CAPÍTULO 4

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— Está pronta, Ella?

Christopher bateu na porta do quarto e não ouviu resposta, então abriu a porta e viu a cama toda desarrumada, cheia de vestidos, maquiagens, sapatos e bolsas. Antonela, sempre tão organizada!

— Amor nós já estamos atrasados! — falou perto da porta do banheiro, onde ela com certeza deveria estar, já que não estava no closet. — Ella? — bateu na porta do banheiro, já começando a ficar preocupado com a falta de resposta dela.

Decidiu contar até dez mentalmente para depois abrir a porta do banheiro à força, não chegou nem no cinco e a porta se abriu, dando a bela visão de sua esposa já completamente arrumada.

— Uau... Senhora Bergman — foi o que conseguiu dizer diante da preciosidade que estava em sua frente.

Teve ganas de puxá-la e a beijar ali mesmo, mas sabia que levaria alguns tapas ao som de "Você está arruinando minha maquiagem".

— Aprovada, Senhor Bergman? — disse maliciosamente, enquanto passou por ele, indo até a cama e pegando sua bolsa pequena da Chanel que combinava com o vestido longo rosa, assinado por Anna.

Os cabelos castanhos avermelhados estavam presos em um coque no alto da cabeça, exceto por alguns fios que escaparam e a franja longa, jogada para o lado direito.

— Juro que se já não estivéssemos tão atrasados e com nossos filhos lá embaixo esperando nós dois, você veria o quanto eu aprovo você — a segurou pela cintura, colando os lábios no pescoço macio dela.

Antonela se encolheu, sentindo um arrepio percorrer sua coluna.

— Vou ver se consigo ficar até o final da festa sem estragar um milímetro da minha produção. Quem saiba você não tenha sorte mais tarde — piscou e antes que ele falasse algo, saiu do quarto.

— Uau mãe! — Alice arregalou os olhos ao ver Antonela descendo a escada de casa, com todo o cuidado para não tropeçar na pequena cauda que o tecido do vestido formava.

— Caramba — Luca disse com um sorriso no rosto.

— E então? — colocou a mão na cintura sorrindo para os dois, ao terminar de descer a escada.

Os dois começaram a bater palmas e Alice fez a mãe dar uma voltinha.

— Vocês dois também estão totalmente maravilhosos.

— O pai me ajudou a escolher o smoking — Luca sussurrou para a mãe. — A tia Camila foi com a gente na loja, como ela diz, nunca se sabe o que se passa na cabeça de um homem como seu pai.

— Eu ouvi isso — Christopher exclamou assim que desceu as escadas. — Minha princesa hoje faz jus ao nome, hein — brincou com a filha que sorriu, dando uma voltinha.

Antonela sorriu ao ver o vestido rosa bebê na altura do joelho, ao qual Alice escolheu sozinha para o evento. Seu bebê realmente estava crescendo.

— Vamos então? — propôs e todos concordaram, indo direto para a garagem.

Todos aqueles flashes em cima de Christopher e Antonela a fizeram lembrar do começo do namoro dos dois, das noites de Mônaco, dos restaurantes onde os paparazzis os seguiam. Naquela época aquilo era irritante, mas não preocupante. Mas agora, tinha que confessar que um bando de fotógrafos tirando foto de seus filhos a deixava angustiada. Ela e Christopher sim, eram figuras públicas, não eles.

Fazia o que podia para protegê-los do assédio da imprensa. Desde que nasceram ela e Christopher combinaram de deixar os dois longe dos holofotes, para que ambos tivessem uma infância normal e maior segurança, mas nesses eventos ficava difícil escondê-los das fotos.

Nós: Saga Velocidade - Livro 2Where stories live. Discover now