Capítulo I

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Era 23:14 da noite, eu estava caminhando sobre a areia da praia, com um sorriso largo, o coração feliz e uma alegria imensa, aliás, o que eu fiz foi divino, mas não podemos comemorar antes da hora, existe uma história por trás de tudo, e, às vezes triste e às vezes felizes, e a minha história começa assim...

Certo dia eu estava fazendo compras em uma loja de doces, era aniversário da minha prima e já que eu nao comprei nada de presente, decidi comprar um bolo, comprei e fui correndo para casa pois já estava em cima da hora, mas, no meio do caminho, escorreguei em um jornal e cai no chão com o bolo, que saiu da tampa e caiu no asfalto, aconteceu quase a mesma coisa comigo, só que sem a tampa, e com joelho ralado. Uma moça me ajudou, o nome dela é Pietra, perguntou se eu queria que ela me levasse para casa mas eu disse que não, ela me deu o número dela caso eu precisasse, depois disso, fiquei pensando no que eu ia fazer já que a festa da minha prima já tinha começado e eu estava sem presente, decidi calçar a cara e fui.

Chegando lá na chácara toquei a campainha, minha Tia abriu o portão e perguntou com uma cara de assustada o que tinha ocorrido, eu expliquei que foi por causa que eu escorreguei e ela pediu pra eu entrar que ela ia pegar os remédios para eu tomar e passar no joelho, feito isso, fui dar uma volta na chácara, era linda, no fundo havia um quintal enorme só de árvores frutíferas, e no meio havia a casa e os dormitórios, que por sinal era muito chique já que a minha prima era da parte rica da família, e na frente havia a piscina cujo minha prima estava lá nadando com os colegas, eu, com uma cara de quem sujou o tênis novo, já que não trouxe presente, fui e dei parabéns pra ela, ela foi simpática pois entendeu meu lado ao ver meu joelho, me convidou para nadar mas eu não quis.

Sentei em um balanço, e fiquei admirando a paisagem, as nuvens, as árvores, o canto dos pássaros, eu me achava estranho, por que eu era uma pessoa mais reservada, mais naturalista, gostava de coisas simples e boas risadas sem muita besteira, não tinha muitos amigos, os que eu tinha eram verdadeiros, mas moravam longe, e eu ficava quieto lá no meu canto, será que eu que era estranho ou os outros que eram ignorantes ? Bom, tirei um cochilo, que durou meia hora, meu telefone tocou, era meu pai perguntando se eu tinha chegado bem, e se eu estava com as chaves de casa, hora que fui ver, não estava comigo, eu devo ter deixado cair hora que eu escorreguei, liguei para a Pietra, ela disse que as chaves estavam com ela e que era pra eu ir buscar já que ela tinha que sair mais tarde. Eu me despedi da minha prima e fui embora dali, já era meio tarde, 18:00, fiquei com receio de ir na casa dela, eu nem a conhecia direito, mas as chaves estavam lá, então eu tinha que ir. Chegando lá ela perguntou se eu queria jantar mas eu tinha vergonha então recusei por educação, me deu as chaves e falou se eu precisar pra eu contar com ela. Meu pai brigou comigo por causa que cheguei tarde, eu já não estava muito legal por causa do que aconteceu naquele dia, então fui pro meu quarto, ouvi música, me distrai, aos poucos fiquei com sono, e fui tentar dormir.

No dia seguinte, várias coisas aconteceram, mas uma delas se destaca, minha Tia conseguiu algumas passagens para Ilhabela - SP, e me convidou para ir, meu pai não quis deixar no começo, mas eu acabei insistindo tanto, que ele deixou. Comecei a arrumar as malas no mesmo dia, nós sairíamos de ônibus na manhã seguinte. Feito isso, eu fui comprar alguma coisinha pra eu comer na viagem, o céu estava tão lindo, era lua cheia, tinha uma magia aquilo, me fazia me sentir tão calmo, mas voltando ao assunto, comprei um salgadinho e já era 22:30 eu tinha que ir dormir pra acordar cedo amanhã, mas, no caminho de casa encontrei Pietra, eu contei que estava Indo à Ilhabela, e ela me disse que ela ia pra ilha comprida, tanto que, ela tem uma casa lá, e que ela vai nas férias, batemos papo e depois ela e eu fomos embora. Cheguei em casa, tomei banho e fui dormir. Na manhã seguinte o ônibus parou na minha porta, eu estava muito alegre. Na viagem, eu fiquei observando as árvores, o céu, e a natureza, eu sou uma pessoa muito naturalista, só não gostava de parar nos postos, por que demora pra chegar, eu estava ansioso pra ver o mar, e, eu queria tomar um banho e pegar a senha do Wi-Fi.

Chegamos ! Navegamos de balsa até a ilha, era estranho, parecia que você estava parado, mas você sentia andar se olhasse pra um determinado ponto, demorou alguns minutos pra balsa chegar até lá. Feito isso, fomos para o hotel, que ficava do lado de uma das praias mais famosas, mas não fomos lá, deixamos para ir no dia seguinte, aproveitamos e tiramos um cochilo.

Amanheceu, eu mesmo me arrumei, tomei café e fui pra praia, o céu estava lindo, o sol brilhante, as gaivotas voavam e cantavam, a sensação de pisar na areia é divina, os caranguejos e siris começavam a procurar alimento com aquelas garras fazendo o barulho "Tic, Tic". Decidi então entrar no mar, peguei meu óculos de nadar, puis o pé na água, estava muito gelada, e ia demorar para eu me aquecer, então mergulhei, eu me senti tão livre, parecia que estava nas nuvens, peguei umas conchinhas e achei alguns peixes e corais, logo depois, a família da minha tia foi lá na praia onde eu estava, eles fizeram um churrasco e cantaram pagode, e eu fiquei lá quieto no meu canto nadando, mas algo estranho aconteceu, eu estava mergulhando, e começou a ventar, mas muito mesmo, e eu não percebi, hora que eu voltei, as cadeiras estavam voando, os guarda-sóis, até as latinhas de cerveja do meu tio voaram, o céu ficou escuro, minha tia estava gritando pra eu sair da água, mas o mar começou a ficar agitado e eu não conseguia nadar até a areia, então decidi mergulhar até um certo lugar do outro lado da praia que tinha uma parede de pedra que barrava o vento, e uns ganchos para nós segurarmos, então eu consegui ir até lá, mas para sairmos, precisávamos entrar no mar, então eu fiquei "preso" lá, e fiquei esperando a ventania passar, fui checar para ver como estava e o vento quase me levou, o nível do mar começou a subir, a tal ponto de que meus pés já estavam molhados, eu entrei em desespero, e comecei a chorar, e, por mais estranho que pareça, a ventania começou a diminuir, e o mar voltou ao seu nível normal, eu então consegui sair dali e fui para casa.

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