Branca de Neve (Romance Lésbico)

Capítulo 1 - (ELIS)

Eu sentia que aquela noite seria memorável, inesquecível e diferente algo em mim dizia:

"Garota hoje a noite é sua esteja pronta!"

Ouvindo a minha voz interior tomei um banho de horas ao som de Pitty, me vesti de acordo com a inspiração "BAD GIRL", calça preta colada no corpo, uma blusa básica branca, uns colares de corrente prateados, fiz uma maquiagem destacando os olhos, os cabelos deixei soltos e rebeldes, pra finalizar o Look saltos pretos e um casaco de couro preto cheiro de adereços. Aprovando o que via no espelho, peguei a bolsa o celular e saí.

-Ana sua vaca, porque você não vai hoje!?

Perguntei indignada a Ana uma das minhas três melhores amigas.

Saíamos sempre as quatro, Eu, Ana, Luana e a Kell.

-Minha meio irmã chegou hoje e meu pai quer que eu fique com ela.

Explicou-se com a voz entediada.

-Hum... Incesto é vaca? E a irmã é gostozinha?

Provoquei.

-Não é pro seu bico, sua vadia sem coração!

Eu ri alto amava provocar a Ana.

-Sério, vem não tem barzinho nem balada sem você! - Implorei. - Traz a tua irmã, prometo não fazer nada que ela não queira. Conclui com malícia na voz.

Ana desligou o telefone na minha cara, me fazendo sorrir mais uma vez. Ela me conhecia bem, sabia do que eu era capaz pra conquistar uma garota que me interessasse fosse hétero ou lésbica, casada, solteira ou namorando não me importava, eu só queria um bom sexo de apenas uma noite e nada mais.

Estava na calçada esperando um taxi, porque eu não iria usar aquele Look todo pra pegar ônibus, quando recebi uma mensagem da Ana.

"Eu vou, tas onde?"

"No Taxi."

Respondi.

"Chego em dez minutos."

"E a irmãzinha vai?"

Provoquei.

"Não!"

Sorri, sabia que era mentira.

Assim que cheguei fui logo entrando as meninas já deviam ter chegado todas, vi o carro da Luana estacionado do outro lado da rua.

No palco do barzinho tocava uma banda formada só por meninas o estilo era bem eclético tocavam de Pitty á Roberta Miranda. Eu e a vocalista Alice já havíamos tido um caso que não deu em nada, se meu coração é de gelo como dizes o dela é de pedra.

"É sempre um prazer revê-la Elis, espero que nos de a honra de subir no palco hoje."

Falou ela ao microfone com cara de quem me queria, mas hoje eu queria carne nova, sexo diferente.

Sorri para a Alice e disse: "hoje não!"

Ela leu meus lábios e entendeu que a resposta era pras duas coisas, pro convite no olhar e o feito ao microfone.

Hoje o bar estava especialmente cheio apesar de ainda está cedo, chegávamos sempre cedo para garantir nossa mesa de canto perto da entrada do banheiro, tínhamos uma vista boa do palco e acesso ao banheiro dos funcionários, que nunca tinha fila.

A Luana acenou da "Nossa Mesa", por onde eu passava as pessoas me cumprimentava, eu amava aquele tratamento.

Mal cheguei á mesa fui atacada pelas vacas que me abraçaram todas juntas, nem sequer notei a presença da irmã da Ana.

-Me soltem vão me amassar!

Reclamei sorrindo.

Já ia me sentando quando a banda anunciou uma pausa e na mesma hora começou a tocar "Buttons" de Pussy Cat Dolls, piramos eu e a Lú corremos para a pista de dança, fizemos coreografia junto com um grupo de gays que já se jogavam na pista, nem tive tempo de sentar e lá estava eu jogada na pista de dança.

Dançamos mais algumas músicas até que a cede bateu e voltamos á mesa já cheguei pedindo uma bebida ao garçom que era nosso amigo e trouxe rapidinho.

-Sua irmã é uma fofa.

Comentou Kell com a Ana.

-Sua irmã veio vaca?

Perguntei cheia de malícia no olhar.

-Veio, mas, por favor, não dá em cima dela!

Quase implorou séria.

-Vou tentar. Cadê a gatinha?

Questionei olhando ao redor.

-Deve ter ido lá fora pegar um ar ela disse que tava quente demais aqui.

Respondeu a Kell olhando ao redor procurando a irmã da Ana no meio da multidão.

-Tá afim dela né Kell?

Cochichei no ouvido dela, vendo-a enrubescer apenas confirmando, minha breve suspeita. A kell era transparente como água de fonte cristalina até quem não a conhecia podia adivinhar seus pensamentos.

-Não! Ela é linda, simpática e inteligente, mas não fiquei a fim dela  não.

Falou sem me convencer nem um pouco.