CAPÍTULO 6

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Trabalhar num restaurante é muito exaustivo não importa qual seja a sua função, engana-se quem pensa que os garçons apenas servem, fazer mise en place das mesas de acordo com o cardápio é sem duvidas a parte mais chata, dobrar guardanapos, e nunca repetir a mesma dobra, essas coisas. Como o restaurante abriu apenas para almoço, cheguei em casa cedo e apenas querendo me jogar na cama.

Uma semana havia se passado desde o feriado, eu e o Cristiano mantínhamos contato 24 horas por dia, sempre por mensagens e vez ou outra por ligação.  Como ele estava de férias estava sempre querendo me arrastar pra algum lugar, nesse pouquíssimo tempo estabelecemos uma amizade, e eu me encantava cada dia mais pelo seu jeito. Eu não poderia me apaixonar por ele, que não parece ser o tipo de homem que namora mais de uma semana com a mesma pessoa. Além de ser gostoso, rico, e famoso, ele sabia ser atencioso, fofo, e cavalheiro.  Não vai ter auto depreciação, do tipo, "oque ele iria querer comigo? " eu sempre fui uma pessoa confiante apesar de ter me fechado para o mundo, a atitude dos meus pais me fez uma pessoa mais forte. E é disso que se trata a vida, todo esse blá blá blá de levantar depois de um tombo acaba se tornando verdade.

CR : Vamos sair hoje?  (17:23)

Eu : Depende, aonde iremos?   (17:23)

CR : Vamos numa boate (17:24)

EU : Amanhã eu ainda trabalho,  esqueceu? (17:30)

CR : Vamos rapidinho, é uma inauguração, e você nunca aceita meus convites... (17:33)

E era a mais pura verdade, ele sempre queria me arrastar pra lugares que não condiziam com minha realidade, mas uma boate não iria fazer mal, e também fazia tempo que não ia em uma.

EU : Ok! Que horas vem me buscar? (17:35)

CR : Chego ai as 21hrs!  (17:36)

EU : Combinado, até logo! (17:38)

Me joguei na cama pensando se oque eu estava fazendo era certo.

[...]

O lugar esbanjava luxo, era muito bem decorado e estava cheio de gente bonita, sim, muita gente bonita, olhar aquelas pessoas me deu o animo que eu estava precisando.

- Oque Achou? - ele me perguntou enquanto sentávamos num dos bancos que tinha no bar
- muito bonito! - falei chamando o barman e pedindo um refrigerante

- Você toma refrigerante na balada? - eu apenas fingi que não notei a cara de espanto dele e que nem ouvi a pergunta

Quando um remix muito bom de Drag me down do 1D começou a tocar eu me levantei. 1D é minha banda preferida, as musicas são um amorzinho não tem como não gostar.

- Vamos dançar?  - perguntei olhando pra ele que flertava com uma garota e parecia não ter ouvido a minha pergunta - Quer saber? Esquece!

Me dirigi a pista de dança e me joguei, aquela batida misturada com o jogo de luzes era libertador. Eu me sentia livre, me sentia eu mesmo, e quando menos esperei senti alguem me abraçando por trás

- Oi, tudo beleza? - perguntou um cara muito bonito, ele devia ter seus 1,75 de altura, branco, não era malhado, mas tinha um corpo muito bonito

- Tudo sim! - respondi me afastando um pouco e voltando a dançar

- ta sozinho? - gritou proximo ao meu ouvido

- Não,  não está!  - disse o Cristiano atrás de mim - Poderia sair de perto dele? - o garoto apenas levantou as mãos em sinal de rendimento e saiu

- Qual o seu problema? - perguntei irritado

- Achei que tinha vindo pra se divertir comigo... - disse ele andando de volta para o bar

- Eu também achei, até ver você flertando com aquela garota - disse apontando a dita cuja - Porque espantou o rapaz daquele jeito?

- Ele estava se esfregando em você!  - disse fazendo cara de nojo

- E?

- E que eu não gostei, não fui com a cara dele - falou fechando a cara e assumindo uma carranca - e pra sua informação eu não estava flertando com ninguem!

- Ta nervoso?  - perguntei rindo - vem, vamos dançar! 

- Não estou afim!  - disse virando a cara

- ok! Talvez eu ainda encontre aquele cara por aqui - disse olhando pros lados como se estivesse procurando alguém

- Não se atreva! - disse segurando meu braço e me arrastando pra pista

Agora tocava uma versão maravilhosa de into you Da Ariana Grande.
Cris agarrou minha cintura e eu passei meus braços pelo seu pescoço, nos balançavamos no ritmo da musica e nossos olhos se fixaram, e eu não conseguia desviar, não queria desviar, poderia passar a noite toda perdido naqueles olhos que me hipnotizava de um jeito surreal, ele foi aproximando o rosto e eu logo sentia sua respiração proxima a minha bochecha, ele passou o nariz no meus pescoço me fazendo extremecer, mas não saimos do ritmo da música, ele então voltou seu olhar para mim novamente, roçou os labios nos meus de leve me fazendo gemer, era como se não existisse mais nada a nossa volta, logo estavamos envolvidos num Beijo.
O beijo dele era lento e calmo, como se quisesse aproveitar cada segundo, ele modia meu lábio inferior e quando nos separamos, nossos olhos voltaram a se cruzar e dessa vez nos atracamos num beijo feroz e animalesco, como se nossa vida dependesse daquilo.

Apenas Fique Comigo   (Romance Gay)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin