Capítulo 04

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Eu nunca, e digo nunca mesmo, me vesti tão rápido com eu fiz quando cheguei ao meu quarto. Eu estava com tanta raiva que eu nem sei se me vesti corretamente. Saber que ele só estava com tesão acumulado porque essa experiência biônica o fazia assim foi um balde de água fria.

A tentação de pegar meu vibrador e me alivia era tanta, mas eu não queria pensar do másculo, sexy... Que droga de Tenente Max!

Estava pensando em uma maneira inovadora de ter um orgasmo sem precisar de um tal Tenente quando ouço a porta se abrir. Pego a primeira coisa que vejo encima da cama e miro para porta, mas paro antes de arremessa-lo.

- Mas que droga Mari. – Xinguei-a. – Quase que eu te mato!

Ela olhou para mim, olhou para o objeto na minha mão e logo começou a rir ate que lágrimas aparecessem em seus olhos.

- Com um pente? Serio? – Se possível ela riu muito mais de mim agora. – Quem você pensa que é? A filha do MacGyver?

Para que ela encerrasse essas gargalhadas irritantes fui logo pegando pesado.

- Entendeu a história do Marcello? – Ela se calou na hora.

- Estraga prazer! – Disse ela emburrada, mas soltou um suspiro e respondeu. - .Entendi porque ele não voltou, porém isso não explica por que ele se foi.

- Você vai contar o que aconteceu na sua vida depois que ele se foi?

- Eu, droga Eli, eu não sei. – Ela disse se jogando na minha cama. – Eu tenho que saber tudo antes de contar algo.

Eu sabia, e sabia que bem logo ela teria que contar tudo para o Guilherme e para o Marcello. O que seria difícil para ela, mas difícil ainda para o Guilherme.

Perdida pensando nos problemas da minha amiga, não notei quando a porta se abriu e novamente o pente foi minha arma, mas lá na porta não era o Tenente Max e sim Douglas, meu amigo.

Ele olhou questionativamente para mim e não demorou muito para que ele e a Mari estivesse caindo na risada.

- Não pergunte Douglas. – Mari falou tentando parecer séria.

- Espero que esse pente não seja para tentar deter os homens biônicos lá na sala. – O sorriso de Douglas ficou maior ao perceber que essa era a minha intenção.

Joguei o pente sobre a cômoda agarrando um pequeno prendedor de cabelo. Amarro rapidamente meu cabelo em um rabo de cavalo mais alto e olho para meus dois amigos, no momento não muito queridos, e eles tentam esconder o sorriso.

- Só falta a Luana aqui agora para quase ser morta por um pente. – Mari falou tentanto segurar o riso.

- Tem uma sala cheia de homens grandes e fortes, você acha que ela trocaria isso por algum de nós? – Todos bufamos.

Sabíamos que podíamos contar com a Luana sempre que necessário, mas nesse momento um ambiente cheio de testosterona não passaria intocado por ela.

- Falando em uma sala cheia de homens. – Douglas começou. – Eu acho que o único ali que não daria atenção para ela é o que seguiu você enquanto você esta só de toalha.

- Ele só estava checando a casa. – Tentei omitir o fato que se não fosse o grito da Mari ele estaria checando algumas partes do meu corpo.

- Sim, claro. – Mariana falou sarcasticamente. – Ele queria te acompanhar de volta para continuar a checar a casa. Certo!

- O que você quer que eu fale Mariana? – Falei zangada.

- Nós só queremos entender por qual motivo o grandão lá fora rosnava cada vez que um dos caras queria dar uma “checada na casa”. – Douglas falou.

Meu Homem Biônico - Biônico #01Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ