando de minha escuridão interna. Eu estava tomado pelo ódio. Eu tinha errado no passado e não enxerguei que esses erros me fizeram indigno da coroa, sempre achei que era meu pai o problema. Mas, sempre fui eu. - Uma lágrima escapou de meus olhos ao ouvir aquilo.

- Fico tão feliz de ter acreditado que você poderia mudar. - Lhe dou um abraço forte. Naquela noite, selamos nosso amor.

A Princesa PerdidaWhere stories live. Discover now