5: 다섯 번째

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Pela primeira vez, Jimin não ligou para JJ, em trinta e três dias seguidos conversando todo dia.

O rapaz estava triste, não se levantou para se exercitar, não saiu para fora, não ligou a televisão ou rádio, não comeu nada desde os dois pedaços de bolo. Apenas passou o dia todo na cama, vinte horas enrolado em um cobertor, trocando de posição vez ou outra.

Os olhos cheios d'água.

Ficou naquele estado, porque sabia que ninguém iria aparecer em sua casa mesmo. Ninguém iria ligar para saber como ele estava.

Jimin não existia.

O máximo que fez, foi esticar o braço até a gaveta do cômodo ao lado, para pegar uma última e única foto de sua mãe. Encostou-a no peito e fechou os olhos, chorou baixinho, mesmo sabendo que não havia ninguém para ouvir se ele chorasse alto.

- Omma - tratou o retrato com delicadeza, beijando a imagem.

Ela fora a última pessoa que soube de sua existência, a última pessoa que se importou com sua existência.

Jimin sentia os ossos cansados, o corpo pesado, variou o dia todo, sonhando acordado, caindo em paralisias do sono várias vezes, alucinando. Os músculos formigando, e cãibras dolorosas.

Mas não iria se levantar. Sabia que se saísse dali, não se seguraria e iria atrás de Paxil.

Mesmo que JJ o visse apenas como um paciente, e não como um amigo, Jimin não queria decepcioná-lo, não queria se mostrar fraco.

Não era a primeira vez que Jimin fazia isso, de se prender a cama para não fazer merda. JJ já havia notado isto nele, e dizia que não era bom, que Jimin devia encontrar outra forma de evitar aquele ato.

Jimin tentou, jogou fora sua receita falsa, mas um tempo depois, topou com um médico corrupto, que conseguia os medicamentos sem receita. E o rapaz não conseguiu vencer o vício.

Então se trancava no quarto, e se forçava a dormir. JJ sabia desse hábito e não apoiava.

Eram dez horas da noite quando Jimin ouviu a campainha tocar. Pensou estar variando novamente, não era possível que alguém fosse visitá-lo.

Mas a campainha realmente estava tocando.

Sentou-se na cama, sentindo uma pontada extremamente dolorosa no final na coluna e ficou um instante tentando se recuperar. Levantou e vacilou nos passos, as pernas bambas, os braços rígidos e doloridos. Park fez sua típica carinha de dor, deixando lágrimas escaparem.

Desceu as escadas com cuidado, mas sem se preocupar se estava apenas com uma camisa esfarrapada e uma calça moletom de barras longas demais, quais ele pisava em cima.

Chegou a porta e, sinceramente, esperava encontrar agentes do IML (como já havia acontecido certa vez), mas se deparou com Jeon Jungkook.

Talvez agora ele se importasse com o que estava vestindo, comparando-se a Jungkook, que tinha seu cabelo milimetricamente arrumado, brilhando, usando uma camisa branca de botões bem passada e uma calça jeans preta.

Um bonequinho polido a mão.

- J-Jungkook... Eu... Er... - Jimin tentou ajeitar o cabelo preto, e não quis abrir a boca, por causa do bafo de sono.

- Desculpe aparecer tão tarde - o rapaz sorriu um pouco envergonhado. - Eu queria te chamar para assistir um filme comigo em minha casa.

Os olhinhos de Jimin quase saltaram para fora, ele só podia estar dormindo e aquilo só podia ser um sonho.

Addict {jikook}Where stories live. Discover now