Um deslize na biblioteca.

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  Como a mansão era bem grande, cada um ficou em seu espaço, Emily não deixava ninguém se aproximar de seu quarto além de Victor, então Diana ficou boa parte de seu tempo parada ali na frente esperando ela sair.

  Os dias foram seguindo, Jorge e Alex saiam cedo para o laboratório. Eduardo decidiu levar seu tratamento a sério e logo sua saúde começou a melhorar. Emily vivia sumindo, nem Diana que ficava a seguindo o tempo todo sabia onde ela ia, Victor já havia se acostumado, então apenas ficava pronto para o casa de precisarem dele.

  Um mês depois... Emily estava na biblioteca lendo um livro de suspense, ela estava claramente distraída, pois nem notou Jorge entrar no local.

- Boa noite senhorita Wyengel. -disse ele se sentando no sofá ao lado da poltrona onde ela estava.

- Boa noite senhor Machel, não te ensinaram a bater antes de entrar? -ele riu.

- Olha só quem fala. -Emily soltou o livro.

- O que quer?

- Só ficar um pouco em sua companhia.

- Por que ainda não foi embora? vou começar a pensar que você é masoquista.

- Parte de mim quer sair correndo da sua presença, mas outra parte quer estar sempre aqui.

- Eu sei, estava olhando pela câmera do seu quarto e vi você chorando e socando o travesseiro enquanto se perguntava "por que?" -as bochechas de Jorge ficaram vermelhas.

- Ahn?! tem câmeras no meu quarto? -perguntou nervoso.

- Tem nos de todo mundo, minha casa, minhas regras.

- Poderia ter me avisado antes... os outros sabem?

- Não e você não vai contar.

-... Tudo bem, de toda forma eu sempre fui transparente com você, não ligo se você me viu chorando... de novo...

- Para de drama, eu te afasto e você volta, não tenho culpa.

- Claro... -Emily ficou observando o olhar triste de Jorge, ela se levantou e parou na frente dele.

- Que desperdício... -ela levantou a cabeça dele e tirou o óculos. - Tão inteligente e bonito, mas com um coração tão insistente na pessoa errada. -Emily sentou no colo dele e o deu um beijo.

- O que vai fazer?

- Queria me fazer companhia correto? o problema é que eu cansei de ler e conversar, vamos fazer algo divertido juntos.

- Não sei se estou pronto para isso... -afirmou assustado, Emily revirou os olhos e saiu de cima dele.

- Ok senhor virgem, então vamos beber um pouco! -ela pegou uma garrafa de uísque e dois copos que estavam na mesinha da biblioteca.

- Eu vou avisar que não fico bêbado facilmente, sou uma pessoa muito controlada.

- Claro que é... -afirmou Emily com um sorriso malicioso.

Oito copos depois...

- Emily... -dizia Jorge com a voz embargada, tentando andar até a mulher, mas ele estava tão bêbado que mal conseguia controlar suas ações. - Eu quero você! -Jorge se jogou no colo dela.
- Certo, só não vá desmaiar antes.

  Emily colocou algo a mais na bebida e isso parecia estar fazendo efeito bem até demais, pois Jorge estava ficando cada vez mais animado, pegou ela no colo e a prensou na porta, no mesmo momento alguém bateu.

- Senhorita Wyengel, que barulho é esse? precisa de algo? -era Victor.

- Não!... acabo de despertar uma fera, não quero ser interrompida!

- Desculpe a intromissão, mas está com o Jorge?

- Sim, sai logo!

- Uou! ainda quero ver os filhos de vocês!

- Sua anta eu não posso ter filhos, vai logo embora!

- Desculpa...

  Após Victor finalmente ir embora, Jorge começou a tirar todas as roupas que os separava com voracidade e desejo, Emily gostava daquele lado dele que só a bebida poderia provocar, era feroz, intenso e cheio de emoção, o melhor amante que ela poderia ter bêbado.

  A noite passou repleta de sexo e barulhos estranhos vindo da biblioteca para os outros moradores, uma bela manhã surgiu, o sol batia forte dentro da biblioteca graças a grande janela de vidro, Jorge abriu os olhos incomodado com aquele sol, ele observou que estava deitado no sofá abraçando Emily e com apenas um cobertor cobrindo a nudez de ambos.

- Ah?!!! -gritou ele percebendo o que tinha acontecido.

- Ah! cala a boca estou com sono. -disse Emily se virando para o lado.

- Oh meu Deus! a gente fez sexo sem estarmos namorando ou casados!

- E daí? volta a dormir, sua cabeça daqui a pouco vai começar a doer.

- Não... aí!!! minha cabeça!

- Eu avisei!

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