As mesmas coisas

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Hoje eu caminhei pela mesma rua de sempre
e era noite, fazia frio e o vento soprava tão forte que balançava meus cabelos.
Olhei para o céu e nem tinha tantas estrelas mas a lua continuava sublime em toda a sua beleza.
Continuei andando e dessa vez eu lebrava que a pouco tempo
dizia que nunca mais andaria por aquela rua sozinha, e mais tarde estava eu
na mesma rua
numa noite igual a todas as outras noites de sábado
andando sozinha
como se nunca antes estivesse acompanhada.
E a gente nunca pode expressar o que sente
pois tem medo da opinião das pessoas.

Alguns falariam a seu favor e outros contra e ainda teriam aqueles
os piores de todos, que mentiriam sobre o que acham
e esperariam apenas você dar as costas para poderem te ridicularizar.
As pessoas são sempre muito dificeis de entender
e é justamente por causa delas que muitas vezes eu prefiro me calar.
Como hoje mesmo, queria tanto gritar pra todo mundo
ou mesmo que não fosse todo mundo e sim pra quem um dia já foi meu mundo,
gritar e dizer o que sinto no peito.

Esse peso, essas duvidas, essa dor , essa decepção...

Então me falam que decepção não mata mais ENSINA A VIVER!
É mentira, ela mata aos poucos uma pessoa que você já foi
e cria uma personalidade totalmente fria
por fora tranquila
mas por dentro inquieta
que com o passar do tempo vai ficando sem expectativas
desiludida
e descrente de tudo e de todos, reclusa em seu proprio mundo
e fã da propria situação.

Hoje eu caminhei sozinha
calada, sem pressa, cheia de pensamentos e conclusões
meus passos não forão diferentes dos de sempre
apenas senti que ela estava de volta
a mesma que sempre me acompanhou durante anos
vinha fazer do meu andar um momento menos agradavel porém tranquilo
a mesma que me impedia de ser quem eu fui e ter o que tive
a mesma, a própria
a fria e pálida solidão.

A flor sensível da AntártidaOnde histórias criam vida. Descubra agora