Comensal da morte??

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  Quando abri meus olhos, estava acorrentada, presa a uma enorme coluna de ferro.
  Minha visão ainda estava um pouco embaçada, mas já conseguia ver aonde estava.
  Era uma pequena sala com as paredes brancas. O chão, era preto com aquela marca enorme no chão.
  Eu olhei para o lado, e vi que Nico estava acorrentado ao meu lado, mas ainda estava desacordado.
  — Nico — sussurrei. Nada — Nico!!
  — Aonde a gente ta? — perguntou devagar
  — Eu... eu não sei — disse
  Eu coloquei a mão no pescoço para pegar minha espada, mas ela não estava lá. Pela primeira vez na vida, eu estava desesperada.
  — Nico, você ainda está com sua esoada?
  — Não... — ele olhou em volta procurando — e você?
  — Não. Mas acho que a verdadeira pergunta é: aonde a gente está.
  — Vocês não precisam saber aonde estão. — escutei uma voz — A única coisa que tem que saber, é que não tem muito tempo de vida.
   — Quem é você? — perguntou Nico
  Então a "voz" apareceu. Era um homem com uma roupa toda preta, e uma máscara.
  — Não precisam saber quem...
  — Só diz logo quem você é! — gritei
  — Tudo que precisam saber sobre mim, é que sou um Comensal da Morte.
  — E como eu nunca ouvi falar de você? — perguntou Nico — Porque do exército do meu pai você não é, e pelo que eu sei, nem do meu você é. Escolhi meus soldados a dedo.
  — Você tem um exército? — perguntei
  — Tenho — disse e riu
  — Quietos! — gritou — Eu jamais faria parte daquele exército horrível do seu pai. Seu pai é um deus menor. Nunca levamos ele em consideração aqui.
  — Podem não levar agora, mas vão levar quando você passar de comensal da morte, para comensal morto com direito a castigo eterno. — ameaçou
  — Ah, por favor. Você não tem poderes nem pra invocar uma horda de zumbis aqui.
  — Cara, você ainda não conheceu Hades pessoalmente, néh? — perguntei incrédula
  — Pode ser que não, mas já ouvi falar. 
  — Ta bom, chega de falar do meu pai — disse Nico — O que você planeja fazer com a gente?
  — Sem planos. Só torturas. Mas agora preciso sair pra resolver umas coisinhas para matar vocês.
  Ele saiu da salinha e trancou a porta.
  — A gente precisa dar o fora daqui! — disse
  — Juuuura?
  Ta, eu analisei o local. Era uma sala completamente vazia. Não tinha nada além de...
  — Sério?! Um bebedouro velho?! Alguém só pode estar brincando comigo! — disse
  — Tira logo a gente daqui. Eu já to ficando sem ar.
  Então eu me concentrei na água. Ela nai obedeceu. Lembrei de uma coisa que Percy me disse, sobre a água não gostar de ser controlada. Mas ele também disse, que o segredo é não desistir.
  Daí do nada, eu me concentrei mais naquele bebedouro, então eu dei um grito (eu não sei daonde surgiu) e começou a jorrar água daquele bebedouro. Dei um sorriso
  Então a água explodiu na nossa cara com tanta força que arrebentou as correntes, nos libertando.
  Obrigada, papai! Pensei
  — Precisamos dar um jeito de sair daqui — disse
  — Verifica a porta
  — Ele trancou quando saiu. Não adianta.
  — Temos que saber o que fazer quando ele voltar. Sua espada já chegou?
  — Já. Mas e voc... aqui. — joguei a adaga pra ele — Já lutou com uma adaga?
  — Algumas vezes.
  — Ótimo. Porque você vai ter que ser muito hoje.

 
 
 
 
 

A Filha do deus do Mar - O Sumiço do Tridente de Poseidon Onde histórias criam vida. Descubra agora