Capítulo 156 - O contato e a troca

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As pistas que até então os peritos não tinham nenhuma, começaram a surgir. A primeira foi a identificação de um dos bandidos. O sistema conseguiu fazer o reconhecimento facial de um dos sujeitos da foto que Joshua mandou a Dylan. Ruy Brandt era seu nome. Um foragido de anos, com uma enorme ficha criminal. Assaltos, assassinatos, sequestros, era uma infinidade de crimes nas costas dele pra desespero maior ainda de Sara, pois sua filha se encontrava nas mãos de alguém muito perigoso.

Apesar de ter o nome do bandido, não se sabia por onde procurá-lo. Há anos a polícia vinha atrás dele sem conseguir pegá-lo ou saber nada de seu paradeiro. Ruy era um bandido "ensaboado" que sempre conseguia escapar da polícia quando ela estava prestes a pegá-lo.

Foi quando surgiu outra pista. Uma guarnição da Polícia Rodoviária Estadual encontrou abandonado numa estrada, o carro usado no sequestro. Havia marcas de pneus de outro carro que levavam pra estrada de terra que passava por ali. A polícia seguiu as marcas, mas por conta do forte vento o rastro do carro foi apagado. As buscas passaram a ser concentradas por aquelas redondezas, mas sem muito êxito.

As horas iam passando, a angústia pela falta de notícia e o silêncio dos bandidos que não entravam em contato logo, só apavoravam mais ainda Sara, Dylan e também Grissom.

Veio a noite e as buscas infelizmente tiveram que ser suspensas.

—Esse silêncio deles está me matando. Isso não é bom! Eles já deviam ter entrado em contato.

—Eles vão entrar logo, Dylan. A foto de um deles nos noticiários, vai agilizar o contato. - Nick tentou confortar o agente enquanto seguiam pelos corredores do laboratório.

Na sala de convivência Sara estava com Grissom e Catherine que tentavam confortá-lo pela falta de notícias de Liv. Foi quando o celular dela tocou. Número restrito! Os três peritos logo imaginaram que se tratava dos bandidos.

—Mantenha a calma e atenda no viva-voz, Sara. - Instruiu Grissom.

Ela assentiu. Seu coração batia aceleradamente e ela respirou fundo pra buscar calma, seriedade e acima de tudo, frieza pra falar com aquele.

—Alô!

—Sara Sidle?

A voz do outro lado questionou. Ela estava claramente distorcida, pra dificultar o reconhecimento.

—Sim. Quem fala?

—Não interessa. Estou com algo que lhe pertence e que creio que queira de volta.

—Quanto vocês querem pela minha filha?

Naquele instante Dylan chegava a sala e ouviu as últimas palavras de Sara. Ele já imaginou quem era, mas olhou pra Grissom pra ter certeza se estava certo. O supervisor lhe gesticulou que se tratava dos bandidos, confirmando as suspeitas de Dylan. O agente se aproximou rapidamente de Sara e fez menção de falar com o sujeito na linha, mas Sara sinalizou seriamente pra ele não fazer isso.

—Não quero dinheiro. O que eu quero é uma troca. Você pela menina! Meu interesse é em você. A menina foi a forma que achei de te ter nas minhas mãos.

Grissom e Dylan se olharam apavorados com aquilo. Antes que ambos tivessem a chance de sinalizar pra morena que não caísse nessa, ouviram Sara dizer ao bandido:

—Me diga quando e que horas quer fazer a troca?

—Já aceitou? Não quer nem pensar antes de aceitar?

—Não tenho o que pensar. Se é a mim que você quer, então eu vou ao seu encontro. Mas solta a minha filha.

—Eu solto quando você estiver comigo.

Você É Meu Verdadeiro Amor! [Concluída]Where stories live. Discover now