Andrew
- Andy, isto não é bom. – Murmura Trevor, enquanto me observa atentamente. Os seus dedos teclam o mais depressa possível no teclado do portátil que o segue para todo o lado e eu passo os dedos nos meus cabelos loiros.
- Pelo amor de Deus, Trev. Não me stresses mais. – Resmungo, fechando a porta do escritório quando saio.
Sigo para o centro da suíte e encontro um Hale furioso, a resmungar com ele mesmo.
- Resmungares contigo mesmo não te vai servir de muito, sabias? – Provoco, querendo vê-lo mais furioso. Hale merece que ela se tenha ido embora, já me perguntava quando entenderia ela que é só um objeto sexual para ele.
- Não me fodas, Andrew. – Rosna-me, apontando o indicador na minha direção. Tombo a cabeça para trás enquanto solto uma gargalhada alta e rouca. Cruzo os braços no meu peito e apoio-me na parede com o meu ombro.
- Não me subestimes, Hale. A culpa é tua. – Murmuro para ele, vendo-o cruzar os braços. – Fizeste merda. Achaste que ela era burra ao ponto de não entender que só a queres para sexo? – Bufo.
Ele aproxima-se de mim e agarra-me pelo colarinho da minha blusa, batendo com as minhas costas na parede. A sua mão vai para o meu pescoço, de modo a apertá-lo ligeiramente, mas não me deixo levar pelo que ele me faz. Eu não tinha medo dele e ele já devia saber disso.
- Onde está ela, Andrew? – Rosna na minha cara, apertando os seus dedos contra o meu pescoço, de modo a sufocar-me.
- Achas mesmo que sou burro ao ponto de denunciar a minha irmã, Derek? – Rosno para ele, afastando-o de mim. Ele solta-me e cambaleia para trás. – Não sou um merdas.
- Eu vou acabar com vocês todos. – Ameaça.
- Força. – Solto uma gargalhada. – Tenho medo que te magoes, a sério. Eu não sou tão bom quanto ela. Ela pode foder-te até à última.
- Eu arranjo maneira de acabar com vocês. Até porque ela morrerá sem mim. – Ele ri-se e eu sinto uma raiva instantânea atingir-me, que me faz agir sobre ele. Levanto do meu punho e acerto no seu rosto, conseguindo rebentar-lhe o lábio e fazê-lo sangrar do nariz.
- Acredites ou não, ela está num lugar longe de ti e bem melhor. Onde dão valor à pessoa que ela é e não a usam nem por nada. – Murmuro num tom furioso.
Ele não me diz nada e apenas me olha com ódio a transbordar nos seus olhos vidrados. Ele sai da suíte e pergunto-me para onde ele irá, sabendo que ele não encontraria a Athena nem por nada. Luke não permitiria tal coisa.
Volto para perto do Trevor, procurando o meu telemóvel, que estaria perto dele. Assim que o encontro, pego no mesmo e marco o novo número de Luke, esperando que me atenda.
- Sim?
- Luke, a minha irmã está contigo?
- Claro que sim, idiota. – Rosna-me.
- Interrompi alguma coisa? – Pergunto num tom divertido, erguendo uma sobrancelha, mesmo sabendo que ele não me pode ver.
- Claro que interrompeste, Andrew. Eu juro que te vou matar. – Oiço a voz da minha irmã, percebendo então que ele pusera a chamada em alta-voz.
- Oh, perdoem-me, pombinhos. – Brinco acabando por rir e eles desligam a chamada na minha cara. Abano a cabeça enquanto me rio.
- Encontrei o carro do Hale. Ele está a dirigir-se para... - Diz-me o Trevor, enquanto observa o ecrã do seu portátil. – Oh, está a dirigir-se para a empresa que temos aqui em Londres.
- O quê? – Pergunto rapidamente, analisando tudo o que ele tinha no ecrã. – Oh, isto não é bom. Aquele cabrão vai buscar alta tecnologia para ir atrás dela.
Fodasse.
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POISON
Teen Fiction"Ela era o veneno que corria nas veias dele, estando disposta a matá-lo a qualquer momento."