3. Aquela rapariga perdida

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N/A: Leiam o cap com esta música! Terão uma melhor experiência <3 Boa leitura!

Marco P.O.V.

Um calor abrasador fazia-se sentir dentro do carro. Os meus pais puseram as últimas coisas dentro da bagageira e finalmente pudemos partir em direção à floresta para umas férias ao ar livre. Íamos acampar por lá durante uma semana, o suficiente para relaxar das aulas.

O caminho, a estrada, parecia nunca mais acabar como um corredor sem fim que te levava a um destino. Um destino que não ficava muito longe, mas que parecia nunca mais despertar no horizonte. O calor era insuportável e os meus pais não se calavam com assuntos nada interessantes para mim. O tédio aumentou e com ele veio o sono.

Mais tarde, a luz do sol já se desvanecia no céu. O acampamento era visível e para lá nos dirigíamos. Quando chegámos, colocámos tudo disperso e fomos explorar o que havia em nosso redor. A vontade era quase nula, estava para além de cansado, mas algo despertou a minha atenção. Nos arbustos movia-se uma silhueta e uns olhos profundos olhavam-me desesperados. Parecia gritar um nome e desapareceu de onde veio. Senti a necessidade de ajudar, mas sabia que se me perdesse seria penoso para os meus pais. Não pensei mais e corri para as sombras.

Afastado da segurança, caminhos desconhecidos estavam no meu campo de visão. Por todo o lado árvores altíssimas e carreiros sem resposta à minha pergunta insistente. Nada se assemelhava ao que tinha avistado. Um barulho chamou por mim e segui-o.

O som não terminava e estendeu-se por o que pareceu quilómetros. À medida que caminhava, uma luz intensa projetava-se no céu estrelado. Um abrigo feito de madeira estava mesmo à minha frente. Espreitei pela janela improvisada e não havia ninguém lá dentro. Cauteloso, entrei e observei todos os objetos com espanto. Quem quer que morasse ali estava bem preparado para um apocalipse. Latas de comida encostadas a um canto, lamparinas a óleo, uma lareira ainda acessa e uma salamandra de pedra, cobertores espalhados pelo chão, uma mesa e algumas cadeiras de madeira, uma mochila com roupa, entre outras coisas.

A voz que eu tinha ouvido aproximou-se dos meus ouvidos e ficou cada vez mais intensa. Estava perto de descobrir quem era.

- Por favor responde! Ludo! LUDO! - a mesma voz gritou e ouviam-se os seus passos. - Vem cá por favor... - um pequeno som de choro chegou até mim tristemente.

Por instinto, andei na sua direção. Mesmo sem saber se era perigoso, eu queria reconfortar aquela pessoa, aquela rapariga perdida. Aproximei-me o suficiente para perceber de que se tratava de uma rapariga de longos cabelos loiros, olhos azuis como o mar num dia quente de verão encharcados em lágrimas, um andar preocupado, uma voz trépida e sumida.

- Está tudo bem? - estava mesmo junto a ela.

- Deixa-me em paz. Eu só o quero encontrar... - a miúda virou-se e encarou-me com uma certa melancolia.

- Se quiseres eu posso ajudar. - hesitei com receio da resposta.

- Eu não preciso da tua ajuda.

- Eu compreendo... - baixei a cabeça pronto para me ir embora quando ouvi um grunhido seguido de um tiro.

- Estou farta! - ela gritou e mais lágrimas se sucederam. - Se vocês fizeram alguma coisa ao Ludo... NEM SABEM DO QUE É QUE EU SOU CAPAZ! - ela ainda tinha a arma na mão apontada para um lobo.

- Porque é que o mataste? Se calhar nem sequer te queria fazer mal! - repreendi irritado.

- Eu conheço-os muito melhor do que tu idiota! - ela limpou as lágrimas com a manga do casaco.

- É melhor retirares o que disseste!

- E és tu quem me vai obrigar? - as nossas caras estavam muito perto uma da outra.

- Quem és tu? - perguntei num sussurro.

- Star Butterfly. O que é que queres? - respondeu ela secamente.

- Ajudar. - afastei-me e recompus o meu cabelo decidido.

- Se queres assim tanto respeita as minhas regras e estará tudo bem. A floresta não é local para pessoas como tu... - avisou a Star com desdém olhando-me de cima abaixo.

- Combinado. - estendi-lhe a minha mão com um sorriso no rosto. Ela compreendeu que eu não estava chateado e respondeu com um aperto de mão e um meio sorriso. - Já agora, eu chamo-me Marco. Marco Diaz.

- É um prazer conhecer-te Marco Diaz. Agora temos assuntos para resolver. - ela virou-se de costas para mim e partiu em direção à escuridão da floresta.

- Também foi um prazer conhecer-te Star Butterfly... - murmurei seguindo-a.

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Oii Tikkis e Plaggs!!

Hoje tivemos aqui um cap mais... Não sei como dizer! Fofo? Acho que sim ;) Bem, sabemos que a primeira impressão não foi a melhor, mas acho que o Marco está a dar a volta à Star não acham?

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Beijinhos com camembert <3

Ass.: Stevonnie

Just Walk - SVTFOE & Gravity Falls FanficOnde as histórias ganham vida. Descobre agora