Capítulo 5 - A despedida.

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Capítulo 5 – A despedida.

Era meu último dia inteiro na ilha, pois na manhã seguinte, logo cedo, eu e minhas amigas íamos embora. Devíamos pegar o ônibus às dez horas e já tínhamos as passagens compradas.

Isso foi a primeira coisa que pensei ao acordar na manhã seguinte. Que era meu último dia com Thor.

Fui envolvida na hora por uma dor íntima, que já era um misto de saudade antecipada com um toque de desespero. Pensei na vida insossa que me esperava longe dele, a vida que vivi até então, e fiquei com vontade de chorar. Mas aí acordei completamente, senti seu corpo quente e masculino contra o meu, e o júbilo se mesclou ao meu desespero.

Virei de leve em seus braços para vê-lo, guardar para sempre seus traços em minha lembrança. Senti o corpo dolorido, como se tivesse praticado muitos esportes no dia anterior. Mas isso também foi esquecido quando me deparei com seus pesados olhos verdes, ainda meio sonolentos.

Nós nos fitamos em silêncio, nossos corpos muito perto sob o edredom quentinho, nossas cabeças dividindo o mesmo travesseiro. Fui envolvida por todos aqueles sentimentos incontroláveis e avassaladores que só ele despertava em mim, que faziam um nó aparecer em meu estômago e meu coração bater com mais fúria.

Não quis pensar ou sofrer por antecedência, mas já abalada estendi minha mão e acariciei sua mandíbula dura, coberta por uma barba cerrada, meus dedos formigando pela fome de senti-lo.

Admirei seus traços em silêncio, pensando como uma pessoa podia ser tão linda ao acordar, mal me importando com que aspecto eu mesma teria naquele momento. Thor também não parecia se importar, pois logo suas mãos estavam em minha pele nua, me puxando para debaixo dele, enquanto me beijava deliciosamente na boca.

Abracei-o com força, enquanto ele se acomodava entre as minhas pernas, seu corpo pesando sobre o meu, sua boca devorando a minha. Corri as mãos por suas costas e nádegas musculosas, por seus cabelos macios e despenteados, trazendo-o para mim, envolvendo-o com braços e pernas quase que com desespero. Ele endureceu, seu pênis procurou instintivamente meu sexo úmido, mas então ele parou, respirou fundo e se afastou um pouco.

Nós nos olhamos em silêncio, um pouco arfantes. Ele estendeu a mão para a mesa de cabeceira, pegou um preservativo e abriu-o. Se afastou só o suficiente para se proteger e então segurou meus pulsos juntos sobre a cama, acima da minha cabeça, com apenas uma mão. Com a outra apoiou o peso do corpo e então começou a me penetrar, seus olhos nos meus.

Abri bem minhas pernas, apoiando os pés na cama e levantando os quadris para recebê-lo. Eu estava preparada e ele entrou apertado, me consumindo, envolvendo meu corpo com o dele. Não me importei por ainda estar um pouco dolorida. Gemi, transtornada pelo prazer puro de senti-lo tão grande e fundo dentro de mim, me segurando firme daquele jeito, seus olhos verdes brilhando, sua pele quente contra a minha. Meu coração disparava, minha respiração ficou entrecortada, a paixão e o amor me arrebataram tão completamente que esqueci do mundo, pois naquele momento era só eu e ele ali. Nos movemos juntos, buscando a penetração completa, até ele estar totalmente enterrado dentro de mim.

Abracei-o com as pernas, ondulando sob suas arremetidas vigorosas, sentindo-me completa, inteira. Era extremamente erótico ficar presa por ele enquanto me penetrava daquele jeito exigente, intenso, me olhando com paixão, com tesão, me deixando totalmente perdida naquela dança sensual.

Eu o sentia no útero, no ventre, no lugar mais profundo que alguém poderia estar em meu corpo. E ele tomou conta de tudo, sua carne dura fazendo parte de mim, seu cheiro me consumindo, seu gosto me embriagando ao me beijar na boca gostosamente. Eu me entreguei, arqueando e estremecendo quando um orgasmo poderoso me percorreu por inteira, desde as extremidades do corpo até o coração. Choraminguei em seus lábios, arrebatada, em uma felicidade e um prazer inigualáveis.

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