Capitulo 2

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                                                                                  Adam Williams


—Adam cuidado.
Ouço alguém me alertar, mas não consigo me mover apenas sinto como se um caminhão tivesse batido em mim fazendo meu corpo se chocar com chão, retiro meu capacete e olho para o céu levemente nublado.
—Adam em que planeta você estava?
Meu treinador chega ao meu campo de visão com raiva no olhar.
—me desculpa apenas me distraí.
Me levanto sentindo cada músculo meu reclamar devido a pancada.
—e é desse jeito que você vai ajudar o time a ganhar o campeonato? Estando em outro mundo.
—me desculpa, não vai mais acontecer.
—assim espero, agora vai por chuveiro.
—mas o treino ainda não acabou.
—pra você já agora vai pro chuveiro.
Sinto uma raiva enorme me consumir mas eu não vou discutir com meu treinador, porque se bem conheço ele e bem capaz dele me deixar fora do próximo jogo. Eu jogo futebol americano no time da escola sou o melhor e isso são palavras do meu treinador e não minhas, sou popular e meu sonho dia se deus quiser eu vou jogar em um time profissional.
Retiro todo meu uniforme e entro de cabeça em baixo da agua gelada, hoje e aniversario de morte da minha mãe por isso estou no mundo da lua a dor de saber que hoje esta completando mais um ano que ela se foi. Minha mãe morreu no meu parto, quem ajudou meu pai a me criar foi a minha avó Heloísa, não ligava muito por não ter a minha mãe minha avó sempre fez um ótimo trabalho como avó e mãe.
Mas depois que completei meu15 anos isso mudou comecei a perceber que o culpado de minha mãe ter morrido era eu, sempre me pergunto o porquê dela não ter escolhido viver, ela e papai eram jovens poderiam ter outro filhos.
—a conta de água vai vim no seu nome.
Ergo minha cabeça e vejo Eduardo me olhando com o capacete na mão.
—o treino já acabou?
—já sim, você esta ai a mais de meia hora.
—me perdi em pensamentos.
Enrolo uma toalha em minha cintura e saio do Box indo ate meu armário pegando minha roupa.
—você esta bem distante hoje, o que esta acontecendo?
—hoje esta fazendo 19 anos que minha mãe morreu.
—caraca velho me esqueci de que hoje e seu aniversario. Que horas vai ser a festa?
—você sabe que eu não gosto dessa data, e muito menos de fazer festa.
—irmão você tem que viver a vida o que aconteceu no passado fica no passado.
—acha mesmo que eu vou comemorar o aniversário de morte da minha mãe? Cai na real Eduardo essa data pra mim deveria de ser apagada do calendário.
Pego minha bolsa e jogo no ombro, Eduardo por sua vez ainda esta de uniforme e sem nem uma pressa por um banho.
—só acho que sua mãe escolheu sua vida e você deveria aproveitar ela.
—cala a boca Edu você não sabe o que eu estou sentindo aqui dentro.
Passo a mão por meus cabelos e respiro fundo.
—não vou discutir com você, to indo.
Me viro para sair, mas Eduardo me segura.
—desculpa cara não deveria ter dito nada daquilo, você e meu irmão e eu devo respeitar sua dor.
Recebo dois tapas em minhas costas e em seguida um abraço.
--feliz aniversário.
Dou um sorriso sem mostrar os dentes e saio do vestiário indo rumo a sala de aula.




O Filho do Meu PadrastoWhere stories live. Discover now