{25}

29 4 28
                                    

          {quinta-feira - Bella}

  Quase uma semana se passou daquele que foi um dos jogos de futebol americano mais importantes da escola. Felizmente a nossa equipa ganhou e recebeu a taça sobre a qual se fez uma grande festa. Afinal de contas não é sempre que se ganha o campeonato do 1º. período. No final do jogo a minha mãe entregou-me o ramo de flores com lágrimas nos olhos e como estava cansada foi com o meu pai para casa. Já eu e Holly, como integrantes das Cheerleaders, ficámos espantadas quando a equipa de futebol nos convidou para irmos com eles para a festa que se seguiria num bar. Obviamente aceitámos e eu, Holly, Jack e Gilinsky seguimos com todos até ao bar onde nos divertimos com moderação e juízo. Acho, principalmente, que a minha amiga conseguiu usufruir bem do tempo que passou com Gilinsky que acabou por dormir em sua casa devido às horas a que saímos do estabelecimento.

  Hoje, depois de quase uma semana, é dia de Natal. Muitos não gostam desta época, mas para mim não há nada igual ao Natal, à sua magia, à sua beleza... As luzes nas cidades, as músicas, o frio que congela a pele cada vez que se sai à rua, as compras, os cachecóis e gorros, os agasalhos, a árvore de Natal... São tudo coisas que desde muito nova fui habituada a apreciar, principalmente com a minha avó. Este é o primeiro Natal que passo sem ela e mentiria se dissesse que não sinto falta da sua presença, das suas brincadeiras na cozinha enquanto cozinhávamos todos os doces necessários para satisfazerem a mesa desta noite especial.

  - Então Bella, em que tanto pensas? - pergunta a minha mãe com uma camisola adorável vestida de Natal que lhe realçava a barriga.

  - Na avó... - digo sem a encarar enquanto colocava os guardanapos na mesa - sinto a sua falta. - ela toca-me nos ombros e puxa-me para me sentar no sofá.

  - Eu sei que sentes a falta dela, e não sabes o quanto eu e o teu pai lamentamos não te termos dado a atenção devida nessa altura tão difícil especialmente para ti... - admite e esboço um leve sorriso ao lembrar-me dela.

  - Não faz mal - minto, a verdade é que na altura custou muito, mas agora com a vinda de Jett não quero trazer esses problemas do passado à tona - para o ano esse pequenino já estará cá fora! - profiro e massajo a barriga da minha mãe sentindo um pontapé que me faz rir.

  Não há uma única vez em que eu fale com o meu irmão e que mexa na barriga que ele não dê um pontapé.

  - Acho que vocês vão ter uma relação muito especial! - diz o meu pai chegando ao pé de nós - mas vá Jett, hoje não agridas nem dês muitas dores à mamã - olho para os meus progenitores que sorriam um para o outro e eu própria deixo transparecer um sorriso mais que genuíno.

  É nestes olhares, nestes sorrisos que percebo que é assim estar-se apaixonado. Estar-se apaixonado é fazer todas estas lamechices sem se pensar, por instinto... E assim posso sem dúvida dizer que estou apaixonada pelo Jack. Ao pensar nisto recebo uma mensagem dele a dizer que gostava de me vir entregar uma prenda e respondo para ele passar por cá que também lhe tinha algo para entregar.

  - Mãe mais daqui a nada o Jack vai passar por aqui só para lhe desejar feliz natal - profiro e ela olha logo para mim a sorrir.

  - Claro podes logo dizer-lhe para entrar - diz mais entusiasmada que eu e acabo por sorrir.

  - Ohh ele deve querer voltar para casa para ao pé dos pais, não o vou atrasar.

  - És capaz de ter razão... - profere voltando a sua atenção para a louça que lavava no lava-loiça - e como vão as coisas entre vocês?

  Naquela pergunta, e sem pensar, vi na figura interessada da minha mãe a minha avó. Não valia a pena estar a omitir coisas aos meus pais. Agora que tenho a sua dedicação e tempo quero aproveitar da forma certa e não dar-lhes razões para desconfiarem de mim, por isso teria de falar abertamente das coisas.

Cheerleader || Jack & JackWhere stories live. Discover now