Capítulo 8

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Chegamos ao hotel, Cristiano sai do carro e me estende a mão me ajudando a descer e quando já estou de pé na calçada ele faz o mesmo com Paola, que se pendura em seu braço. Eu faço o mesmo, apesar de querer arranca-la de perto dele.

A entrada estava linda, recheada de fotógrafos e alguns repórteres que cobriam o evento. Caminhamos pelo tapete vermelho até a entrada, mas não sem antes sermos fotografados diversas vezes e até mesmo parados por alguns jornalistas mais atrevidos que foram imediatamente afastados de nós por alguns seguranças particulares, provavelmente funcionários do hotel. Os dois seguranças de Cristiano haviam ficado na limusine.

Entramos, e constatei que o evento contemplava todo o térreo do prédio, que não era pequeno, luzes especiais iluminavam todo o ambiente, e muita gente circulava com seus drink’s nas mãos. Cristiano foi imediatamente cercado de pessoas, que vieram cumprimenta-lo, alguns eu já conhecia, então apenas cumprimentava educadamente.

— Cristiano, que bom que veio meu amigo! — Um homem de meia idade, calvo e meio gordo veio cumprimenta-lo.

— Eu não perderia isso por nada Carl. — Cristiano cumprimenta o homem com um aperto de mãos. — Afinal não é todo dia que você inaugura um hotel.

Os dois homens começam a rir, suponho que tenha sido uma piada de empresários, pois até mesmo Paola olhava para os dois meio sem graça.

Então Cristiano se vira para nós e nos apresenta, eu como sua namorada e dessa vez ele não procurou a palavra em seu dicionário, e Paola como sua amiga. Ponto pra mim.

De repente Carl de vira para um rapaz ao longe e faz um gesto chamando-o, ele era bonito, loiro e alto, pele bronzeada e olhos azuis.

— Cristiano, este é meu filho, Zachary, ele voltou da Europa mês passado, vai administrar este hotel. — Zachary estende a mão para Cristiano que aperta a sua, parecendo analisar o rapaz.

— Filho esta é Eva Martin, namorada de Cristiano e Paola Agnelli, uma amiga do casal. — Carl nos apresenta. O rapaz pega a mão de Paola e a beija soltando-a rapidamente, enquanto Paola solta uma rizada e comenta com sua voz de hiena.

— Nossa, se eu soubesse que havia um rapaz tão bonito assim perto de casa, não teria vindo até Los Angeles procurar um marido. — Todos sorrimos por educação, enquanto ele se virava pra mim.

— É um prazer conhece-la também Sta. Martin. E ele repete o gesto, porém demorando-se um pouco mais para largar minha mão. Assim que ele o faz, noto que Cristiano o avalia discretamente.

— Mas não vamos ficar aqui, vamos lá para a piscina, é onde tudo está acontecendo. — Carl nos guia por entre os convidados, que vez ou outra nos paravam para cumprimentar Cristiano. Paola e eu o seguíamos como duas cachorrinhas. Mas eu sabia que ela fazia isso por não querer deixa-lo sozinho comigo, afinal ela poderia estar circulando livremente por aquele lugar recheado de homens bonitos e ricos. Ela queria era ter sua chance.

Acomodamo-nos em uma mesa perto do bar, a noite estava fresca, uma brisa suave soprava, assim que sentei, Cristiano pôs uma mão possessivamente sobre uma de minhas coxas, apertando levemente a carne, me fazendo estremecer. Zachary pediu licença e se retirou, pois precisava cumprimentar outros convidados. Logo a mesa em que estávamos encheu de pessoas do circulo social de Cristiano, homens e mulheres disputavam sua atenção.

Eu conversava com Miranda, uma ex-funcionária dele que deixara o grupo Andreotti para abrir seu próprio escritório de advocacia. Eu gostava dela, era bonita devia ter uns trinta e poucos anos, e acima de tudo era muito sincera, já tínhamos tido a oportunidade de conversar outras vezes e ela sempre me tratava com respeito e igualdade, diferente de algumas outras mulheres que eu tinha tido o desprazer de conhecer, todas me viam como a ninfeta latina que enfeitiçara Cristiano.

Refém do DesejoWhere stories live. Discover now