Capítulo XI - Rest.

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Melina queria tomar um banho e dormir.

A garota suspirou, olhando para o próximo ponto do mapa.
A alguns bairros dali, havia um hotel.

E Bía podia ou não estar nele.

- Ugh. - Grunhiu, sentindo sua blusa colar em seu corpo - Vamos, meninos.

Ainda havia pó dourado em seu cabelo - Parecia ter saído de uma rave, cabelo brilhando e desgrenhado -, cinzas de monstro que mais pareciam glitter.

Samuel se levantou do banco, sendo seguido por Leo (Que estendeu a mão para Melina e ajudou-a a levantar).
Os três suspiraram.

Samuel pegou o mapa e tomou a liderança ao ver o cansaço de sua amiga.

- Se a Grande Mãe de Santo não estiver lá, podemos pelo menos tomar um banho? - A morena se apoiou no namorado(?) - Não aguento mais.

Leo passou um braço ao redor de seus ombros, olhando para Samuel.

- Podemos?

O sátiro arqueou uma sobrancelha, parando. Então ele se virou, levantou a mão e...

Fez sinal para o motorista do ônibus.

A porta se abriu e ele sorriu, chamando os amigos.

- Podemos.

Melina franziu o cenho, xingando seu amigo mentalmente. Os três passaram pela roleta, pagando alguns dólares (A passagem era quase três vezes mais barata que no Brasil, ela notou) e sentando-se perto da saída.

Monstros não escolhem onde vão atacar.

Samuel mostrou os arredores do hotel para Leo e Melina, discutindo planos e rotas de fuga.

- Afinal... - A garota murmurou - Como vamos matar ela? Bronze celestial funciona?

- Até onde eu sei, não. - Leo disse - Ei, é mesmo. Como vamos matá-la?

Samuel fechou os olhos, pensando.

- Realmente, não pensei nisso.

- Nos mandaram em uma missão suicida. - Melina bateu a cabeça no assento do ônibus - Ah, que idiota. Eu nem perguntei como a mataria.

- Nós nos viramos. - Samuel deu um tapinha no ombro da amiga - Olha, é a nossa parada. Vamos.

O sátiro puxou a corda, dando um sinal para o motorista, que parou após alguns segundos.
Os adolescentes desceram, agradecendo o motorista e olhando a porta do hotel à sua frente.

- Não sei vocês... - Leo piscou - Mas esse hotel parece bem caro.

As portas de vidro mostravam uma grande recepção - Paredes brancas, mesas escuras, sofás de couro e uma grande bancada no meio de dois elevadores.

- Vocês vão primeiro. - Melina disse, dando um passo para trás - Não gosto de bancadas.

Leo sorriu, andando até a recepcionista.

- Boa noite. - Charme irresistível on - Viemos alugar um quarto.

A mulher arqueou uma sobrancelha.

Samuel revirou os olhos, puxando Leo para o lado.

- Precisamos de um quarto para três. - Ele puxou um cartão de seu bolso, colocando-o no balcão - Uma noite.

A recepcionista olhou para os dois, olhando para Melina depois.

- Seu nome é Melina? - A mulher perguntou, fazendo a garota tentar desaparecer - Sim?

Fire And WindWhere stories live. Discover now