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Sofia Foster
Flashback.

Acordei depois de bater a cabeça com força no chão. Olhei ao redor e pude enxergar o mesmo rapaz que estava em meu porão. Ele estava de costas para mim e parecia está organizando alguma coisa em cima de uma mesa. Suspirei e tentei me levantar. Tentativa falha. Olhei ao redor novamente, encontrei um pedaço de madeira e o peguei nas mãos. Consegui, por fim, me levantar. Segurei com força o pedaço de madeira em minhas mãos e o ergui para cima no intuito de acertar o homem em minha frente e fazê-lo desmaiar, para então, conseguir sair daquele lugar arrepiante.

Xx: Não faria isso se fosse você! - ele se virou calmamente para mim.

Eu: Quem é você e o que quer comigo? - ele soltou um sorriso abafado.

Xx: Me chamo Sidney! - dei um passo para trás.- Sou um anjo!

Eu: Não respondeu a segunda pergunta.- digo ainda sem abaixar meus braços.

Sidney: Vim saber do que é capaz! - engoli seco. Sem esperar ele me deu um soco no rosto. Fiquei zonza e cai. Ele me pegou por trás e amarrou minhas mãos e meus pés em uma cadeira. Fiquei imóvel.- Quando soube sobre você, fiquei tão animado que me ofereci imediatamente para te fazer uma visitinha.

Eu: Em troca de que? - digo com a voz um tanto falha. Ele se abaixou em minha frente e soltou um outro riso abafado.

Sidney: Queríamos saber quais são seus poderes! - revirei os olhos.- Quais são, Sofia? - eu não o respondi. Ele me pareceu impaciente. Percebi, então, que em uma das suas mãos, continha uma faca. Ele a levou até meu rosto e perfurou bem devagar meu supercílio, que agora, escorria um líquido quente, deduzi ser sangue.- Quanto mais você resistir, mais sangue irá jorrar! - respirei fundo tentando conter a dor. Sidney voltou a ficar de costas para mim, depositou a faca na mesa e apanhou outra maior que aquela. O desespero me tomou por completo. Eu tentava me soltar, porém os nós feitos por ele eram exaustivos. Então, parei de tentar escapar e passei a obedecer a tudo que ele mandar.- Também soube da sua história... do Azazel que matou sua mãe, do seu pai que virou caçador para matá-lo...- ele se virou para me encarar.- Já parou para pensar, que sua mãe morrer, foi culpa sua?

Eu: Isso não é verdade!

Sidney: Não? - desviei meu olhar.- Era para ser você no lugar dela. E bem lá no fundo você sabe disso, sabe que quem matou sua mãe, foi você! - sem pensar eu cuspi em seu rosto. Ele me devolveu um tapa na cara.- Veja agora o que se tornou, uma aberração! Mostre-me seus poderes, Sofia. Mostre-me do que é capaz! - respirei fundo e fechei os olhos, senti alguma coisa acender dentro de mim. Não sabia o que era. Se era bom ou ruim, se iria me matar ou me salvar. Mas eu podia sentir cada vez mais a sensação ardente acender dentro de mim. Abri os olhos e Sidney me encarava com os braços cruzados.- É só isso que pode fazer? Fechar os olhos? - ele gargalhou debochadamente.- Perda de tempo!

Eu: Quando tinha 6 anos, estava brincando no parque e uma aranha subiu em meu braço. Eu comecei a gritar e meu pai disse para eu me acalmar, que era apenas uma pequena aranha e que se ela sangra, eu poderia matá-la! - ele me encarou desconfiado.- Sabe o que eu fiz com a pobre aranha? - ele permaneceu calado.- Eu a queimei... viva! Meu pai repetiu a minha vida inteira a frase, "se sangra, você pode matar!". Porém eu nunca dei muita importância à ela, pelo menos não até agora!

Sidney: E o que vai fazer? - soltei um sorriso de lado.- Está com as mãos e os pés amarrados, não pode sair daí...

Eu: Não preciso deles! - ele engoliu seco.- Você sangra, então eu posso matá-lo... Exatamente como a aranha! - ao dizer isso uma chama ardente emergiu sobre seu corpo. Ele caiu no chão gritando por clemência, o fogo se alastrou por todo seu corpo, chegando ao seu rosto. Continuei estática, não poderia fazer nada, afinal eu estava amarrada.
Sidney parou de gritar e se contorcer, o fogo se apagou como mágica. Ele estava morto. Uma fraqueza me dominou e eu fechei os olhos aliviada. Ao fechar os olhos, pude ver claramente o corpo de Sidney sendo carbonizado e só então me dei conta de que eu havia matado um homem, sem usar as mãos. Entrei em completo desespero. Ouço um barulho, porém estava fraca demais para abrir os olhos. Escuto uma voz familiar que me fez recarregar as energias, foi como se eu estivesse desligada e ao ouvir a voz, minhas forças retornaram. Era a voz do Stiles.

Stiles: Sofia?

(...)

SuperWolf - Crossover.Where stories live. Discover now