33. A CARTA - Epílogo

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• DARYL DIXON •

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• DARYL DIXON •

Meses depois...

Se existe algo que eu realmente aprendi com a minha vida foi que existem erros e acertos, mas raramente os acertos te definirão, ou te acompanharão pelo caminho.

Acertos não tem peso, eles se esvaem com o tempo, e ninguém se lembra deles, nem nós mesmos.

Mas os erros...

Erros pesam toneladas, e esse peso se torna cada vez mais insuportável com o tempo. Não tem como esquecer um erro, eles te assombram e definem quem você é. Como uma maldição.

Minha vida sempre foi cercada por erros, não apenas os meus, mas os de outras pessoas também. Isso é o que eu sou. Não tem escapatória.

Mesmo quando eu pensei que estava fazendo o certo, eu estava cometendo um erro. Contudo não tinha como voltar atrás... O que estava feito, estava feito.

Era tarde demais pra... qualquer coisa.

Eu era só um amontoado de erros.

— Esse é um jeito muito deprimente de pensar, Baby Dix. — A voz atrás de mim fez os pelos do meu braço se arrepiarem.

Me virei com a respiração aos saltos para vê-la se aproximar. Natalie Cooper.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntei, antes mesmo de pensar sobre qualquer coisa.

Eu estava sentado em um banco de madeira, em frente ao lago de Dawsonville, a água límpida se movia em ondulações por causa do vento forte e frio, enquanto o Sol nascia aos poucos no horizonte.

Natalie sorriu e foi como o mundo se tornasse um lugar melhor, apenas por causa daquele gesto simples. Eu estava calmo e em paz, mesmo que minha mente estivesse procurando uma explicação lógica para tudo aquilo freneticamente.

— Eu não sei... Por que você não me diz por qual motivo eu estou aqui? — Ela se sentou ao meu lado e pousou os olhos negros em mim. Galáxias nasciam e morriam em suas íris.

E, como se alguém tivesse acendido uma luz no meu cérebro, eu percebi o que estava acontecendo e tudo se encaixou na minha mente.

— Isso não é real. É um sonho... Não é? — Suspirei meio decepcionado e Natalie deixou a cabeça tombar para o lado, ela não precisou afirmar, seu sorriso triste mostrava que eu estava certo. — Merda!

Era estranho ter consciência que eu estava sonhando, minha mente sabia que nada daquilo era real, mesmo assim eu desejei ficar ali, apenas sentado em um banco imaginário com minha Natalie Cooper imaginária.

Era melhor que meus pesadelos, mas talvez fosse muito mais triste do que todos eles.

Natalie continuou calada, sua expressão doce e compreensiva real demais para que eu não sentisse meu peito arder.

LIFELINE¹ - BEFORE THE END | Daryl Dixon ✓Where stories live. Discover now