O melhor amigo que alguém pode ter

2.5K 221 73
                                    


Não é como se eu não tivesse visto Niall durante a semana, muito pelo contrário, eu o vi todos os dias, mas não era mais como antes, eu sentia sua falta mesmo estando próximo dele, o que eu associava ao fato de que tanto eu quanto ele estávamos focados demais em nossos relacionamentos e negligenciando as outras partes de nossa vida, principalmente, nossa amizade.

– Por favor, vamos fazer alguma coisa hoje a noite só eu e você. – Eu quase implorei quando chegamos a nossa sala.

– Achei que você nunca fosse pedir! – Ele disse bravo e riu depois. – Jurava que nosso tempo junto havia acabado agora com bebê e Louis. – Riu.

– Eu é que achei que você só podia sair com Liam agora. – Eu rebati e ele deu de ombros. – Caramba, qual é nosso problema?

– Acho que nos focamos muito em uma parte de nossa vida e esquecemos do resto. – Ele suspirou. – Vai ser bom ter um tempo só nosso. – Ele disse um tom mais baixo, como se confessasse um segredo.

– Na minha casa ou na sua?

– Minha casa, meu pai vai ficar a noite toda vendo a programação esportiva, então temos o resto da casa livre. Sete horas?

– Parece perfeito para mim. – Pisquei para ele.

– Como está o trabalho de vocês, senhores? – O professor disse ao parar a nossa frente. Niall e eu fizemos uma expressão culpada, já que a folha à nossa frente estava em branco. – Vou separar os dois. – Ele olhou para o resto da sala, decidindo.

– Não, Sr. Parker. – Niall protestou quase implorando. – Nós vamos fazer o trabalho. Nos desculpe.

– Eu os conheço bem o suficiente para saber que ficarão tagarelando até o final da aula. Srta. Edwards, pode trocar sua dupla, por favor? Venha fazer o trabalho com o Sr. Styles. – Olhei para Niall que estava visivelmente desconfortável, afinal a dupla de Perrie era Josh. – Sr. Horan, com o Sr. Devine.

Josh abriu um sorriso tímido e Niall tentou não parecer que não queria de fato ficar ao lado do alfa.

– Como está o bebê? – A ômega loira perguntou animada enquanto começava a responder alguns exercícios.

– Crescendo saudável. – Eu disse evasivo, abrindo um sorriso pequeno.

– Ouvi dizer que é um menino, é verdade?

– As pessoas comentam sobre isso? – Perguntei incrédulo.

– Desculpa. – Ela disse culpada. – Não quis soar fofoqueira ou intrometida, é que eu adoro bebês. – Ela abriu um sorriso tímido e eu assenti com a cabeça, fazendo com que um silêncio incômodo ficasse entre nós dois.

– Desculpa, eu não queria ser rude. – Me justifiquei depois de perceber que ela realmente não havia feito por mal. – Eu só não gosto da ideia das pessoas julgando e falando sobre a minha vida, como se eu fosse um irresponsável que precisa de ajuda, entende?

– Claro que sim. Você tem toda razão, foi horrível o que fizeram com você no começo. – Ela disse realmente interessada. – Odeio pessoas que acham que podem comandar a vida alheia, por isso não quis soar invasiva.

– Tudo bem. – Eu sorri e acariciei minha barriga. – É um menino, o nome será William, mesmo que Louis queira que se chame Edward. – Eu ri e ela sorriu encantada. – Ele está crescendo bem e saudável, agora já começa a se mexer com mais frequência, todo dia sinto alguma coisa, mas não é possível que os outros sintam ainda e eu espero que quando aconteça Louis esteja por perto, porque ele quer muito isso. – Ri e ela parecia ainda mais encantada olhando para minha barriga.

Enlace - l.s (a/b/o)Onde histórias criam vida. Descubra agora