Capitulo 3

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                                                         Analu

Termino de bagunçar meu cabelo e pego minha bolsa para ir naquele inferno.. Ops escola, ao contrario das outras meninas da minha idade eu não ligo para tal moda do momento, pra mim uma roupa preta, maquiagem borrada e cabelo bagunçado já esta bom demais.
Assim que chego à cozinha vejo minha mãe feliz e cantando igual alguém que viu o passarinho verde, nem estranho mais ela esta fazendo isso a algumas semanas o que e estranho.
—bom dia filha.
—só se for pra você.
Me sento e pego um pão com requeijão, sempre ando de mal humor principalmente de manha.
—nossa analu que mal humor, você deveria ser mais alegre tão novinha deveria viver a vida.
—aproveitar a vida? Aproveitar a vida mãe você realmente não me conhece sabe que eu não aproveito minha vida desde o dia que. Desde que, ha não enche mãe.
Me levanto e sigo ate a porta não consigo me lembrar do meu pai sem chorar, mas não iria fazer isso na frente da minha mãe.
—analu volta aqui eu ainda quero te contar uma coisa.
Escuto a senhora felicidade gritar mas nem me dei ao trabalho de me virar para terminar de ouvir, apenas passei quase correndo pelo jardim seguindo ate a escola.
...
Odeio quando todos os olhares se voltam pra mim ate parece que eles nunca viram uma garota que usa roupas pretas anda com o cabelo bagunçado e a maquiagem borrada. Me sento no meu lugar que por sinal e bem no fundo e coloco meus fones de ouvido não estava a fim de ouvir as baboseiras que meu professor de história tinha a dizer.
Olho fixamente para o quadro negro em minha frente e meus pensamentos voam para o meu pai como seria se ele ainda tivesse entre nos, talvez eu não fosse a dor de cabeça da minha mãe e dos meus professores.
—professor pode fone de ouvido na sala de aula?
Levanto minha cabeça e vejo a entojada da Babi olhando pra mim com cara de deboche, eu juro que algum dia não muito distante eu vou bater tanto nela que ela não vai mais conseguir olhar mais pra ninguém assim.
—essa e uma pergunta que eu vou fazer para a senhorita Mendez, pode fone de ouvido dentro da sala de aula?
—se o fone de ouvido for meu pode.
—resposta errada senhorita, e proibido fones de ouvido, aparelhos celulares,MP3,MP4 ou qualquer tipo de aparelho de eletrônico estamos entendidos senhorita, agora retire o fone de ouvido e preste atenção na aula.
—não vou retirar meus fones.
Certo eu estou desafiando ele e adivinha eu estou adorando ver a cara dele.
—acho que a senhorita não entendeu sou eu que mando nessa sala de aula, por tanto eu estou ordenando que você retire os fones.
—os fones são meus e uso aonde eu quero e quando eu quero, não vai ser você que vai mandar eu retirar eles, ate porque eu não estou com vontade.
Cruzo meus braços sobre o peito e o encaro, a sala toda esta alternando entre olhar pra mim e pro velho chato que esta na minha frente com uma veia enorme no pescoço mostrando que ele esta realmente bravo.
—saia da minha sala agora senhorita.
—claro que eu saio, afinal sua aula e chata assim como você velho chato.
—isso foi demais, venha comigo.
Ele caminha ate minha mesa e me pega pelo braço, ótimo vou pra direção me levanto e mando um beijinho no ar para o resto dos besta que estavam de boca aberta, nunca ninguém desafiou um professor a não ser eu claro, sempre amei aprontar com eles uma fez eu coloquei super-bonder na cadeira da minha professora de matemática agora imagina a cara dela quando ela levantou e viu que estava presa a cadeira, foi hilário poderem fui expulsa da escola.
—com licença senhor Roberto.
Ele entra na sala do diretor ainda segurando meu braço, tenho certeza que amanha vai esta roxo ele esta apertando para caralho.
—não me diga que a senhorita aprontou novamente Ana Luiza.
Ele olha pra mim e faz cara de desgosto.
—A.n.a.l.u,nao gosto que me chamem pelo nome, e eu não aprontei nada o professor que tem capricho comigo ou algum amor recolhido.
—a senhorita me respeite.
—o que a analu fez dessa vez?
O diretor pergunta colocando os cotovelos em cima da mesa cruzando as mãos.
—bom ela estava com fones de ouvido na minha aula, pedi para retirar e ela simplesmente me desacatou na frente de toda a sala e ainda me chamou de velho chato.
—mas você e chato mesmo e não e só eu que acho isso.
—não vou aceitar você me desrespeitar assim.
—acalmem-se não vou aceitar aluna e professor discutirem em minha frente, pode se retirar professor George eu e essa mocinha aqui teremos uma conversa.
—ok.
Ele solta meu braço e se retira da sala soltando fogo pelas ventas.
—sente-se.
Ele me mostra a cadeira em sua frente, mas eu simplesmente cruzo meus braços e olho pra ele.
—mais uma confusão analu, essa já e quarta em menos de duas semanas, eu já não sei o que eu faço com você.

—me expulsa, simples assim.
—não posso te expulsar, se eu fizer isso você não estudará mais porque nem uma escola vai te querer.

—não sei porque, eu sou um anjinho.
Faço cara de paisagem e ele sorri.
—analu você foi expulsa de três escolas, uma por ter colocado laxante na merenda, a outra por entupir todos os vasos sanitários e colocar rãs no armários das suas colegas e professoras, e a terceira por colar uma professora na cadeira, você acha mesmo que alguma escola vai querer levar esse prejuízos.
—sei lá, da pra andar rápido quero sair daqui.
—bom como não posso te expulsar, vou te dar três dias de suspensão você só entrara na sala de aula acompanhada da sua mãe, por enquanto pode ir pra casa não quero mais confusão por hoje.
—final de semana prolongado eba.
Faço uma dancinha escrota e ele me olha serio.
—não quero mais que isso se repita estamos claros?
—sim.
—ótimo pode se retirar.
Saio da sala dele passando pelos corredores totalmente fazios, coloco minhas mãos no bolso do casaco e ando ate minha sala. Abro a porta e recebo olhares de todos inclusive do velho chato.
—o que a senhorita esta fazendo.
—entrando na sala, meio óbvio ne?
—você e uma sem educação analu.
—a não enche, só vim pegar meu material to indo pra casa.
Pego minha mochila e ando ate a porta.
—pode comemorar, eu só volto na segunda.

Jogo um beijo pra ele e saio da sala me livrando daquele inferno chamado escola.                           

O Filho do Meu PadrastoOnde histórias criam vida. Descubra agora