As vibrações incessantes passavam pelo colchão e tateando o lençol amaçado tentava achar da onde vinham. Consegui achar o celular enfiando a mão debaixo do travesseiro. Sem abrir os olhos atendi levando a mão na testa.– Huum... Você ligou pro Nathan e ele não está deixe seu recado – minha voz saiu mais rouca e grossa pela preguiça que pronunciava as palavras –
– Ah, acho que foi engano, desculpa... Estava ligando pra saber do show dos irmãos Sulivan... São incríveis gogo-boys... E quando se vestem de bombeiro...
– Hannah?! – jamais confundiria aquela voz doce e suave mesmo falando coisas sem nexo – sério isso?
– Sim – ela soltou uma risada divertida – disponível pra mim?
– Não faço parte do do elenco de Mágic Mike querida... Aliás, qual é a graça de ver homens praticamente transando com roupa num lugar com fantasias que deixam o pênis apertado dentro de lycra?
Ela deu uma gargalhada que se pudesse, contaria o maior número possível de piadas pra que aquele som gravasse na minha mente em diferentes frequências.
– Seu idiota! – ela fez uma pausa – aliás, faço a mesma pergunta, ao senhor... Sabendo que era um frequentador áciduo de clubes de strippers!
– Isso é algo confidencial! Sabe detalhes?
– Tenho ótimas fontes de informação.
– Huum... Foram bons tempos... Me lembro do último lapdance.... Foi...
– Parou por aí – ela me interrompeu com um tom de advertência – se fosse uma stripper iria cobri-lo de glitter!
– Não, não... Você faz o estilo de boa garota... O que também não te impede te se tornar má – a provoquei –
– Nathan, pare de fazer essa voz sensual no telefone!
– Me acordou de um cochilo garota... E se tivesse o privilégio de acordar todos os dias com você do lado oposto da minha cama... Eu diria o que você quisesse no seu ouvido...
Mordi o lábio inferior sorrindo tomando mais espaço me esticando quando ouvi uma risadinha e um barulho estranho do tipo alguma coisa caindo do outro lado.
– Hannah?!
– Oi! – ela gemeu de dor – acabei de cair Sr. Campbell... Fui virar na cama e esqueci que a minha não é tão grande quanto a sua...
Foi a minha vez se soltar uma gargalhada imaginado ela corar com as palavras anteriores e girar na cana sorrindo sem lembrar do chão.
Mesmo pontuando que seria o único a não ter de precisar de amarra-la, talvez precisasse. Mal imaginava o dia que tocasse em cada milímetro de sua pele. Perderia o controle.
– Se machucou?
– Talvez meu joelho fique roxo...
– E seu domingo... Animado?!
– Até agora só porque liguei pra você... – ela fez uma pausa respirando fundo – Nathan, eu... Eu contei toda a verdade pra mamãe!
– O que?! Não! Não me diga... Huum... Crise de culpa e princípios éticos?
– Não conseguia olhar pra ela sem dizer o que realmente aconteceu.
– Amo pra caralho sua sinceridade! Só que... Ok, e aí?!
– Brigou comigo depois ouvir tudo. Deu um grande discurso, falando que era vergonhoso e sem mais festas de aniversário... Mas não importa o quanto ela ficou brava, falei que jamais mentiria ou esconderia alguma coisa...
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Jogada Imperfeita
Romance| LIVRO 1 | ❝Porque na amizade sempre vai existir um amor puro, daqueles que realmente nada, absolutamente nada, vai afetar isso. A não ser que se transforme em amor, onde há uma linha tênue.❞ Enquanto o último ano do ensino médio não termina, o jog...