Eu não conseguia ver nada,estava nervosa e aflita,até que finalmente o médico adentrou a porta,com vários papeis.
-Bom dia Elizabhet! Vejo que está melhor.
-O que houve com o meu olho esquerdo não consigo enxergar?
-(suspiro) Bom,parece que você tem andando muito estressada não é!
-Um pouco.
-Pois bem é isso que aconteceu,seu cérebro emitiu muitos impulsos nervosos,e toda a pressão foi para seu globo ocular.
-E quando vou poder ver de novo?
-Não sabemos,pode ser daqui algumas horas,alguns dias,ou até alguns anos.
-Anos?? Foi só um estresse!!
-Sim,um estresse muito forte,precisa descansar.
O médico foi curto e grosso,e meu pai sempre concordava com ele.
Mais naquele momento eu não ligava mais,porque me lembrei da carta,que havia encontrado,queria disser para mim mesma que aquilo era só um maldito estresse,mais não podia porque aquela "coisa" me perseguia por algum motivo.
-Elizabhet?
O médico me chamou.
- Não quero mentir para você,você pode perder a visão de um olho.
-Bom..se perder ainda tenho o outro não é mesmo?
-Ok,pelo menos esta sendo positiva.
Meu pai se retirou para atender o celular.
-Ah! Antes que me esqueça a aquela senhora estava muito preocupada com você,ficou aqui antes que seu pai pudesse entrar.
-Que senhora??
-Uma senhora...bom mais precisamente uma freira,ela disse que te conhecia muito bem.
-Freira??? ( Meu coração começou a bater mais rápido)
-Sim! Não a conhece,talvez não se lembre!
O médico saiu do quarto para atender outro paciente.
Eu estava com medo quem era essa maldita freira,porque aquilo estava acontecendo,comecei a ficar tão nervosa que acabei desmaiando novamente .Quando despertei senti que tudo estava estranho,estava mais frio ali no quarto do hospital,não estava muito bem,eu enxergava tudo mais lento,aquelas vozes me irritavam,os barulhos,até que de repente....tudo parou e escutei um som muito agudo.
Senti um desconforto,em ficar deitada,e queria muito água chamei pela enfermeira mais ela não veio.
Então eu mesma me levantei,eu fui devagar para o corredor,tudo tinha mudado,ali não havia ninguém,como se nunca existisse,eu não ouvia nada nem uma voz,eu chamei pelo corredor,mas minha voz ecoava como no eterno.Onde estavam as pessoas que a segundos atrás vi,e escutava muito bem.Segui por aquele corredor sem fim e escuro do hospital.
