As salas de guarda

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Na noite passada, Rony e Hermione demoraram para voltar à lareira e juntar-se a Harry e Dooby, mas Harry preferiu não fazer perguntas, não queria Hermione estressada, muito menos uma Profª McGonagall brava com Dooby. Quando os quatro terminaram a faxina, o elfo e Hermione despediram-se, Harry e Rony foram para o dormitório e apagaram completamente.

Harry acordou do jeito mais incomodo possível; uma espécie de alto-falante em forma de lírio grudado no canto da parede do seu quarto não parava de berrar a frase: "todos para o pátio central, dividam-se por anos. Agora! Agora!"

Os monitores da Grifinória batiam nas portas acordando os alunos, que, atordoados, iam ainda de pijamas para o pátio central.

Hermione e Gina vinham de camisolas com seus respectivos animais de estimação na mão; Bichento estava mais agitado que os grifinórios; Arnaldo, o Mini Pufe de Gina, por outro lado, tirava um cochilo delicioso no ombro de sua dona.

— O que está havendo? — Perguntou Rony, com os olhos meio abertos meio fechados.

— Com certeza é um alarme de ataque falso — Hermione bocejou.

— Alarme de Ataque? — indagou Harry, limpando as lentes embaçadas do seu óculos.

— Sim. Hogwarts, uma história. Página 327, 5° parágrafo. Se o diretor da escola achar necessário, será realizado o treinamento dos alunos para um possível ataque contra a escola.

— E o que nós devemos fazer, exatamente?

— Ir para o pátio central, não ouviu o Lírio Gritante? — ela disse, e então os quatro foram até o lugar ordenado.

Sete filas foram formadas. Harry, Rony e Hermione estavam na quinta. Os murmúrios e cochichos eram incessáveis, todos queriam saber o que aconteceria. Depois de quase dez minutos, Minerva, Snape, Oddete e Dumbledore apareceram e se colocaram de frente para os alunos, que, aos poucos, foram aquietando-se e mandando seus colegas ficarem quietos.

— Bom-dia — Dumbledore começou. —, sei que essa não é a maneira mais agradável de se começar o dia, mas eu e a professora de Lamartine achamos que estamos em boa hora para treinarmos vocês para um possível ataque. À luz dos recentes acontecimentos, toda forma de proteção, defesa ou, em último caso, ataque, é necessária e importante. Agora, vamos instrui-los a fazer o correto em casos extremos. Dou a palavra à Professora Lamartine.

Com um discreto cumprimento com a cabeça, Dumbledore e Oddete trocaram de lugar. A professora vestia trajes longos, porém leves; um vestido verde-desbotado bem solto que ia até o chão. Um cinto com pedrinhas de esmeralda marcava a fina cintura da professora. E as mangas eram de um tecido que imitava algo como correntes de ferro no mesmo pigmento do vestido.

— Obrigada, diretor — ela sorriu. — Bem, alunos do primeiro e segundo ano, quando um alarme como esse tocar — com um gesto com a varinha, uma sirene muito incômoda soou pelo pátio inteiro. —, vocês tem que até suas salas comunais.

— E se estivermos dormindo? — um menino baixinho e rechonchudo do primeiro ano perguntou.

— Nos dois casos, se estiverem dormindo ou acordados, quando ouvirem o alarme, vocês irão para as salas de guarda.

— E onde elas ficam? — uma garota alta do segundo ano perguntou.

— Ótima pergunta. — afirmou a professora. — Nessas últimas férias, nós instalamos tobogãs de emergência debaixo da lareira de cada sala comunal. Para entrar nesse túnel, vocês tem que falar uma senha que será dada pelo alarme. No mesmo instante em que ouvirem essa sirene, vocês descerão por esse tobogã.

Harry Potter e a Caverna de SepsyreneWhere stories live. Discover now