Capítulo 10- Malfoy? (2.0)

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P.O.V. Lily Potter____________________________________________________

Seguro a snitch e mostro lhe.

-Isto é o que tens de apanhar. Isto é a única coisa que tens de fazer. - Ele olha para a snitch entediado. Suspiro - Fecha os olhos.

Ele levanta as sobrancelhas e dá uma pequena risada.

-Vá! Fecha. - Sorrio e ele fecha.

Abro a snitch e ponho ao lado do seu ouvido, está um barulho enorme naquele campo, pois os outros estão já treinam e decidi primeiro contar alguns dos meus segredos para o Malfoy.

- Primeiro o que tens de fazer é concentrar te. Fazer com que todas as coisas a tua volta se silenciem... Menos a snitch.

Observo o seu rosto pálido de olhos fechados, ele parece muito cansado, mais frio que nunca, porém ao mesmo tempo mais acessível. A sua barba loira podia ser vista malfeita em uma sombra e o seu cabelo quase branco parece acinzentado.

Ele é estranhamente... Bonito?

Afasto os meus pensamentos estúpidos.

- Separa qualquer pensamento que tenhas e concentra te nesse som. Esse é o meu truque. - Atiro a snitch para o ar e ela voa fixa num ponto.

Scorpius abre os olhos surpreso com a estabilidade da bola de ouro.

- Ela está parada porque eu treino com ela todos os dias, ela é leal a mim. As snitches são mais que um simples mecanismo elas criam relações com os donos. Observa. - Abro a mão à sua frente e a snitch vem até ela.- Para teres isto tens de primeiro apanha la, segundo apanha la mais e mais vezes... - Procuro uma snitch nova pelos meus bolsos e encontro uma. - Toma, esta é nova, fica com ela, quando a abrires tens de a pegar logo, o primeiro toque é o mais importante. Ah e mantêm a perto. Eu tenho a minha sempre no meu bolso.

Ele parece estar a prestar atenção, mas em outra coisa.

- Malfoy! - Estalo o dedo à sua frente ele leva o olhar ao meu.

- Eu estou a ouvir Potter. - O seu tom é rude

Mas não respondo, respiro fundo, ele hoje não merece.

- Este é o meu truque, quando conseguires fazer isto terás alguma hipótese contra mim. - Fecho a snitch e ponho a no bolso.

-Eu não quero nada teu, ou da tua família suja. - Continua seco e sério.

Olho para o chão para tentar acalmar, sem sucesso, como odeio aquela criatura.

- Por que que és assim? - Pergunto lhe sinceramente.

- Assim como? – Pergunta indignado, ele cruza os braços e chega um paço à frente o que me faz obrigar a olhar para cima devido a altura.

- Ingrato, arrogante, rude... Frio. - Olho-o nos olhos, estão cansados e vidrados por lágrimas que não caem.

Ele dá um riso seco.

- As circunstâncias criam as pessoas, princesinha. Eu sou um Malfoy, e sempre serei. Potter. - As suas palavras tocam me profundamente, franzo as sobrancelhas ao lembrar das palavras ditas por Daniel para mim.

- "Um nome não te define, quem te define é quem serás e quem queres ser. Queres ser livre?"- Dizer as suas palavras é como levar uma facada no peito.

Lembro me dele novamente. Sinto uma lágrima cair, mas limpo logo esperançosa que não tenha visto.

Ele apercebe-se.

BRAVE 1 - A Alegria do Lírio Violeta (Harry Potter- NG)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora