Capítulo 23

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"Estou amando toda esta especulação sobre o futuro da Eva e do Cristiano, e como hoje é Natal, e o espírito da generosidade tomou conta de mim (rsrs) aqui vai meninas, mais um capítulo novinho pra vocês. Beijos e um maravilhoso Natal a todas"

...

Enquanto escutava o motorista praguejar e soltar uma série de imprecações. Tentei me ajeitar no banco, verificando meus braços e torcendo meu pescoço para os dois lados, confirmando que eu estava bem, apesar da dor que eu sentia no ombro esquerdo.

- A senhora está bem moça? - O motorista vira-se para traz.

- Sim, acho que sim. - Digo ainda meio atordoada.

- Mas que merda é essa? - O motorista do taxi pergunta confuso enquanto dois homens estranhos invadem o carro, sentando-se um ao meu lado e outro ao lado do motorista. O ar me falta quando vejo que ambos estão armados.

- Siga aquele carro! - O que está na frente grita ao motorista, apontando a arma pra ele.

Eu apenas me encolho no canto, tentando ficar o mais afastada possível da arma que era apontada pra mim. Se aquilo fosse um assalto eles certamente pegariam o que queriam e me largariam em algum lugar, era só uma questão de ficar calma, pensei.

- Isso é um assalto? - Pergunto com voz trêmula.

- É melhor ficar bem quietinha moça. - O homem aconselha sem responder minha pergunta. Estremeço com o olhar dele, mas resolvo obedecer.

Só então começo a reparar no carro a frente, cujo motorista do taxi havia recebido ordens de seguir, era um Lexus sedan, um carro bem luxuoso pra pertencer a meros assaltantes penso um pouco mais nervosa, e quando reparo nas roupas dos dois homens ali estremeço, ambos usavam ternos pretos, semelhantes aos que Carlos e Adam usavam. Definitivamente não eram assaltantes.

Depois de rodarmos por cerca de vinte minutos, eu em completo silêncio e o pobre motorista que por estar nervoso vez ou outra implorava para que não o matassem, chegamos a uma rua de menor movimento.

- Desça comigo senhorita. - O homem que estava ao meu lado diz com uma voz extremamente calma.

Engulo em seco.

- O que vai fazer comigo? - Digo já querendo derramar as lágrimas que eu tentava a todo custo conter.

- Apenas desça do carro, e ande calmamente ao meu lado até o Lexus. Eu vou guardar a arma, mas se a senhorita fizer qualquer coisa que me desagrade. Como gritar, por exemplo, não hesitarei em pega-la de volta e lhe dar um tiro, fui claro? - Ele falava calmamente, a frieza contida naquelas palavras, bem como em seus olhos, me fizeram ter certeza de que ele cumpriria a ameaça. Imediatamente ponho a mão sobre o ventre, pensando em meu bebê e meus olhos enchem-se de lágrimas.

- Não ouse chorar. Pelo menos não até chegarmos ao Lexus, entendido? - Mais uma vez a frieza dele me gelava os ossos.

Apenas balanço a cabeça e engulo o choro. Vejo-o guardar a arma no cós da calça e me pegar pela mão, fazendo-me descer pela mesma porta que ele.

Algumas pessoas caminhavam tranquilamente do outro lado da rua e nem pareciam notar aquele carro preto reluzente estacionado ali, nem o taxi logo atrás dele. O homem abre a porta e empurra-me discretamente pra dentro fechando a porta e sentando-se na frente ao lado do motorista.

Já havia um homem sentado lá e quando percebo sua presença me encolho contra a porta. Respiro com dificuldade, penso em tanta coisa, meu filho, Cristiano, Natalie, Carlos, nenhum deles sabia onde eu estava naquele momento, nenhum sabia o que estava acontecendo. Não aguento mais e as lágrimas descem descontroladamente.

Refém do DesejoWhere stories live. Discover now