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- Victor!!! -gritava Alex correndo atrás do homem que estava no final do corredor prestes a entrar no quarto de Emily.

- O que foi? -perguntou Victor vendo que Alex estava estranho, era raro ver ele de cabeça baixa e bochechas vermelhas. - Está doente?

- Não... quer sair da mansão comigo qualquer dia desses? -perguntou sorrindo de leve.

- Ahn?! Você está bem Alex? bateu a cabeça? ou está me testando? eu não sou tão idiota! -Alex parecia se sentir ofendido com aquelas perguntas.

- Tudo bem, você também me acha um psicopata pervertido... -estranhamente Alex parecia estar tendo um momento de sanidade mental.

- Não... sim, é quase impossível ver você assim, chega a ser mais estranho do que te ver colocando facas em alguém. -Alex riu.

- Ei! vocês dois podem parar de discutir na minha porta, eu quero dormir! -gritou Emily ouvindo toda a conversa, já que a porta estava meio aberta.

- Ops! eu aceito, mas se me prometer não chamar atenção no meio da rua!

- Mas... Ok! seu chato!!! -gritou dando um soco em Victor e correndo.

- A culpa não é mais minha! -afirmou Emily.

- Não lhe acusei de nada, o grande soberana Wyengel! -Victor entrou e sentou ao lado dela.

- Ele gosta de verdade de você, sabia?

- Não, Alex não tem esse tipo de sentimentos, só quer se divertir comigo.

- Eu também diria isso, se ele tivesse recusado sua condição dele não chamar atenção, Victor, eu sei que pareço meio desequilibrada, mas entendo a mente de pessoas como ele, por isso o chamei, Alex tem um padrão de pessoas para matar, ele mata qualquer um que estiver fazendo mal a quem ele goste, ou a ele mesmo, tem emoções e sentimentos mais intensos, tenho certeza que se você mandar, Alex até pararia de matar.

- Não entendo, como fala disso com tranquilidade? Estamos falando de um garoto que matou a própria mãe!

- Ele não gostava dela!

- Ah!!! por favor chega disso, não quero falar dele... Como você está?

- Não sei porque me perguntam isso, obviamente estou péssima! meu corpo se deteriorando e uma criança consumindo as poucas forças que me restam!

- Sinto muito, tem certeza que não quer tentar ter um parto precoce e cuidar dele em uma incubadora?

- Tenho sim, esse bebê vai nascer só depois dos oito meses, você mesmo disse que eu sou forte!

- Tem razão... mas quero te mostrar algo, aguenta andar até o outro quarto?

- Claro! -com a ajuda de Victor, Emily andou até a porta do outro quarto.

- Eu e o Jorge arrumamos, tomara que ele goste!

- Oi querida! -disse Jorge quando Victor abriu a porta. - Montamos o quarto do bebê, gostou?! -Emily olhou tudo ao redor, estava tudo em verde, azul e branco, muitos brinquedos espalhados, um berço grande, poltrona no canto e a imagem da sombra de um gato na parede branca.

- Vocês parecem dois pais coruja tentando agradar uma barriga de aluguel! -eles riram do comentário de Emily.

- Jorge júnior não pode dormir ao relento! -disse Jorge.

- Nem pense nisso, ele jamais vai se chamar Jorge!

   Emily olhou um pouco e se sentiu tentado em ficar com os brinquedos do bebê para ela mesma. Os dias se passaram, a situação continuou a mesma de sempre, enfim Emily chegou aos oito meses de gravidez, era bem difícil suportar, mas ela estava se esforçando demais, em uma noite Diana saiu para visitar seus pais, Eduardo e Jorge tinham ido a cidade, Ângelo foi compra alimentos e os únicos na mansão eram: Emily, Mihauk, Victor e Alex.

   Tudo estava calma quando Emily decidiu dormir com Mihauk, Victor aproveitou para ir jantar, já que estava faminto e nem lembrava da última vez que comeu, Alex o acompanhou. No meio de seus sonhos delirantes Emily sentiu uma brisa em seu rosto e acordou, ao olhar para a sacada de seu quarto viu Carlos com um homem a seu lado.

- Tenho que admitir prima, essa mansão é bem difícil de se invadir, mas não existem muralhas intransponíveis! -afirmou Carlos se aproximando dela que arregalou os olhos.

- Primo! pensei que não o veria novamente nesta casa! -Emily se levantou devagar protegendo a barriga, ela usava um calção, blusa larga e um sobretudo de pano largo.

- Pois é, decidi ver meu quase sobrinho, posso passar a mão na barriga, adoro sentir o chute de crianças que nem vão nascer!

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