PRIMITIVO

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Capítulo 9 PRIMITIVO

- Carolina Oliveira-

Eu ainda estava com a boca formigando, por causa daquele mini copinho, e apesar de sentir uma vontade de vomitar quando o líquido desceu goela abaixo, não o fiz, porque aquele peão bastardo estava esperando alguma reação do tipo. Meu corpo já estava aquecido pela discussão que tivéramos algumas horas antes, e aquela bebida era a faísca que que eu precisava para entrar em combustão.

Eu não dançava anos, mas agora meu corpo se remexia, aproveitando aquela música brega. Não me importei com os olhares dos outros, aquela noite eu iria me divertir e encher a cara, dançar até que meus pés doessem, e ninguém me diria ao contrário. É por isso que não me importei quando o moreno se aproximou e me tirou pra dançar.

Após algumas músicas, eu já não estava achando as músicas tão cafonas, e eu até que tinha jeito pra coisa. Felipe, o nome do moreno barbudo e cabeça raspada, até que era simpático e divertido, e não reclamou nenhuma vez, quando eu pisei sem querer em seus pés, uma porção de vezes.

— Nossa! — Exclamo enxugando o suor da testa. — Estou derretendo.

— Vou pegar uma bebida pra gente. — Ele sorri e eu aproveito a deixa para ir ao banheiro.

Minhas coxas estão um pouco bambas e o coração ainda martelando no peito. Fecho um olho quando paro diante de duas portas, e franzo o nariz, estreitando os olhos, tentando enxergar o que está escrito nas plaquinhas. Parece que a água ardente já está fazendo efeito.

Empurro a porta e a luz já está acesa. Henrique está com as calças abaixadas até os joelhos, f0dendo a loira que está com o traseiro apoiado na pia de cerâmica. A outra garota segura o vestido curto, mantendo-o erguido na altura dos seios, enquanto ele come uma enterra os dedos na b0ceta da outra.

Demoro alguns segundos para que meu corpo reaja a cena erótica explícita a minha frente. Ele soca duro em ambas e não sei de que maneira os gemidos das vadias não são ouvidos por todo bar. Tão inebriadas pelo êxtase nem percebem minha presença ali.

— Ah Rico... não para... — Ela choraminga acariciando os seios por cima do vestido.

—Calma doçura. Já vou tratar sua b0cetinha também. — Ele rosna sem interromper as estocadas.

A voz rouca do peão reverbera pelo meu corpo.

— Da próxima vez tranquem a porta. — eu saio dali na velocidade da luz e bato com força a porta.

Felipe acena no bar e ergue dois copinhos idênticos aos de antes. Eu caminho até ele a passos rápidos.

— Obrigada. — Pego os dois copos de suas mãos, e os bebo um de seguido do outro.

Sinto o jantar que Matt havia preparado para mim revirar em meu estômago, como se o frango assado tivesse subitamente criado vida depois de estar nadando na tal da cachaça, e agora ele queria apenas "bater asas e sair" voar para a liberdade, em forma de um vomito violento.

—Carol, você está bem?— Felipe me pergunta de certa forma surpreso.

Ergo um dedo e aponto na direção de seu rosto. De repente vejo duplicado.

Dois Felipes?

Gêmeos?

— Não me chama de Carol porque eu não dei essa intimidade! — Xingo — Agora vem dançar. Eu o puxo para a pista e coloco suas mãos em minha cintura.

Felipe me olha com seus belos olhos cor de caramelo e conduz a dança, fazendo com que eu me esqueça da pu.taria vista minutos antes.

Espera.

Bruto ***Degustação***Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon