Confusão

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CAPÍTULO 6 : CONFUSÃO 

HENRIQUE BRANDÃO

As pernas dela fraquejaram e seu corpo amoleceu, quando estava prestes a cair agarrei-a pela cintura.

— Carolina! — Eu a abraço contra meu corpo e inclino sua cabeça pende pra trás. — Se isso é uma tentativa de ser carregada até em casa , pode esquecer.

Nada, ela não se move.

Bufo e a carrego até a grama perto das árvores, a deito ali. Me ajoelho ao seu lado e dou tapas leves em sua bochecha tentando reanima-la.

— Ah diacho!

Olho para seu corpo, semi nu, o sanguessuga ainda está preso em seu seio. Eu o puxo com cuidado até tirá-lo por completo, o jogo longe. Carolina usava um sutiã cinza claro e uma calcinha azul escura, era bem diferente do fio dental que as loiras usavam ontem. Dei uma boa olhada em seu corpo, para ter certeza de que não havia mais nada colado em sua pele.

A deixei ali fui até a árvore onde nossas roupas estavam penduradas. Vesti minha calça jeans e enfiei as botas nos pés. Eu a peguei no colo e joguei seu corpo sobre meu ombro, sua pele ainda fresca roçando contra minha.

— Não se acostume. — Resmunguei tomando o caminho de volta para casa, carregando-a como eu costumava carregar as pesadas sacas de milho.

Antes de nos afastarmos muito do lago, a doutora acordou com o sacolejo, braba como uma gata, suas unhas cravaram em minhas costas, seguida por tapas e socos.

Ela havia acordado.

— O que você pensa que está fazendo? — Ralhou — Me solta seu bronco!

— Com prazer. — Arremessei-a na grama e ela caiu de bunda no chão. — Melhor pra mim não ter que carregar você até em casa!

Ela bufa furiosa e se levanta vindo em minha direção com um olhar de fúria. Eu jogo a seus pés seu vestido e seus tamancos embarrados.

— Está pra nascer homem mais grosso que você Henrique Brandão!

— é acho que você tem razão, será um prazer te levar até a cidade para que você não precise olhar mais para minha cara, e nem eu para a sua.

Ela pisoteia o próprio vestido e me enfrenta, mesmo sendo bem mais baixa do que eu. Ela ergue a mão, mas antecipo seu movimento e a seguro pelo pulso.

— Chega de me bater doutora, acho que é você que não consegue tirar as mãos do cowboy aqui.— Eu dou um puxão leve a puxando mais para perto e seus seios batem contra meu peito.

Ela grunhi e me empurra com a outra mão.

— Vai se ferrar peão! — Ela xinga e me empurra.

Eu a solto.

— Você devia ser mais agradecida, tirei os sanguessugas de suas belezinhas . — Insinuei olhando para seus seios fartos. — E, ainda estava te carregando para casa.

Ela revirou os olhos e cobriu seus peitos com os braços cruzados na frente do corpo.

— Devia ter te deixado virado comida de jacaré. — Me viro e retomo a caminhada para casa que será longa. — Assim meus problemas teriam terminado.

Peste de mulher retruquenta.

— Do jeito que sua companhia é agradável, eu preferiria mesmo ser devorada por jacarés.

Carolina veio logo atrás de mim, os saltos afundando a cada passada, naquele ritmo não chegaríamos nunca!

Paro de caminhar e a encaro irritado.

Bruto ***Degustação***Onde as histórias ganham vida. Descobre agora