Capítulo 8

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Max

Já passa de 13h da tarde quando acordo, a festa ontem rendeu muito. Vou até a cozinha e encontro Mia com a velha cara de morta de todas as vezes que ela fica de ressaca, eu devo ficar parecido com ela.

- Mamãe já foi trabalhar? – Mia pergunta.

- Você já viu que horas são? Ela já deve ter ido a umas cinco horas.

- Então ela não vai encher meu saco – Reviro os olhos, Mia e minha mãe vivem em guerra. Programo a cafeteira para fazer um café bem forte para nós dois enquanto preparo dois sanduiches.

- Temos que pensar em como dar o fora daqui – Ela diz olhando para a janela, onde podemos ver um pouco do muro.

- Axel nos tira daqui fácil se concordar – Digo e pego meu CTphone, coloco sobre a mesa – CTphone ligue para Axel. – No mesmo instante ele disca o código do CT de Axel.

- Oi Max – Assim que ele atende seu rosto aparece no holo.

- Pode vim aqui? Queremos uma reunião com você – Ele tem a mesma cara amassada que eu e Mia.

- Tudo bem – No mesmo instante já inclui Axel no nosso café. Quando termino, ouço a porta de abrir e Axel logo aparece na cozinha e se senta junto a Mia.

- Então, o que vocês querem?

- O beijo da Justine foi o suficiente para fazer você mudar de ideia? – Mia pergunta com um sorriso de lado.

- Vamos acabar com nossas vidas – Somos pegos de surpresa, Mia pula da cadeira em direção a Axel e o abraça.

- Eu não acredito que você vai – Ela diz quase chorando. – Eu te amo – Axel sorrir.

- É importante para todos vocês e, é a única coisa que ainda posso fazer por minha mãe – É nítida a dificuldade dele em pronunciar essas palavras, Axel evita falar da mãe de forma sentimental, foram poucas as vezes que vi ele falando dela assim. É o que Mia sempre me diz, é impossível ele não sentir essa dor.

Agora vamos comer, entrego o café para eles que dispensam totalmente os sanduiches.

- Uma semana – Axel diz – Vamos sair daqui exatamente uma semana, vou precisar que invada os sistemas de monitoramento da base do muro e troque os horários da vigília, precisa me colocar nela, faremos isso de madrugada, temos que despistar os guardas de vigilância, ainda vou pensar em alguma coisa.

- Tudo bem – Digo – Vai ser moleza.

- Só que vou precisar mais do que sua inteligência, o primeiro passo é tirar Justine da mansão do governador, ela está com segurança extra, o governador já percebeu a rebeldia da neta. Temos que tira-la e vou precisar de você. Vocês três vão ter que estar como soldados, eu vou arranjar uniformes para cada um, Mia você vai atirar comigo, é esperta, sabe muito bem que não pode atirar para matar.

- Acha que eu sou o quê?

- Eu só não confio em você.

- Precisamos comprar mantimentos para viver no meio de uma floresta, nossa viajem pode demorar dias, remédios, tudo que for útil para a nossa sobrevivência. O mais importante é que não contem nada para Justine, não entrem em contato com ela durante essa semana, entenderam?

- Por que não? – Pergunto.

- Justine pode fazer eles desconfiarem, tudo o que não precisamos no momento. Se entrarem em contato com ela é mais motivos para desconfiar.

Hoffen: UnidosOnde histórias criam vida. Descubra agora