Branca de Neve (Romance Lésbico)

Capítulo 5

(Camila)

Acordei ao som de risadas e musica alta, nem se quer lembrava de onde estava, minha cabeça ia explodir eu não costumava beber tanto assim e parecia que na noite anterior eu havia bebido muito mais do que devia, acho até que contei para a Ana que eu era lésbica, será que eu contei sobre o beijo que dei em uma de suas amigas, acho que todo mundo percebeu pelo jeito que eu olhava pra ela tentando provoca-la.

Levantei da cama e fui até a sala e vi as quatro amigas conversando na cozinha.

-Oi.

-Bom dia, já íamos te acordar.

Falou Kell se aproximando de mim e me dando um abraço.

Elis estava de costas para a porta da cozinha parecia tão concentrada nas panelas que nem se deu ao trabalho de virar pra me encarar.

-Preciso tomar um banho. 

Falei olhando para as costas de Elis. 

"Porque ela não olha pra mim?"

-Vamos eu te levo, fui em casa e peguei umas coisas na sua mala, porque provavelmente vamos passar todo fim de semana aqui, tem problema pra você?

Perguntou a Ana animada.

-Papai sabe? 

-Sabe, ele até gostou de saber que estamos nos dando bem.

Ana estava leve parecia mais a vontade comigo. Parecia até ter esquecido que eu era apenas sua meio-irmã, indesejada.

Tomei um longo banho pensando em Elis o tempo todo. 

Nos lábios carnudos na pele negra perfeita, nos olhos meio apertadinhos que quando ela sorria sumiam e dava pra ver apenas um brilhinho, lembrei da noite anterior dos seus lábios pressionando os meus, das mãos percorrendo minhas costas e que depois queriam tomar meus seios... Soltei um gemido baixinho já me sentia arder instintivamente tomada pelo desejo que sentia por Elis desci a mão delicadamente até alcançar meu clitóris acariciei-o com carinho e senti o tesão me tomar, me encostei na parede a outra mão levei ao meu seio direito os carinhos começaram delicados e gradativamente tornaram-se energéticos eu gemia baixinho chamando o nome de Elis, tentava abafar minha voz mas á cada novo movimento minha vontade era de gritar de abrir a porta daquele banheiro e obriga-la a saciar o desejo que ela havia provocado.

-Camila, ta viva?

-Sim , já estou saindo!

A voz abafada de Ana me despertou da minha loucura, parei na mesma hora de me tocar e terminei meu banho com dificuldade.

Já pronta e sentada na sala esperávamos que Elis terminasse de se arrumar iríamos á praia, se não fossem os edifícios na frente do dela teríamos uma linda vista pro mar.

-Então Lú descobriu quem foi a vítima da Elis ontem?

Perguntou Ana irônica.

-Não. 

Respondeu olhando pra mim discretamente.

-Hum, estranho... Ela nunca te esconde nada.

Falou Kell desconfiada.

-Quem nunca escondeu nada?

Perguntou Elis entrando na sala. 

Ela estava simplesmente deslumbrante o cachos estavam presos num rabo de cavalo, ela usava um biquíni preto, quase perdi o ar ao ver aquele corpo escultural exposto daquela forma, o vestido fino e transparente que usava não escondia nenhuma das formas perfeitas de Elis, as coxas grossas e bem torneadas, a cintura bem feita e delineada, os seios médios perfeitos e arredondados, estava fascinada e desta vez não consegui disfarçar, minha sorte era que Ana e Kell discutiam algo e não prestavam atenção em mim.

-Ninguém!

Falou Lú pegando a chave do carro e já alcançando a porta do apartamento.

-Vamos de carro Lú? A praia é tão pertinho... Reclamou Elis.

-Vamos sim, porque depois vamos almoçar naquela churrascaria que eu adoro!

Ela sorria pra amiga.

A ideia do almoço animou a todas menos a Elis.

-E o que eu faço com toda comida que eu fiz?

Questionou apontando para cozinha.

Luana ponderou por uns instantes 

-Será nosso jantar.

Interviu Ana.

Elis não gostou muito mas concordou ela ficava linda contrariada, na realidade ela era linda de todo jeito.

Eu não conseguia pára de olhar pra aquela bunda exposta através do tecido fino, os movimentos de seu corpo ao andar era de veras extremamente sensuais senti minha calcinha ficar molhada.

-Se você continuar olhando pra ela assim a Ana vai perceber.

Sussurrou Lú ao meu ouvido me fazendo desviar o olhar de Elis para ela assustada.

-Eu... Não... - Gaguejei.

-Não precisa se explicar gatinha, só tome cuidado pra não derreter um certo iceberg, descobrir que dentro dele tem um raro coração de verdade e acabar machucando-o.

Entendi muito bem o que Lú queria dizer.

-Ela ta me enlouquecendo. 

Falei tão surpresa quanto Lú com minhas palavras.

-Um pouco de loucura não faz mal a ninguém, mas se a machucar eu te mato.

O tom era humorado, porém senti a ameaça sutil.