Capítulo 27 - Todos os motivos para conhecer o perigo

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As vibrações incessantes passavam pelo colchão e tateando o lençol amaçado tentava achar da onde vinham. Consegui achar o celular enfiando a mão debaixo do travesseiro. Sem abrir os olhos atendi levando a mão na testa.

– Huum... Você ligou pro Nathan e ele não está deixe seu recado – minha voz saiu mais rouca e grossa pela preguiça que pronunciava as palavras –

– Ah, acho que foi engano, desculpa... Estava ligando pra saber do show dos irmãos Sulivan... São incríveis gogo-boys... E quando se vestem de bombeiro...

– Hannah?! – jamais confundiria aquela voz doce e suave mesmo falando coisas sem nexo – sério isso?

– Sim – ela soltou uma risada divertida – disponível pra mim?

– Não faço parte do do elenco de Mágic Mike querida... Aliás, qual é a graça de ver homens praticamente transando com roupa num lugar com fantasias que deixam o pênis apertado dentro de lycra?

Ela deu uma gargalhada que se pudesse, contaria o maior número possível de piadas pra que aquele som gravasse na minha mente em diferentes frequências.

– Seu idiota! – ela fez uma pausa – aliás, faço a mesma pergunta, ao senhor... Sabendo que era um frequentador áciduo de clubes de strippers!

– Isso é algo confidencial! Sabe detalhes?

– Tenho ótimas fontes de informação.

– Huum... Foram bons tempos... Me lembro do último lapdance.... Foi...

– Parou por aí – ela me interrompeu com um tom de advertência – se fosse uma stripper iria cobri-lo de glitter!

– Não, não... Você faz o estilo de boa garota... O que também não te impede te se tornar má – a provoquei –

– Nathan, pare de fazer essa voz sensual no telefone!

– Me acordou de um cochilo garota... E se tivesse o privilégio de acordar todos os dias com você do lado oposto da minha cama... Eu diria o que você quisesse no seu ouvido...

Mordi o lábio inferior sorrindo tomando mais espaço me esticando quando ouvi uma risadinha e um barulho estranho do tipo alguma coisa caindo do outro lado.

– Hannah?!

– Oi! – ela gemeu de dor – acabei de cair Sr. Campbell... Fui virar na cama e esqueci que a minha não é tão grande quanto a sua...

Foi a minha vez se soltar uma gargalhada imaginado ela corar com as palavras anteriores e girar na cana sorrindo sem lembrar do chão.

Mesmo pontuando que seria o único a não ter de precisar de amarra-la, talvez precisasse. Mal imaginava o dia que tocasse em cada milímetro de sua pele. Perderia o controle.

– Se machucou?

– Talvez meu joelho fique roxo...

– E seu domingo... Animado?!

– Até agora só porque liguei pra você... – ela fez uma pausa respirando fundo – Nathan, eu... Eu contei toda a verdade pra mamãe!

– O que?! Não! Não me diga... Huum... Crise de culpa e princípios éticos?

– Não conseguia olhar pra ela sem dizer o que realmente aconteceu.

– Amo pra caralho sua sinceridade! Só que... Ok, e aí?!

– Brigou comigo depois ouvir tudo. Deu um grande discurso, falando que era vergonhoso e sem mais festas de aniversário... Mas não importa o quanto ela ficou brava, falei que jamais mentiria ou esconderia alguma coisa...

Jogada ImperfeitaWhere stories live. Discover now