Different Alpha L.S.

Capítulo 8

- Entra logo, vou te levar pra casa.

- Precisamos conversar Ha...

- Não precisamos falar nada, nada precisa ser dito. Agora entre no carro, se alguma coisa acontecer com você eu perco minha cabeça, então entra logo.

     Louis apenas entrou e sentou no banco do passageiro, Harry então começou a dirigir.

- Harry eu...

- Não fala nada Louis, por favor. Eu não quero gritar com você, só me esquece está bem. 

- Eu não posso fingir Harry.

- Mas é exatamente o que você vai fazer.

- Você é um idiota Harry Styles.

           O alfa ficou em silêncio o resto da viagem até chegar na porta da casa do ômega e estacionar.

- Tanto faz, só vou te dar um conselho, tome cuidado o Stan não é quem você pensa, ele não é nenhum príncipe Louis.

- Vai pro inferno Harry, se você não é feliz com sua vida, não venha se meter na minha.

- Você quem sabe.

- Sim eu sei, e sei que você é só um bebê mimado enfiado numa casca de alfa. - Louis soltou de uma vez.

- Então é isso que você pensa de mim. Eu já devia esperar, sabia que não podia confiar em você. No fundo você é igual todos eles, um falso, mentiro..

    Harry sentiu sua face arder e Louis o olhou com raiva.

- Eu... você.... Esquece que eu existo Styles. Enfie seus malditos conselhos no rabo, eu não preciso de você.

-  Sai. - Harry mandou assim que sentiu que seu lobo estava a beira de explodir.

         Ele jamais machucaria Louis, mas isso não quer dizer que ele não se machucaria. 

- Com muito prazer.

      Louis saiu e bateu a porta do carro do alfa com raiva. Este acelerou o carro e foi pra casa, estacionou o carro na garagem, subiu as escadas e no meio delas foi parado por sua mãe.

- Querido como foi seu primeiro dia de aula?

- Seria ótimo se fosse o último.

- Por quê?

- Não me pergunte por favor.

- Tudo bem. Pensei que iria almoçar com o Louis.

- Não me fale nesse garoto, não quero vê-lo nem pintado de ouro.

- O que aconteceu para você estar assim Harry? - Ela indagou preocupada.

         Quando ele saiu, estava louco para ver o de olhos azuis e agora que voltou, não queria vê-lo nunca mais? O que estava acontecendo? 

- Eu só quero que ele suma da minha vida, a senhora nunca deveria ter nos apresentado. 

- HARRY!

- Harry nada. Eu sou um idiota, mas o Louis .... ah nem sei que palavras podem explicar a raiva, não dele, mas a raiva de mim mesmo..

- Qual foi?

- O que?

- Sua parcela de culpa.

- Como?

- Ninguém briga sozinho Harry, quando um não quer, dois não brigam.

- Eu não acredito que você também está defendendo ele.

- Eu só estou dizendo que todos dois tem suas parcelas de culpa, não estou culpando você,  mas também não estou te inocentando.

- Ah sim, esqueci-me, empatia ômega.- Harry disse sem pensar.

- Harry sou sua mãe, olha como fala comigo. - Ela disse fechando sua expressão.

- Só protege ele porque você também é ômega, eu sei, tem que defender seu lado.

- Harry Edward Styles. - Ela falou em um tom de aviso.

- Desculpa se a verdade ofende mãe, mas me perdoe se é a droga da verdade. Eu odeio essa merda toda. Eu só... não quero que ninguém me perturbe.

      Harry deu-lhe as costas e foi para seu quarto. Trancou-se no quarto e pegou o urso de Louis, o cheiro do garoto ainda estava nele, permaneceu abraçado e aspirando " Droga Louis, por que mesmo em tão pouco tempo, gostar de você já me dói tanto? Por que eu tenho que ser tão ciumento? Você é um ômega livre e eu a merda de um alfa doente. Eu tenho que ficar sozinho, é isso, eu tenho que esquecer você."

    Harry foi até a porta e chamou por Richard que logo apareceu.

- Sim Harry?

- Pode entregar esse bicho na casa dos Tomlinson ou tacar fogo?

- Claro Harry. Com licença. - O mordomo pegou a pelúcia e saiu, Harry voltou a trancar a porta.

    Ele sentiu seu estômago roncar de fome, mas ignorou, sentiu uma tristeza enorme o invadir e se misturar com a raiva. Parecia que algo o destruía internamente.

- DROGA! - Harry jogou tudo que esta em cima da escrivaninha no chão. - MERDA, ÓDIO.

       O alfa continuou a quebrar tudo que encontrava no chão, porta-retratos, troféus, havia muitos cacos pelo chão, as lágrimas desciam pelo rosto do cacheado e ele sentia como se houvesse uma bomba em seu peito prestes a explodir, seu lobo interior estava inquieto e indomável.

- MALDIÇÃO! POR QUÊ?! POR QUÊ?  LOUIS! LOUIS! QUEM É VOCÊ LOUIS?

      Harry apenas se deixou cair em meio a todos estilhaços, gritava a plenos pulmões e tudo que saia de sua boca era o nome do ômega. Sentiu sua pele ser perfurada, o sangue espalhava por suas mãos e braços e a dor nem se comparava com a que ele sentia internamente. Lágrimas, dor, sangue, amor, irracionalidade, ciúme, passado, morte, Louis. Tudo que Harry viu foi a porta ser aberta, sombras andarem até si, antes de se entregar a inconsciência.

ALGUMAS HORAS MAIS TARDE....

   Harry acordou com um bipe incessante e chato, abriu os olhos com dificuldade devido a luminosidade, seu corpo pesava e sua cabeça latejava de dor. Tentou se mexer para se levantar, mas não conseguiu, olhou para seus braços e viu que estava preso a cama. Lutou contra as amarras que o mantinha preso e apenas se machucava.

- Harry pare. - Anne pedia.

- Me soltem. - Harry se mexia ainda mais.

- Harry se acalme, está tudo bem. - O sr. Malik tentou acalmar o paciente.

- Me solta, me solta. - O alfa pedia enquanto tentava arrebentar as grossas tiras de couro que o mantinha preso à cama.

- Harry, primeiro você precisa se acalmar. - O médico explicava inutilmente.

- Me solta, eu não sou louco, me solta.

- Você não é louco Harry, só precisa lutar contra seu lobo interior. O que está te perturbando, está te machucando e está te destruindo.

- Me solta, me solta. - Harry pedia se mexendo arduamente.

- Harry você vai voltar a dormir para relaxar um pouco, você está muito agitado e se machucando. -  Yaser disse observando a situação do paciente.

- Não, não, não me apague, não. Só me solta.

    O homem apenas injetou o conteúdo de uma seringa que portava no soro do cacheado o fazendo se acalmar e enquanto tudo escurecia ele repetia:

- Louis! Louis!