Missing

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QUARTA-FEIRA, 3 DE MAIO; 03:45 PM

Sussurros e passos nos corredores eram ouvidos, enquanto uma garota de cabelos loiros envoltos em um rabo de cavalo alto tamborilava os dedos impaciente em cima do balcão do hospital, à espera de uma das recepcionistas atendê-la.

Assim que ela e a amiga chegaram no dia anterior, rapidamente uma enfermeira recolheu um litro de sangue de Maya e lhe deu um pouco de suco e biscoitinhos para ela não se sentir fraca, depois Riley já recebeu o sangue e levou os pontos necessários do lado esquerdo do abdômen, segundo os médicos por sorte a faca não perfurou nenhum órgão importante, caso tivesse sido do lado direito ela teria atingido seu apêndice.

Riley estava muito fraca e com dores por isso os médicos a levaram para um dos quartos e deram-lhe um analgésico forte e soro na veia, o que a fez adormecer e se sentir bem melhor.

Durante todo o tempo a loira permaneceu sentada ansiosa na sala de espera, até o momento em que Lucas e Farkle chegaram, eles tiveram que pegar outro táxi, e começaram a esperar por notícias como ela. Assim, quando o médico deixou com que a morena recebesse visitas eles, logo, correram para vê-la, apesar de não poderem falar com ela porque a jovem estava dormindo, ao menos asseguraram-se de que ela está sã e salva.

Depois, Maya recusou-se a ir para casa. Ela dormira na cadeira desconfortável e dolorida do hospital ao lado da cama da amiga, com suas mãos entrelaçadas enquanto os meninos foram para casa e, na manhã seguinte, encontrou-os na escola, porém passou as aulas todas com o pensamento distante. Ela queria ter certeza que Riley estava bem e entender o que tinha acontecido, além de falar com ela, porque antes não pusera, pois não estava acordada.

Quando o sinal soou ela despediu-se do namorado com um beijo na bochecha e avisou-o que iria ver a morena. Pegou o metrô como sempre, porém dessa vez dirigiu-se até o hospital com o coração na boca.

Agora, ela estava à espera de ser atendida no balcão. Duas mulheres na recepção estavam ocupadas atendendo outras duas pessoas, enquanto a mulher à frente de Maya, digitava algo importante no teclado do computador.

Maya pigarreou e encarou a mulher impaciente, então ela levantou o olhar para a agora e depois voltou a atenção para o monitor.

_Pois não?

_Gostaria de visitar a paciente Riley do quarto... 3-07.

_Hum... - Enquanto digitava a moça de vinte e poucos anos passou o olhar por sobre as fichas mais recentes de paciente e depois dirigiu a voz para Maya - Tudo bem, ela pode receber visitas. Assine aqui.

Maya alcançou a caneta azul da mão da mulher e assinou o seu nome com letras garrafais MAYA HART no papel de visitantes, assim, saiu em disparada pelo corredor até subir as escadas para o terceiro andar, onde a amiga estava.

No momento em que enxergou o número do quarto na porta, no centro do corredor, Maya abriu a porta de uma vez e girou os olhos por todo o lugar, assim se deparando com uma garota morena sentada na cama e comendo uma tigela com frutas enquanto assistia a um programa qualquer na televisão.

A loira encostou a porta e correu para abraçar a amiga, enquanto se certificava de que ela estava bem.

_Ah, Riley! Está tudo bem? Eu fiquei tão preocupada!

_Estou bem... Só está me sufocando... - A morena riu e Maya a soltou e sentou ao seu lado na cama.

_O que aconteceu exatamente?

_Ah, aquela casa era o meu esconderijo... Eu fugia para lá quando queria ficar longe de todo mundo e o meu tutor estava me ameaçando como sempre, né... E ele me bateu e eu fugi, mas de alguma forma ele percebeu e me seguiu, quando me encontrou naquela casa abandonada ele se atirou sobre mim gritando comigo, algo sobre me criar e fazer tudo por mim e eu não dar valor, quando me escondi atrás da cama com medo dele, ele se aproximou de mim e me atacou com uma faca enferrujada que estava sobre uma bancada. Eu tentei fugir, mas ele me agarrou pelo braço e me atingiu. Depois me jogou no chão e riu da minha cara, acendeu um cigarro e fumou enquanto debochava de mim. Disse que eu era coitadinha, que só estava viva porque ele me mantinha. Que ele não precisava mais de mim, porque ele não queria uma garota irritante para atrapalhar os planos dele e depois, quando foi embora, ele jogou o cigarro no chão e saiu. O fogo começou depois de alguns segundos e eu estava muito ferida e fraca para fugir, então o Lucas me encontrou e vocês me salvaram... Eu pensei... Que ia ser meu fim... - Riley confessou enquanto devorava a salada de frutas e suspirava.

Hate You Love YouDonde viven las historias. Descúbrelo ahora