Capítulo 32

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Esperar Rodrigo aparecer fez com que dois dias parecessem dez. Me alivia o coração quando recebo sua mensagem.

Meu amor, desculpa, mas estávamos em área rural, o sinal não era tão bom, mas já estou de volta e com saudades. Podemos sair hoje?

Respondo no mesmo instante.

Claro, preciso mesmo falar com você.

Ok, te pego as 19h. — sua última mensagem

Estive um pouco apreensiva, pois decidi falar a respeito de Patrícia para que eu não me torturasse igual as outras vezes. Só relaxei quando comecei a me programar para o encontro, que precisava de muito capricho. Invisto no autocuidado. Faço depilação, unhas, cabelo, esfoliação, massagem e tudo o que julgo ter direito. Pelo menos o dia passou rápido com essas ocupações. Olho para o meu guarda-roupas e a maioria das minhas vestimentas são estilo fofa, meiga ou romântica, mas, hoje, não queria parecer isso, queria parecer muito mais madura.

Por sorte, avisto bem guardado um vestido de Charlie. Tínhamos mania de deixar nossas coisas pela casa uma da outra, ela principalmente. Olho para o vestido e lembro da vez em que ela usou, quando saímos para "uma noite quente", tema do aniversário de 18 anos de uma de suas primas. Acho que ela não se importaria se eu usasse.

Faço uma maquiagem que realça a cor dos meus olhos e um batom vermelho intenso para marcar também a boca, deixo meu cabelo solto e desço

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Faço uma maquiagem que realça a cor dos meus olhos e um batom vermelho intenso para marcar também a boca, deixo meu cabelo solto e desço.

— Jhuly, e toda essa produção? Você não acha que está linda demais? — minha mãe pergunta.

— Eu concordo, será que não está indo namorar? — meu pai complementa.

— É o aniversário de uma pessoa muito querida, como já havia dito a vocês, mas não se preocupem, chegarei no horário combinado.

—Tudo bem, juízo, minha filha! — eles respondem.

Chego e o carro dele ainda vem se aproximando, até que ele chega perto e entro. Rodrigo me olha dos pés a cabeça, parecendo buscar palavras.

— Achei que não tinha como você ficar mais linda e acabo de perceber que estava totalmente enganado.

— E eu achei que não havia como parecer mais gostoso — digo com toda razão e propriedade. Ele está com uma camisa social de mangas, cor de vinho, uma calça social preta, marcando muito bem seus adereços, e sapato também social, uma perfeição.

— Vamos? — ele diz.

— Vamos, qual a pedida de hoje? — pergunto.

— Vou te levar para jantar. — ele responde.

— No mesmo hotel? — pergunto.

— Não, mocinha, em um restaurante onde todos possam nos ver.

Mais uma vez ele consegue me surpreender.

Meu querido professorDove le storie prendono vita. Scoprilo ora