Capítulo 67

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Ele se aproxima de mim, ainda sorrindo e gruda nossos lábios. Entre abri permitindo passagem. Ele envolveu seus braços em volta da minha cintura, desceu suas mãos na minha bunda e me puxou colocando-me em seu colo sem desgrudar nossos lábios. Coloco minhas mãos por dentro da sua blusa e arranho suas costas. Ele para o beijo e sorri, com nossos lábios a poucos centímetros de distância. Sorrio de volta.

- Estava com saudades disso. - disse. - Estava com saudades de você.

- Eu também estava. - tirei seu boné colocando-o em mim. 

- Está melhor ?

- Tirando a minha dor de cabeça... Estou sim.

Nos encaramos por alguns minutos, em seguida abraço-o com todas as minhas forças e ele retribui fazendo carinho no meu cabelo.

Não existe sensação melhor do que ter a pessoa que você ama nos seus braços.

- Vou ir chamar sua mãe agora. - colocou suas mãos na minha perna.

Me levantei rapidamente, acabei me desequilibrando, só não cai porque ele me segurou.

- Opa, tá meio fraquinha ainda hein. - soltou um risinho.

To me sentindo um balão de ar no chão, é isso que estou sentindo. Me posicionei no chão e desci a minha saia como sempre faço. 

- Você sabe que não vai adiantar ficar descendo a saia né ? - se levantou e envolveu seus braços em volta da minha cintura me puxando para mais perto dele.

- Nunca se sabe.

- Na próxima vez eu desço pra você. - abriu um sorriso malicioso, tirou seu boné da minha cabeça ajeitando na sua.

Ele saiu dando risada. Aí que menino sem graça. Voltei a me deitar na cama, estava horrível ficar de pé. Mas não demorou para eu levantar e voltar ao banheiro novamente. Não tinha o que eu vomitar mais, outra que eu só vomitava água e ficava um gosto horrível na boca. Minha mãe chegou quando eu ainda estava no banheiro ajoelhada na frente do vaso segurando o meu cabelo.

- Filha. - veio em minha direção. - Você está bem ? - agachou do meu lado.

Depois vi Thiago e Arthur entrarem atrás dela.

Me levantei, fui lavar a minha boca na pia e voltei a sentar na cama.

- Victor disse que já fez o exame de sangue. - disse.

- Já. - bocejo.

- Como você está se sentindo baixinha ? - diz Arthur bagunçando meu cabelo.

- Eu me sinto um balão de ar quando estou de pé, qualquer coisinha eu me desequilibro e quase caio.

Minha mãe começou a fazer carinho em mim.

- Vocês têm notícias da Gabi ? - perguntei.

- Tá na mesma. - diz Thiago.

- Quanto tempo para o resultado do exame ficar pronto ? - minha mãe perguntou.

- A enfermeira disse 20 minutos.

- Viu, pela felicidade do Vitinho acho que vocês se acertaram né ?! - diz Arthur sorrindo.

- Sim. - sorrio.

Ficamos alguns minutos conversando até que o médico entrou no quarto com uns papéis junto com o Victor.

- Está melhor moçinha ? - perguntou vindo em minha direção sorrindo.

- Um pouco. - sorrio de volta.

- O que você tem é um tipo de virose, nada muito grave, vou lhe passar o nome de alguns remédios que você pode tomar, mas procure ficar de repouso.

- Está bem. - ele entregou a receita para mim.

Ele estava saindo, mas se virou novamente para mim.

- Ah, acabei esquecendo. Vou abrir um certo tempo amanhã para irem ver a Gabriela, tudo organizado, quem sabe com a visita de vocês ela acorde.

- Muito obrigada doutor. - sorrio.

Ele saiu do quarto e minha mãe disse :

- Vamos pra casa ? - tirou uma mecha de cabelo do meu rosto.

- Vamos. - me levantei com a sua ajuda. - Vocês vão ficar aqui ? - perguntei para Arthur e Thiago.

- Vou dar uma força pra Helena. - diz Thiago.

- Vou descansar um pouco em casa, to cansadão. - disse Arthur.

- Vamos, eu levo vocês. - diz minha mãe. - E você Victor ? Vai ficar em casa ?

- Não sei, sua filha não me chamou. - sorriu de lado.

- Ele tá de graça, ele vai sim. - fui em direção a porta rindo.

Na hora que sai trombei com um enfermeiro, eu conheço ele de algum lugar.

- Só nos encontramos em momentos inoportunos, não é mesmo ? - disse.

Meu Deus, é o cara que quase me atropelou, se ele não falasse nada eu não ia lembrar dele.

- Verdade hein. - rio. - Então quer dizer que você é enfermeiro ?

- Sou sim. - sorriu.

- Acabei esquecendo, deixa eu te apresentar. - comecei a apresentar ele para o Thiago, o Arthur, o Victor e para a minha mãe. Incrível como Jhonathan é uma simpatia em pessoa.

Uma enfermeira se aproximou dele e cochichou algo em seu ouvido.

- Vou ter que ir, foi um prazer em conhecê-los. - sorriu. - Nos vemos por aí. - se despediu de cada um e saiu.

Estou pronta para o interrogatório.

O Menino De RolêWhere stories live. Discover now