cap 10

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- Eu não acredito que ele finalmente dormiu. - sussurro para William, ao fechar a porta do quarto de hóspedes  que ainda não está montado com as coisas que compramos. Isso mesmo, as coisas que compramos ainda estão "no caminho", até pensei em ligar na loja e reclamar pelo atraso, mas a esse ponto meu cansaço é maior do que qualquer coisa.

Tento relaxar diante da novidade, mas é difícil. Nunca tive que cuidar de crianças e agora de repente uma caiu do céu e não posso reclamar, porque é filho do meu noivo, o que faria de mim uma bruxa mal amada. Suspiro.

- Nem eu. Fala sério, por que eles não vem com um botão de desligar? Eu não vou aguentar isso por muito tempo.

Ha ha, que engraçado. Como se isso fosse algo que pudéssemos escolher. Me abaixo para pegar os sapatos do menino que estão jogado no pequeno corredor.

- Meu Deus Will, isso foram só três horas, dos próximos quinze anos.Espere ele ter a idade em que vai começar a gritar com a professora e você tiver que ir até a escola, ou quando ele começar a trazer garotas para cá e isso aqui virar um tipo de bordel, ou se ele decidir dar festas enquanto estivermos trabalhando ou viajando a negócios e quando voltarmos a casa vai estar acabada, então se prepare.

- Meu Deus, ele só tem três anos, não precisa dar spoiler dos próximos anos, não estou tão ansioso assim. - ele grita da sala.

Reviro os olhos. Acho que estou um pouco assustada. Abro a porta do quarto, largo os sapatos do menino no chão perto da parede e faço o mesmo com os meus. Alívio. Sinto alívio por esse dia estar acabando, por amanhã ter meu dia de blá blá blá com Carrie sobre seu casamento, alívio por eu ter tirado as malditas sapatilhas que estavam comendo meus pés, mas que insisti que iria mate-las até a criança dormir, por que ao meu ver, ele tinha que ver que eu não era uma bruxa ou algo do tipo, eu podia ser o mais próximo de uma tia ou uma boadrasta.

Finalmente sã, tiro meu vestido e o coloco no cesto de roupas sujas. Estou para o banho mais relaxante da minha vida. Tiro os anéis de meus dedos, o colar e prendo o cabelo. Pronta para entrar no banheiro, sem escutar nenhum barulho, William me prensa na parede. Não sei o que é pior, ele me assustar, ou eu bater com tudo minhas costas na parede.

- O que você está fazendo? - pergunto séria.

Seu rosto se aproxima do meu pescoço, me fazendo arrepiar, mas afasto o pensamento. O que ele pensa que vamos fazer? Transar depois de ter a tarde mais cansativa de nossas vidas. o menino chorou horas depois de Will derruba-lo do cavalinho.

- Estou retomando o que não conseguimos terminar. Acabou o momento família e agora podemos continuar. - ele dá o sorriso molhador de calcinhas, mas bloqueio qualquer tipo de reação a isso.

É impossível ficar brava com ele. É como se ele soubesse. Toda vez que tento ficar brava com ele, o sorriso aparece e me faz esquecer toda a merda. Sorrindo, retiro suas mãos de minha cintura e o empurro em direção a cama, mas óbvio que eu continuo parada no meu lugar. Ele pisa duro como uma criança faria e senta na cama de frente para mim, enquanto tento manter minha cara de brava.

- O que foi? Vai me negar agora?- ele pergunta sorrindo e já tirando a camisa, deduzindo que eu vá cair nessa. Não vou não querido, estou cansada e amanhã outro dia começa.

- Eu te avisei o que aconteceria se você não terminasse nossa brincadeirinha e bom... - assim que termino de falar entro no banheiro para evitar de ver ele tirar a calça e me seguida a cueca.

Eu sei que vai ser difícil negar a ele durante uma semana, mas fala sério. Eu estava pronta a ponto de explodir em poucos segundos e ai ele decidiu que tinha que abrir a porta. Suspiro e tento focar em tomar banho e me preparar para dormir.

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