Capítulo 5

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Fernanda

    Eu não parava de chorar com o exame do laboratório na mão, eu ainda não acreditava que eu estava grávida.

- E... agora... meninas - eu falei entre soluços - O que eu faço? - perguntei e elas se olharam.

- Primeiro conta pros seus pais... -  ela falou e eu a interrompi.

- Você tá louca se eu contar isso pros meus pais ele vão me matar - eu falei exasperada.

- Não porque isso iria manchar a imagens deles - Faby falou - Ja pensa sai no jornal a matéria de capa " Senhor Júlio Monttanari dono de uma das maiores empresas de Software do Brasil e sua esposa são presos acusados de matar sua filha de 14 anos após descobrir que iriam ser avós" - ela falou e eu e Luuh rimos da piada tosca dela.

- Eu tô falando sério Faby - eu falei olhando pra um ponto qualquer - Eles vão me matar se solver que eu estou gravida de um bandido.

- Do que você está falando Fernanda? - minha mãe falou entrando no quarto de braços crusados.

- Mãe! - eu ofeguei e a Faby e a Luuh saíram de cima da cama - Eu... eu...- não consegui falar.

- Nanda! - Faby me chamou - Nos vamos indo pra casa, voltamos mas tarde.

    Eu concordei e elas saíram do quarto correndo e minha mãe continuou ali parada me olhando de cima a baixo.

- Eu preciso conversar com você e o papai. - eu falei sem olhar pra ela - Ainda hoje! - eu falei me levantando e indo até a porta e descendo pra sala e minha mãe veio logo atrás.

- O que aconteceu? - meu pai perguntou olhando a cara da minha mãe - Que caras são essas?

- A nossa filha tem algo pra nós contar muito importante - minha mãe falou parada na minha frente no sofá junto com meu pai - Não é Fernanda? - minha mãe falou e meu pai olhou desconfiado.

- Sim mãe eu tenho algo muito importante pra contar pra vocês - eu falei já temendo a reação deles eu tomei uma lufada de ar - Eu estou grávida. - eu falei e meu pai me olhou incrédulo enquanto minha mãe colocou a mão na boca pra reprimir o grito.
- Okay Fernanda já pode para de piadas e contar o que realmente aconteceu - meu pai falou ainda incrédulo e eu baixei a cabeça dando a entender que eu falava a verdade.

- Eu realmente estou gravida pai - eu falei ainda de cabeça baixa -  E tem mas.

- Mas? Você me diz que tá grávida e ainda tem mas? - meu pai perguntou.

- O pai é um rapaz lá da favela - minha mãe se apoiou no meu pai - No dia em que eu disse que dormi na casa das meninas eu tinha na verdade ido a uma festa e acabei indo pra cama com esse rapaz e descobri hoje que estou grávida dele.

- Oh Júlio no que eu errei?! - minha mãe perguntou escondendo o rosto no peito da meu pai - Eu sou uma péssima mãe.

    Eu não parava de chorar eu não queira causar essa dor neles, essa nunca foi minha intenção real eu só queria ir em uma festa e depois voltar pra casa virgem e sem carregar um filho e pior de um bandido.

- Mãe!... - eu falei e ela me enterrompeu com um grito.

- Não me chama de mãe! - ela falou com raiva.

- Pai por favor... - ele nem olhou pra mim. - Mãe?! - eu falei novamente.

- Eu não sou mãe de uma vagabunda! - ela falou entre dentes e isso me cortou, eu olhei pra ela atordoada.

- Apesar de tudo eu ainda sou sua filha mãe... isso foi um erro eu está bêbada eu não sabia o que estava fazendo - eu falei e ela me olhou com ódio.

- Que dizer que você vai em uma festa bebê e transa com um bandidinho favelado qualquer e quer quer eu acredite que não sabia o que estava fazendo?! - ela falou com repulsa e eu me encolhi.

- Pegue suas coisas - meu pai falou com olhos pertubados - Você vai embora da minha casa hoje - ele falou ríspido.

- Mas... pra onde... eu vou? - eu perguntei entre soluços.

- Vai pra casa de quem te engravidou. - minha mãe falou saindo de perto de mim quando eu tentei pegar sua mão.

- Eu não sei quem ele é! - eu falei exasperada - Por favor não faz isso mãe - ela virou o rosto eu olhei pro meu pai e ele olhou pro teto limpando uma lagrima que caia no canto esquerdo do seu rosto.

    Eu levantei meio desajeitada e chorando muito subi as escadas correndo e peguei minha mala de viajem coloquei algumas roupas e bolsas lá até não dá mas depois peguei a mala de mão e coloquei mas roupa depois peguei uma mochila e coloquei todos os meus óleos, cremes, maquiagem e roupas íntimas logo em seguida coloquei na parte da frente da mochila meu celular carregador e fone.

    Desce as escadas devagar e nem minha mãe nem meu pai estavam lá, eu olhei ao redor e tirei de dentro da bolsa meu celular.

Chamada On:

eu: Alô?

Faby: Oi Nanda! tudo bem? Como foi a conversar com seus pais?

eu: Eles me colocaram pra fora de casa. Eu preciso da sua ajuda.

Faby: Eu não perto da sua casa na verdade eu estou em copacabana junto com minha irmã e nossos homens!

eu: Eu preciso da sua ajuda... pra onde eu vou?!

Faby: Faz assim espera ai que eu vou ligar pra uma pessoa te buscar, espera de frente ao condomínio.

eu: . Obrigado!

Faby: Okay! Beijo se cuida.

eu: Beijo

Chamada Off:

     Eu fiquei uma meia hora esperando a pessoa que ia me buscar e nesse tempo eu fiquei passando e repassando o olhar dos meus pais o olhar de decepção de rejeição de tristeza, aquele olhar estava me torturando e eu ainda não estava acreditando que eles haviam me colocado pra fora de casa logo eu sua filha mas nova a caçula da família a filha única.

- Fernanda?! - alguém me chamou e eu olhei para cima.

- Que é você? - eu perguntei tentando olhar seu rosto na luz fraca da rua.

- ele falou e e eu olhei mas de perto vendo que era o mesmo cara com quem eu dormi. O pai do feto que e eu carrego dentro de mim.

O pai.

O Traficante Dos Meus Sonhos. Où les histoires vivent. Découvrez maintenant