Capítulo 35

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Olá meninas ♥
Agradeço todos os comentários e peço perdão se demorei um pouco para regressar, mas vou ter uma prova segunda e tenho que estudar. Agora como estava com um tempinho livre, vim aqui exclusivamente para vos presentar com um capítulo que para muitas pode ser revelador. É gente, esse capítulo é a prova de que algumas meninas estão certas com as vossas teorias.
Por isso não vou me alongar, eis o capítulo 35.
Boa leitura,  

Pov. Anastacia Steele

Movo um pouco as mãos e as sinto presas, os meus olhos parecem pesados demais para simplesmente abrirem, mas assim que finalmente os consigo abrir em desafio encontro um par de cinzas intensamente me observando com um semblante que corta meu coração em mil pedaços. Confusa levanto de forma brusca e uma vertigem me atinge ao qual sou obrigada a permanecer deitada e quieta nesses lençóis macios confortando meu corpo enfatigado e cabeça latejante como se tivesse com uma bomba no interior prontinha a dar o estoiro.

— Nem pense em sair dai! - avisa ele com voz de autoridade. A mesma voz que impera meu coração o deixando em uma palpitação forte. - O médico recomendou repouso! - reviro os olhos para ele em uma teimosia relativa.

Fecho os olhos e os abro novamente, a minha cabeça de novo lateja, embora somente em dada área e meu corpo todo parece que treme com um calafrio inesplicado. O meu coração parece inquieto demais, como se estivesse absorvendo a pior notícia do mundo, mas é nesse exato momento que um flash de memórias mergulha em cheio e realmente me desperta para o que realmente aconteceu comigo momentos antes dando assim cor ao que está parecendo totalmente branco em minha memória.

FlashBack on

Christian se oferece para ficar com as crianças na sala de lazer, enquanto volto para tomar um banho. Chegando na penthouse deixo o celular sobre a cama e vou escolhendo umas roupas mais aconchegantes para uma noite fresca da capital. Pois em Roma se faz sereno demais. No entanto, nas minha costas o celular começa a tocar e munida pela curiosidade vou correndo de volta para o quarto, já que podia ser minha amiga Kate querendo saber detalhes das minhas férias só para variar.

O número é restrito e é certo que nunca tenho por hábito atender números não identificados, só que vencida pelo instinto muitas vezes curioso, acabo atendendo antes que a chamada termine.

— Alô? - falo com uma voz animada e arqueio mais a sobrancelha intrigada aos sons pouco usuais no outro lado da linha.

— Olá Anastacia... - os meus olhos se arregalam ao escutar essa voz grossa e cortante. O meu coração perde a batida por um segundo que seja e todo o meu corpo começa tremelicando sem parar, porque estou entrando em um pânico crescente. Esse homem causa esse efeito devastador em mim. - Achava mesmo que ia se ver livre de mim? Desengane, porque podem ter passado 12 anos, mas eu lembro muito bem quem me botou na cadeia, sua vagabunda! E eu juro que dessa vez, farei coisa pior com você, entendeu? - lágrimas crepitam dos meus olhos e começo a ofegar cheia de ansiedade, andando de costas sem olhar onde coloco os pés. - Seu pai morreu, seu noivo morreu, ninguém vai me impedir de me vingar de você! NINGUÉM! - levo a mão livre ao peito sentindo um aperto, e com as unhas começo querendo rasgar minha pele para poder massajar o pobre coração que deseja parar de bater, porque minhas feridas ainda estão abertas, abertas por esse monstro que teima em não desaparecer da minha vida. - Antes que esqueça... eu sei exatamente onde você está, para quem trabalha. Aliás tenho que agradecer a esse tal de Grey por tê-la usado na campanha, pois assim foi tão simples localizá-la e se me permite a última vez que a vi estava lindíssima numa loja de roupa intima. - a lembrança de ser vigiada no shopping assalta meus pensamentos e lágrimas chegam furiosas aos meus olhos os deixando sensivelmente marejados. - E sabe o que mais gostei ainda? - minhas pernas ficam bambas sinto que estou prestes a ceder nesse chão frio se não me apoiar e nada rapidamente. - Foi saber que trabalha com crianças, nossa eu adoro um boa criança. Você sabe, aquelas nossas brincadeiras gostosas... - e reviro os olhos com nojo ao lembrar tais imagens da minha infância e pré-adolescência em que me via abduzida a realizar as mais diversas coisas. - Quem sabe a uma horas dessas eu não faça uma visita.

Herança do AmorWhere stories live. Discover now