-Capitulo 4-

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Vocês gostam de água?Eu amo água, no manicômio, antes de dormir eu fingia ir beber água, para dançar Lady gaga. Eu desligava as luzes do quarto em que ficavam os crazyinhos, e ia dançar Lady gaga.

Fazer o que? Minha conta no spotify estava paga, e eu não iria usa-la? (risos), seria legal se eu dançasse Bad romance naquela quinta, quero dizer, eu estava planejando fazer um show na sala do manicômio na quinta, convidar alguns crazyinhos, tanto que eu já sabia até mesmo quem iria ser a apresentadora, seria Alaska, porque ela sempre decorava os textos dos trabalhos para as apresentações rápido demais, já Tess era uma pessoa lenta para decorar ou memorizar qualquer palavra.

Nossa seria muito legal esse showzinho com musicas da Lady gaga, que pena que eu morri antes da hora.

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Naquela quinta, todos estavam chorando, e ao passar dos dias, as pessoas continuavam iguais, chorando e muito tristes. Depois de uma semana aconteceu meu enterro, mas ai você me pergunta, porque depois de uma semana? Bom parece que os policiais pegaram o meu corpo para examinar, descobrir mais pistas sobre o meu assassinato.

Alaska ficava chorando toda hora. O que ela acostumava fazer era relembrar o que tinha acontecido.

— Não acredito que ele morreu. Ai meu amiguinho, quem mataria você de uma forma tão horrível. Uma hora você estava ali andando, deitando na sua cama, mas agora está aqui em um caixão disponibilizado pelo governo do estado.

— Quem é você e porque está me abraçando? Aonde eu estou? Oh meu Deus tem uma pessoa morta ali! — Exclamou Oliver, assustado ao ver meu corpo em um caixão. 

Meu enterro foi as oito horas da manhã, em um cemitério que possuía somente vinte lápides. O cemitério era como qualquer outro, deprimente, triste e que poderia levar qualquer um para uma depressão só de estar naquele local. Fui enterrado sem os nomes dos meus pais na minha lápide, pois ninguém sabia qual era os nomes deles, não culpo eles por não saberem, eu também nunca tinha tocado no nome dos meus pais na frente de ninguém da cidade.

Tess? Estava  muito abalada também, mas ela conseguia guardar suas lagrimas e ser forte, mas naquele momento ela só pensava em como poderia ter um assassino a solta, e que ela poderia ser morta.

— Bom estamos aqui hoje para testemunhar o sepultamento do corpo do jovem Brandon, jovem muito querido por todas as quarenta pessoas que estão aqui hoje. Brandon era um cara divertido, alegre, um pouco bipolar, digamos, um adulto com alma de criança, um belo amigo. O nosso querido Brandon se foi após um assassinato há uma semana atras, e nós do departamento de policia de Piramidolândia gostaríamos de revelar que encontramos nenhuma evidência no corpo do defunto, nenhumaevidência que levasse ao assassino, por isso iremos fazer uma especie de questionários depois. Bom então agora podem enterrar o corpo  — disse Damon, que agora estava mais abalado do que nunca,digamos que caiu uma lágrima no canto do seu olho enquanto meu corpo era enterrado. ________________________________________________________  

Todos chegaram ao manicômio, e logo repararam que o local, estava cheio de policiais que tinham vindo fazer uma espécie de entrevista sobre o que tinha ocorrido na noite anterior.

Hora do lanchinho da tarde. Os crazyinhos ficavam alegres com essa hora, mas nessa quarta eles tinham ficado tristes até mesmo nessa hora, e isso foi uma surpresa para todos os policiais presentes, pois pensavam que os crazyinhos não iriam sentir minha falta, mas eles sentiram. Mas uma vez os crazyinhos demostram para os"normais"  que também sentem as mesmas emoções que eles.

— Psiu, psiu.

— Alaska eu estou bem na sua frente — disse Tess olhando para Alaska enquanto as duas sentavam na mesma mesa de plástico que ocupava o meio da imensa sala de jantar, que tinha sido pintada recentemente de azul pelos pintores que eu tinha contratado, tanto que o cheiro da tinta ainda penetrava nos narizes de todo mundo que entrava no local. 

— Eu sei, é que você está muito estranha, sabe você não chora, não fala.

— É que gosto de segurar meus sentimentos para dentro de mim.

— Repito o que estou fazendo aqui?

— Oliver vai para o banheiro, agora! Voltando eu sei de duas coisas que o Brandon gostaria que a gente fizesse.

— O que? — dizia Tess, enquanto Oliver soltava um pum e ia para o banheiro.

— Graças a Deus já estou acostumada com isso!  Bom a primeira coisa seria animar esse manicômio com uma festa ao som de Lady gaga. Já a segunda, ele gostaria que a gente soubesse quem o matou e o porque, e parece que existe uma crazyinha que sabe.

— Quem é?

— Stefane, a louca do cantinho— dizia Alaska, agora imagine trovões passavam pela sala de jantar.

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—Eu não acredito, Não vou suportar se isso for verdade— disse Sara aos prantos na sala da confissão.

—Você tem que ser forte, fique forte — falou Kennedy olhando diretamente para Sara e eu aposto que aquela cadeira de metal estava assando a bunda dele.

—Eu posso demonstrar não ser sentimental, mas por dentro eu não estou conseguindo digerir tudo isso, parece que irei ter diarreia de informação, sabe como é?— olhava Sara atordoada com o que Kennedy tinha falado dois minutos atrás.

—Eu não sei como é, mas tipo tudo isso parece um clássico episodio de Scream queeens.

—Eu não quero saber se essa merda parece com algum episodio de Scream queens! — gritou Sara fazendo Kennedy se calar imediatamente. Dois minutos de silêncio reinaram na sala da confissão, nem Kennedy, nem Sara falavam alguma coisa. 

A sala era um local escuro, que era iluminada só por um facho de luz fluorecente. Em seu meio, a sala obtinha uma mesa quadrada de metal com duas cadeiras do mesmo material.

—Eu acho que meu Brandon é o Damon, ele sempre me protegeu com todas as forças, sou tipo o amiguinho dele que precisa de proteção.

—E você precisa?

—Não, eu sou um policial —disse Kennedy enquanto começava a rir—  Deve ser horrível a sensação de saber que seu melhor amigo morreu.

—Por favor, me fala que tudo isso é uma brincadeira arquitetada pela Karen?— perguntou Sara muito atordoada da vida.

—É a verdade. Quer que eu chame a Karen, para você ir pensar mais na sua cela?

—Por favor, chame — disse Sara caindo em uma imensa tristeza.


BlanroWhere stories live. Discover now