Décimo capítulo

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Holly Marie Combs como: Talia Hilia.

Maven, vestido em seu terno bem passado, e como os cabelos bem penteados para trás. Ele estava realmente maravilhoso, tento afastar esses pensamentos , focando em um ponto distante.

-Bom...como eles disseram, você perdeu a voz...- Diz se sentando em um banco ao lado da cama.

Ele olha para um ponto distante, Oque está passando em sua cabeça? Sua boca se curva em um sorriso de lado, assim que vê que eu o observo, meu rosto arde de vergonha.

-O que você está fazendo aqui? - pergunto, fico um pouco radiante, por não ter medo de falar.

-Digamos que não sou o homem mais sortudo do mundo - ele responde surpreso.

-Porque? - digo simples.

-Mulheres caladas...Um paraíso - ele sorri enquanto diz.

-Pois bem, agora quero saber o motivo de sua visita?

-Querida Srta.Julie, vim lhe trazer a honra de minha presença - Diz brincalhão, acabo sorrindo.

-Então alteza, grata.

Ele realmente é uma boa pessoa, mas não alguém que eu acho que vá me considerar uma boa amiga, aliás, ele é o príncipe.

-Por que motivo o rei Haymitch, estaria tão preocupado com sua segurança? Você é algum tipo de amante dele?

-Eu nem sabia que ele estava preocupado, mas não sou amante dele.

-Espero que não tenho nenhum envolvimento com isso senhorita, Amber está atrás de respostas, e eu como seu futuro marido, a apoiarei...-o corto.

-Fique tranquilo quanto a isso - digo tentando conter a raiva - É meu dever não esconder nada de vossa alteza.

-Não quero estragar nossa amizade senhorita...

-Uma que nunca existiu alteza, agora preciso descansar, e se me der sua licença - percebo que errei depois das palavras saltarem de minha boca, quem eu sou para falar assim com o futuro rei?

Ele apenas se levanta e sai em silêncio, mas sei que essa discussão ainda não terminou.

Penso novamente em Aspen, eu preciso falar com ele, não sei se consigo levantar, provavelmente é impossível. Muitas dúvidas reinam em minha cabeça no momento, tantas coisas que ainda precisam ser descobertas.

O rei Haymitch foi me procurar, o que ele queria? Duvido muito que era meu bem, e sim, terminar algo incompleto.

-Senhorita, essa carta é para você- diz uma enfermeira.

A possibilidade de receber notícias de minha mãe, faz meu estômago revirar de expectativa.

Abro o envelope, e aprecio as lindas letras.

"Minha filha, peço perdão por tanto tempo sem falar com você, estou com muitas saudades, descobri o que aconteceu, fiquei tão preocupada, e tenho uma novidade: Estou indo morar junto com você meu amor, não sei quanto tempo irá demorar, mais saiba que estou chegando, para cuidar de você, mamãe te ama, e ficaria imensamente grata se me respondesse. - Talia Hilia.

Meus olhos se enchem de lágrimas, um choro de alegria, a possibilidade de viver novamente ao lado dela, sentir seu abraço quente, ouvir seus conselhos me deixa entusiasmada, vou escrever para ela.

[...]
Depois de muita dificuldade, eles me liberaram para voltar ao meu quarto, agora estou sentada em frente a pequena escrivaninha.

Coloco toda minha emoção para fora, e pouso a ponta da pena no papel branco.

"Oi mamãe, fiquei imensamente feliz com a notícia, realmente preciso muito da senhora, e apesar do quão difícil foi, eu a perdoei, entendi os motivos que me trouxe aqui, mesmo estando com grandes dificuldades, eu estou bem, e te amo muito, estou te esperando. - Katherine Julie."

Termino a carta e sorrio feliz.

Me arrisco com todas as dores a me deitar sozinha na cama, e consigo, pela janela, observo o sol se pondo, as árvores cheias de flores exalam um cheiro perfumado por todo ar, os pássaros procuram abrigo para dormir.

Alguém bate em minha porta.

-Aspen - digo com um turbilhão de emoções, difícil identificar qual prevalece.

-Me perdoe por tudo... - diz tenso - Se você não quiser falar comigo não precisa, eu juro que eu não sabia...

-Tudo bem Aspen, não sei porque, mas não quero acreditar que você me fez algum mau, você é uma das únicas pessoas em quem eu confio - digo tentando o acalmar.

-Eu juro que não foi premeditado, eu me feri enquanto lutava...

-Calma, me conte isso direito - digo - Sente-se aqui.

Lentamente ele adentra no quarto e fecha a porta a suas costas.

Ele se senta em minha cama, de frente a mim, e observa a linda vista, sorrio ao ver que ele se surpreendeu.

-Katherine, isso é muito injusto, ter uma vista dessas só para você - ele diz sorrindo, e logo depois olha em meus olhos.

-Perfeita para uma princesa - arqueio uma das sobrancelhas, e novamente falei demais.

Ele me olha com dúvida.

-Uma garota que sonha em ser princesa - digo desviando o olhar.

Nos encaramos, e acabo corando, o que está acontecendo comigo?

-Aspen...Já teve medo de si próprio? - faço uma pergunta inusitada.

-Como?

-Eu não tenho conseguido dormir, tenho medo de quais sonhos minha mente vai revelar dessa vez, como se não bastasse tudo que passei...- engulo em seco apertando as próprias mãos.

-Ei, o que você passou lá Katherine? - pergunta Aspen.

-Por favor...- Não consigo falar.

Ele me olha, parece tentar decidir se insiste ou esquece.

-Tudo bem - Ele se aproxima e me abraça - vai ficar tudo bem - diz enquanto passa as mãos em meu cabelo, o aperto contra meu frágil corpo não ligando para a dor que isso causa.

Eu o seguro como se fosse a única pessoa que eu tivesse no mundo, o mesmo apenas sussurra palavras de consolo, enquanto acaricia meus cabelos.

Então nos afastamos um pouco, e o beijo, não sei o que deu em mim, mas sentir seus lábios no meus, se fez parecer a coisa certa a se fazer no momento.

Ele se afasta:

-Desculpa Katherine, mas você confundiu as coisas - diz surpreso se levantando e saindo do quarto, me deixando envergonhada e desolada.

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A princesa desconhecida Onde histórias criam vida. Descubra agora