alma de agouro

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Quem nunca ouviu relatos sobre cemitérios, contos obscuros e especulações medonhas sobre o que acontece por lá?
Saibam que tudo que dizem em parte é real, mas talvez a pior delas seja os medos desconhecidos.
O cemitério guarda os corpos e restos mortais de toda uma geração de pessoas que viveu no mundo, isso já representante uma grande força sobrenatural naqueles lugares, em resumo a isso, quero destacar que perto de um cemitério não só habita energias poderosas, como também pode acontecer coisas sobre-humanas.
Uma delas é a Alma de agouro.
Dois jovens haviam saído de casa tarde da noite, costumava fumar escondido dos pais e para isso frequentavam lugares pouco movimentado. Em geral gostavam de ir atrás da escola ou na casa abandonada da rua de baixo, mas naquela noite em questão, decidiram visitar o Cemitério Getsêmani.
Não foi difícil invadir, já que não possuía cercas elétricas ou câmeras de segurança, apenas uma simples grade de ferro.
Com muita cautela os dois garotos pularam o cercado e se viram dentro do cemitério, estavam mais empolgados do que assustados com aquele ato juvenil, não se demoraram a achar uma tumba apropriada para fumar.
Se encontravam sentados, em cima do que foi, Maria Bernadette. Sem mais delongas acenderam o fumo e logo começaram a sentir a alegria e o prazer da fumaça, do cheiro e da alucinação invadindo suas mentes viciadas.
Pareceu minutos a viagem dos dois garotos, mas na vida real se passaram horas e quando deram por si, já estava quase amanhecendo.
Correram para a grade, ainda zonzos e eufóricos com as alucinações incríveis que tiveram, mas se apressaram a pular o cercado, antes que os guardas pudessem pega-los ali.
Quando já estavam bem longe, pararam ofegante, com as mãos segurando os joelhos, trocaram socos e risadas.
— Meu que viagem, foi incrível. — disse um dos rapazes.
— Nossa, foi a melhor coisa da minha vida. — gargalhou o outro.
Na noite seguinte, chovia muito forte e os meninos decidiram que não iriam fumar naquele dia.
um deles dormia tranquilamente em seu quarto, quando foi acordado por um trovão assustador. Se levantou um pouco sonolento e olhou as horas no celular, ainda era tarde, podia voltar a dormir, no entanto sentiu um arrepio ao ver um buraco no chão do se quarto.
O menino se levantou para olhar mais de perto, parecia real de mais para um sonho e chegou bem próximo, colocando a cabeça dentro do buraco, não havia nada além de escuridão.
— Mas que porra é essa, não fumei hoje, como estou vendo coisas? — disse em voz alta.
Voltou a olhar dentro do buraco, mas se assombrou ao ver alguém olhando de volta, tentou correr para fora do quarto, mas a coisa havia lhe puxado para dentro do precipício.
O garoto se viu em completa escuridão, até olhar para cima e ver o buraco que dava para seu quarto, ficou pensando como iria chegar até lá, mas não precisou, quando um raio cortou o céu, a luz entrou pela janela, iluminando parcialmente o buraco, mostrando para o garoto não somente um espirito, mas dezenas deles e não pareciam felizes em ver alguém vivo ali dentro.
Em questão de segundos o buraco acima começou a se fechar e o garoto se viu sozinho, cercados por almas raivosas prontas para lhe devorar, a escuridão lhe consumiu por inteiro e ele não conseguiu ver mais nada.
Alguns dias...
Abriu os olhos e viu algo que parecia impossível, seu amigo estava sentado em cima de uma tumba, fumando um baseado, porém estava com os olhos vermelhos, mas não eram da fumaça e sim das lagrimas que escorriam pelo seu rosto.
— Ei cara, porque está chorando? — mas o amigo não parecia ouvi-lo. — Está me vendo não?
Ao se aproximar da cova, entendeu o motivo daquele choro, sua foto estava estampada na lapide, flores e uns pequenos objetos que lhe pertencia quando estava vivo, não restava mais dúvidas, havia morrido.
Alma de agouro, é o termo utilizado para espíritos que moram nos cemitérios, são seres que não encontraram a paz e também não foram julgadas para o inferno, costumam buscar pessoas de alma fraca, que passam perto de suas covas, eles costumam selar suas vítimas, com uma marca negra na alma e quando badala o sino da meia noite, os coveiros da morte vão recolhe-la, tirando a vida dos hospedeiros.

fonte:https://fanfiction.com.br/historia/596683/Historias_curtas_de_terror/capitulo/58/

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