Cap 49-Vamos com calma!

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Oi amores, como prometi aqui está o capítulo.
Aaah, antes que eu esqueça, advinha quem faz niver hoje? Eeeeuuuu 👏👏🎊🎉🎉 kkkk.
Bjs amoras, até mais 😘
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Bella:

Cinco anos... Como tudo isso passou? Enquanto eu parecia dormir por uma noite descubro que foram cinco longos anos... Meu Deus, a vida seguiu sem mim, como está meus irmãos? Como está a vida de Felipe nesses anos que ele ficou sozinho, e como estão meus filhos... Meus filhos, perdi a infância deles, perdi tudo, eles não são mais bebês... Devem ser belas crianças, eu perdi tudo, sou uma completa estranha.
Penso em várias coisas enquanto choro, e Felipe está ao meu lado me abraçando, e bom saber que apesar de tudo eu ainda tenho ele... Ainda posso me apoiar em seus braços.

-Não chora mais, o pior já passou Bella, você acordou, agora aos poucos você volta com seus movimentos normalmente.-diz enquanto faz círculos com seus dedos em uma região de minhas costas.

Quero falar tantas coisas, perguntar tantas coisas... Mas não posso, então decidi pensar em suas palavras "o pior já passou".

-Eu vou ter que sair pra falar com o médico, daqui a pouco eu volto tá bem? Aí eu fico o dia todo com você ok?.-Pergunta olhando em meus olhos.

Consigo movimentar levemente minha cabeça, o que até me assusta, e vejo que surpreende Felipe também.

-Viu como você já está conseguindo se movimentar aos poucos?.-Diz bando um selinho em meus lábios, aaah como eu queria corresponder seu beijo, e não só um mero selinho.

Sorri para ele, realmente, era pequenos gestos, mas com ele eu percebia que rápido eu ia voltar a me movimentar e falar normalmente.

O dia passou tranquilo, no fim dele eu estava cansada. Lipe não saiu de perto de mim, ele ficou o dia todo contando sobre minha família, eu queria perguntar dos meus filhos, mas não conseguia, e ele não tocava muito no assunto, não sabia se era por medo, ou por alguma outra coisa...

TOC TOC

A porta se abre e eu posso dizer que não estava preparada pro que veria.
Minha mãe, meu pai, Arthur e Maitê entraram. Meus irmãos não pareciam mais os mesmos, só os reconheci por que ainda tinham os traços de crianças, mas agora não​ eram mais tão pequenos, eles agora eram um homem é uma mulher. Maite usava um vestido florido, seus olhos estavam mais vivos que nunca, e seus cabelos diferentes do da última vez que os vie, estavam compridos, na altura da cintura, longamente dourados, seu corpo estava robusto, realmente não era mais minha garotinha. Arthur, bom ele estava um rapaz lindo e musculoso.

Meus pais olharam pra mim e sorriram, e consequentemente eu sorri também.

-O meu amor, que saudades filha.-minha mãe chega perto de mim e passa a mão em meu rosto.

-Ma... mamãe.-digo.

-Isso.-disse sorrindo e me abraçando.

Meu pai chega perto de mim e beija minha testa.

-Fico feliz que você voltou querida.

Meus irmãos chegam perto de mim e Maitê começa a chorar.

-Na... não chora ga...garotinha.-sussurrei baixo.

Queria a abraçar, mas eu não​ conseguia, é aquilo já estava me irritando.
Ela abre um grande sorriso.

-Estou tão feliz de você voltar belinha.-sussurra e me aperta mais forte.

Depois de um longo abraço, Arthur também me abraça. Meus pais conversam comigo por um bom tempo, falaram sobre Emy também, e descobri algo que me deixou surpresa, Emy tinha uma filha agora, a pequena Esther de 2 anos, aquilo me chocou, no fundo eu não acreditava que havia se passado tanto tempo.

Já se passava das 22:00 quando eles foram embora, me deixando só com Felipe.

-Amor, desculpa ter que te deixar aqui, mas tenho que ir ver as crianças.

Eu queria tanto ver eles, meus filhos, queria ver como estavam.

-Que...quero, e..eles.-falei com esforço​.

-Eu sei querida, mas não sei quando eles vão poder vir.

Eu fiquei tão triste com aquilo, eu sou a mãe deles, eu deveria proteger, mas ao contrário disso eu estava sendo uma total desconhecida.

-Não fica assim, vai dar tudo certo, amanhã eu te vejo tá.-ele me dá um selinho, é mesmo aquele singelo gesto me fez feliz.

-Te amo.-diz ao desgrudar nossos lábios.

-Ta... Tam... Também.-digo e sorrio.

Felipe:

Saio de seu quarto e vou para o consultório do doutor.
É tão bom ver ela falando, e ótimo ver ela de volta, conversar com ela e ter uma resposta, ver seu sorriso, seu lindo sorriso.

TOC TOC

-Entre.-escuto ele dizer.

-Com licença.

-Que bom que veio Felipe, precisava falar com você mesmo.

-Pode dizer.

-Se sente por favor.-diz mostrando a cadeira.

Sento na cadeira e o olho esperando que ele diga algo.

-Bom, os exames feitos na sua mulher mostraram que seus órgãos estão ótimos.-aquilo me fez sorrir abertamente.

-Que bom.

-So os músculos delas que não estão muito bem, foram 5 anos sem utilizar eles, por isso ela aos poucos vai aprender novamente os movimentos, se acostumar, será tudo novo, como se fosse uma criança que aprende a andar e a falar. Vamos começar a fazer fisioterapia apartir de amanhã.

-Ok, Doutor ela quer ver nossos filhos, eu posso trazer eles?

-Olha eu não​ recomendo, porquê apesar dela ter acordado e saber da verdade... será meio chocante pois ela vai ver que os filhos realmente são crianças, e não bebês, é isso pode prejudicar ela, e não é o que queremos, e também tem as crianças, imagina eles vêem a mãe acordada, mas ver que ela não​ consegue falar direito? Eles são crianças pequenas, não tem cabeça para coisas grandes assim, isso pode os afetar, estão espere pelo menos até ela ter movimentos... Conseguir falar bem...

-Eu entendo doutor, mas é difícil proibir ela de ver eles, ela quer tanto ter eles perto.

-Pense que isso é pro bem de todos.

-Eu entendo, vou fazer o que você pede, vou esperar mais um pouco.

-E o melhor.-diz.

Saio de seu consultório e vou para casa de Emy, com toda correria ela teve de buscar as crianças na casa de Luiza.
Vai ser difícil manter as crianças longe e explicar porque não podem mais visitar a mamãe, mas eu vou conseguir lidar com isso, tudo por eles.

"As vezes temos que fazer sacrifícios por quem amamos, mas no fim tudo dará certo"

"Destinos Traçados"Onde histórias criam vida. Descubra agora