E agora?

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Já fazia algumas horas desde que saímos de NKX, a noite já se aproximava e para não correr perigos, decidimos acampar em uma farmácia.

— Vamos acampar por aqui mesmo — Falei depois de registar todo o local. Era uma cidade pequena, poucos zumbis andavam pela cidade.

— Agnes — Troy me chamou. Troy era um soldado de confiança do meu pai. Era um homem negro, alto e forte. Ele era ótimo com armas, tinha uma mira impecável e sempre obtia sucesso nas missões — Você precisa ver isso, vem aqui — me aproximei encontrando uma caixa em cima de um colchão.

— Esse lugar tem dono — Falei olhando para a caixa onde estava escrito " Não pegue o que está nessa caixa ou irá morrer " — Vamos embora, não quero arriscar a vida de ninguém.

— Agnes, mas aqui é o lugar perfeito! — Annie protestou incomodada com a desistência. Annie era uma mulher de 24 anos, era a melhor lutando com katanas e punhais. Annie tinha a pele naturalmente bronzeada, o cabelo castanho batendo no ombro e os olhos eram escuros como uma noite sombria.

— Vamos embora nesse momento.... — Falei autoritária andando para fora da farmácia. Chegando no bar a 2 quadras da farmácia, encontramos zumbis lá dentro, nos dividimos para matá-los. Depois carregamos os corpos até um beco, começamos a preparar o local para dormir. Pegamos a água na descarga enchendo garrafas vazias de bebidas. Fui para a porta fazer a vigia junto com Gabriel, ele era o mais tímido de todos do grupo, suas bochechas brancas sempre ficavam vermelhas quando alguém tentava conversar com ele, era conhecido pela sua heterocromia que fazia com que seus olhos possuíssem duas cores, um azul claro como as águas cristalinas das ilhas Maldivas e um castanho escuro como seus cachos.

— Olá, Gabriel, posso me juntar a você?

— Olá, pode sim — ele me olhou e sorriu abaixando a cabeça.

— Não vai descansar?

— Prefiro vigiar — com o olhar curioso perguntou — Eu sou muito curioso, mas.....o que aconteceu com seu braço?

— Fui mordida e para o vírus não se espalhar pelo meu corpo, Tyler cortou meu braço. Mas agora tá tudo bem.

— Vocês são corajosos — Ele sorriu novamente, parecia confortável em conversar comigo — Você acredita na cura?

— Não, já faz tanto tempo que tudo começou e quase não existe mais médicos. O nosso fim está próximo.

— Eu acredito na existência de um laboratório que está atrás da cura mas ninguém sabe — ele riu ajeitando o cabelo — Quando tudo começou meu pai dizia que um amigo dele trabalhava em um desses e que estavam atrás da cura.

— Seria bom se existisse, mas não tenho tantas esperanças quanto a isso, Gabriel.

— É uma pena, dizem que a fé move montanhas.

— Eu espero que a fé faça uma cura.
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Quando o sol começou a nascer, chamei todos para voltar a caminhar na direção da base. Depois de alguns minutos caminhando chegamos no portão, pedi para que não fizessem barulho, eu não queria chamar atenção antes de averiguar o local.

— Caso se percam, usem o sinalizador na mochila de vocês. Só em caso extremo, por favor — Abrimos o portal devagar, entramos dando de cara com zumbis caminhando pelo pátio, andamos devagar até um tanque nos escondendo sem chamar atenção deles.

— Estão vendo aquelas portas? Se aqui for como a nossa base, aquelas portas nos levaram para o outro lado sem que a gente passe pelos zumbis — sussurrei apontando para a porta. Corremos rapidamente até a porta, entramos no no corredor encontrando alguns zumbis no caminho, um quase me mordeu no pescoço mas Katherine o matou com um machado e a olhei sorrindo em sinal de agradecimento. Meu rosto e minha roupa estavam sujos de sangue de tanto matar os zumbis que apareciam até chegar no local de destino. Chegamos ao lugar onde ficavam os quartos, ouvi gemidos de dor e pessoas falando atrás de um porta. Olhei para os homens que rapidamente arrombaram a porta, lá dentro tinha 2 mulheres e 3 homens, uma das mulheres estava grávida. Enquanto minha equipe entrava para revista-lós, observei cada um reconhecendo o homem mais novo. Era ele...Erick, o garoto que eu namorava antes do apocalipse.

— Erick? —Falei baixo surpresa, ele se levantou rapidamente se aproximando.

— Agnes? você tá viva! Meu deus! — Ele me abraçou forte sorrindo e eu retribui.

— Erick, eu pensei que.....

— Não, eu não morri. No Canadá as coisas demoraram para piorar, mas eu te procurei esse tempo todo. Senti tanta a sua falta! Eu ainda amo você.

— Eu fico feliz em saber que sobreviveu...— Minha cabeça explodia em milhões de pensamentos. Eu namorava o Tyler e Erick dizia que ainda me amava, como eu lidaria com tudo?

Apocalipse Zumbi - A Era Dos Mortos Vivos Where stories live. Discover now