25. ACERTO DE CONTAS

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MERLE DIXON 

Quando você vem de uma cidade pequena como Dawsonville, Atlanta pode ser um paraíso, ou um maldito inferno. Tudo depende do ponto de vista e do dia.

Diversão, garotas e drogas, tudo mais fácil na cidade grande. Por outro lado a concorrência é absurda, vender umas paradinhas e ganhar uma grana pode ser um belo desafio, os traficantes da cidade podem ser bastante violentos quando se trata de defender seu território.

Mas eu sempre fui bom no que faço, o que me gerou bons contatos, por isso, arrumar um lance, pra ir me mantendo até que eu finalmente pegasse aquele almofadinhas do Jason não foi difícil.

O maldito andava por todo canto com medo, não pela Shannon, quem buscaria vingança por uma simples garçonete? Mas ele tinha mexido com a filha de Peter Cooper, não tinha sido só a surra, todo mundo sabia que Peter não era o tipo que deixava as coisas pra lá.

O que ninguém sabia é que aquele Peter Cooper estava morto, era como se alguém tivesse cortado as bolas daquele maldito, se fosse em outra época...

Contudo, minha cunhadinha que me perdoasse, eu não estava lá por ela. Natalie Cooper já tinha gente demais pra cuidar dela. Eu estava ali pela Shannon, ela merecia mais.

Observei a arma em cima da mesa do quarto fuleiro de hotel onde eu estava. Aquele era o dia. O desgraçado estava indo para uma casa de campo ao norte da cidade, com o filho e a esposa, grávida, pelo que eu soube.

Depois de muito tempo, muito papo e algum dinheiro, um dos seguranças dele estava me devendo um favor. Ele me daria acesso a casa e distrairia os outros dois colegas de trabalho.

Seria jogo rápido. Um só tiro. Entrar e sair.

Sim, eu nunca tinha feito algo como aquilo, matar um homem, mas Jason merecia, não só pela Shannon. Eu tinha observado o filho da puta por tempo suficiente pra saber o que ele era...

Eu hesitei no início, no primeiro mês apenas segui o maldito, uma surra bem dada talvez fosse o bastante... Mas então eu percebi que homens como Jason não seriam detidos por uma surra, ele não pagaria o que fez com a Shannon com um a surra. E talvez ele fizesse outra vez.

A imagem da esposa e do filho me vieram a cabeça, um gosto amargo e conhecido invadiu meu paladar, ele acabaria com a vida dos dois, exatamente como meu pai tinha feito...

Vesti a jaqueta e coloquei a arma escondida no cós da calça, era início de tarde, mas eu teria que dirigir algumas horas até meu destino. Antes disso, havia apenas uma coisa que eu tinha que fazer, afinal era treze de julho.

Deixei o quarto e segui para uma cabine telefônica qualquer, disquei o número da oficina e após alguns toques Cooper atendeu. Daryl e Natalie tinham ido acampar, como um casal de pombinhos apaixonados. Minha cunhadinha devia ter uma bela chave de perna, porque eu nunca pensei que aquela merda duraria tanto.

LIFELINE¹ - BEFORE THE END | Daryl Dixon ✓Where stories live. Discover now