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os cachos dourado-avermelhados de daisy estão espalhados pelo braço de louis, seus lábios rosa e babados soltando bolhas de baba e reclamações. ela era uma bebê desajeitada, mas era honestamente a preferida de louis. ele poderia sentar e conversar com ela por horas, sem um mínimo choro ou reclamação. ela era como a calmaria ao meio da tempestade que era a vida de louis.

louis tinha essa coisa que amava fazer com ela. ele enrolava daisy em um lençol quentinho e a colocava em uma confortável cesta de piquenique antes de a levar para um vasto campo atrás de seu chalé, colhendo margaridas da grama selvagem e as colocando em volta da bebê. ela era como sua própria florzinha. literalmente.

sua mãe disse para ele ficar perto de casa hoje porque iria chover muito e ela teria que trabalhar até tarde. era sempre louis que tomava conta das meninas e mesmo que ele as amasse com todo o coração, era um pouco exaustivo.

ele estava gentilmente a balançando no balanço que tinham no quintal, murmurando uma melodia de uma música que havia escutado no rádio enquanto fazia seu dever de casa na cozinha. daisy parecia feliz com seus grandes olhos azuis e bochechas coradas, então ele continuou.

o sol estava começando a se pôr, um laranja vibrante envolvendo sua cidadezinha no campo. quando percebeu um respingo de azul ao longo da grande estrada de terra, pneus rolando nas pedras. ele esperou a jovem garota, ou garoto, ele realmente não sabia dizer, passar como o jornaleiro que iria gritar 'olá', jogar o jornal e continuar sua jornada. ao invés disso, o aro azul pastel entrou em sua estradinha e louis estava olhando para os mais lindos olhos verdes que já viu.

o garoto, – ele chegou a essa conclusão pelo peito reto e os estranhamente largos ombros da criança –,  parou bem em frente às escadas da varanda e louis apertou mais o pequeno desabrochar de vida em seu peito. ele estava vestido de um modo... diferente.

primeiramente, seus cabelos estavam presos em maria-chiquinhas com presilhas pastel e seus lábios eram rosa chiclete e brilhosos. ele usava um cropped amarelo vibrante que entrava em sua pequena saia jeans com um botão na frente. ele usava meias felpudas brancas com um lacinho, e tênis brancos em seus pezinhos. o menino desceu de sua bicicleta bem desajeitadamente, quase desequilibrando e caindo na grama.

louis teria levantado mas, bem... ele tinha uma criança em seus braços.

"oops." o garoto soltou uma risadinha e esse era o som mais adorável que louis havia escutado.

"oi." louis murmurou levemente, tombando sua cabeça ao que assistia o garoto limpar seus joelhos antes de correr as escadas desajeitadamente em seus tornozelos.

"olá." o menino parou a frente deles antes de olhar para daisy, covinhas aparecendo em suas adoráveis bochechas. "esse é o bebê mais fofo que eu já vi!" harry exclamou animadamente, se curvando para olhar melhor e louis pode cheirar seu shampoo de morango.

"você também é bem fofo." louis murmurou instintivamente antes de seus olhos se arregalarem e o garoto corar em uma cor bem bem rosada.

"obrigado." ele sorriu antes de esticar sua mão, revelando suas unhas azul claras. "sou harry." ele diz.

"louis." ele saudou em resposta, "e essa pequena é daisy."

os olhos de harry se iluminaram enquanto ele sentava no banco ao lado de louis e se curvava em seu colo, fazendo carinho nos cachos macios e dourados da menina. "daisy," ele murmurou, "é lindo."

louis concordou com a cabeça antes de dar uma olhada no menino mais velho, seus cílios grossos piscando em sua pele de porcelana. "ela foi nomeada em homenagem à flor favorita de minha mãe."

"hm..." ele cantarolou, "ela tem seus olhos." harry sussurrou e louis sorriu docemente para ele, apertando a bochecha de daisy.

"então de onde você é, harry? eu nunca te vi por aqui?" louis perguntou quietamente, não querendo perturbar a atmosfera calma.

"minha casa é mais ou menos um quilômetro do rio." harry murmurou e de repente a luz de seus olhos sumiu. louis instantaneamente se arrependeu de ter dito algo.

"bem, você é bem-vindo aqui à qualquer hora." louis disse honestamente. "aqui tem bastante comida para comer e eu poderia usar uma ajuda extra com as meninas."

harry levantou, enrolando um cacho cor-de-chocolate em seu dedo. "eu adoraria isso." ele soltou uma risadinha.

o que acharam?

all the love x B

ethereal » l.s [tradução]Where stories live. Discover now