- EI ACORDA!! Come isso!!!
Todas as noites é bem complicado dormir, a culpa e tudo mais, pesa muito na minha consciência e eu nem sei como relaxar.
Acordo ela sempre, me preocupo com seu bem estar, de verdade eu quero muito que ela sinta-se o melhor possível.
Hoje é um dia que eu preciso dar um jeito de dar um pulinho em casa e ver a Laurinha, quaso piro de saudade. Sei que ela está bem, está sendo muito bem cuidada, mas tenho certeza que ela sente minha falta e é bem difícil pra ela entender minha ausência. Só sinto medo pela Camilla, com a minha saída outra pessoa terá que ficar aqui e tenho certeza que poderá ser terrível para ela, meu tio ou meu pai teriam que ficar e eles são nojentos, ela é absurdamente linda e eu sei que eles são escrotos o suficiente para se aproveitarem desse momento em que estarão aqui sozinhos com ela.Saio do quarto, ligo para o meu tio, sinto que com ele a probabilidade de fazer alguma coisa é menor. Por mais terrível que seja, ele é mais inteligente que o meu pai e saberá que qualquer burrada que cometa terá consequências. Confio nisso.
- Tio Jarbas tudo bem? - ando de um lado para o outro, tentando me concentrar em ser simpático.
- Fala Killer, algum problema? - sua voz é baixa e rouca, percebe-se que é efeito da nicotina. - Sei pai não está por aqui.
- Não, não é isso. Estou precisando dar um pulinho em casa, pode ficar aqui na área cuidando da mina? - visivelmente cuidadoso com as palavras, peço falando baixo para que ela não me ouça.
- Será rápido? Mais tarde ligaremos para os Rish's para voltarmos a negociar.
- Sim, será bem rápido, menos de 1 hora com certeza.
- Tudo bem então, logo estarei aí!
Volto para o quarto ligo a televisão e percebo que ela voltou a dormir, me aproxima e ajeito sua cabeça, seus cabelos loiros sempre ficam jogados para o lado, deixando claro que a cabeça está torta. Tocar nela, mesmo em momentos assim, me faz me sentir diferente, me faz parecer que sou o Daniel e não o Killer.
Como seu cheiro é doce, como sua pele é suave... Inebriante. - me deparo pensando e logo me concentro no que preciso fazer.
Tenho que pensar em algo que me deixe próximo dela, quando eu estiver fora. Preciso me concentrar em achar alguma forma de fazer que eu seja avisado, caso alguma coisa saia do que planejo. Meu tio terá que ficar aqui e na dele, nada de proximidade, nada de assustá-lá, nada de tocá-la.
Lembro que tenho um celular velho, que apenas a tecla de atender funciona. É o ideal! Procuro na minha mochila, ele sempre fica lá, faz tempo que carrego ele comigo, pensando em levar para assistência, porém nunca arranjo tempo. Agora será útil.
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Sequestro
RomancePlagio é crime! Os direitos são reservados. Essa obra já foi registrada. Meu nome é Daniel. Eu fui criado para ser bandido, sou filho do pior deles, todo medo que um dia eu senti na vida se transformou em ódio, eu faço parte de todos os crimes, só...