Pós casamento

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(Joan)

Eu observava Yuri dormir com pena de acordá-lo. Tínhamos que colocar o resto das coisas na mala do carro. Já que o resto já tinha ido no caminhão de mudança, mas era tão pouco que não valia a pena tira-lo do seu sono, apenas para levar umas caixas para o carro.

Apanhei tudo o que ainda faltava e levei para o porta-malas, deixando de fora apenas a roupa de Yuri e Jordan.

Íamos fazer o trajeto de carro pra não termos que pagar um extra pelo transporte da Minivan depois. E eu estava bem empolgada pra seguirmos aquele trajeto. Era a nossa primeira viagem em família!

Depois de arrumar tudo segui para dentro e coloquei a mesa para o nosso último café da manhã naquela casa.

Nós ainda não tínhamos nos mudado, mas eu já estava com saudades. Aquele foi o meu lar nos últimos anos e era inevitável não me sentir um pouco mais vazia por ir embora dali, mesmo que fosse para um recomeço melhor. Era apenas saudades e talvez um pouco de nostalgia por deixar toda uma vida para trás, mas era a hora do recomeço. E eu estava olhando para frente e pretendia continuar assim.

(Amber)

Eu estava finalmente casada e feliz. E aquilo era incrível, por que eu estava ao lado de um homem e estava feliz como ninguém jamais estive antes.

Deixamos a festa e me arrumei para viajarmos tentando esquecer o fato de que pelas próximas horas estaríamos confinados em um avião.

Sebastian me encarava com um misto de preocupação e divertimento, e eu tinha vontade de dar uns tapas nele por caçoar do meu medo,mas não era isso que ele estava fazendo. Eu sabia que ele estava apenas tentando tornar as coisas mais leves.

A viagem para o Brasil se seguiu de modo tranquilo e eu queria ter dormido a maior parte dela, mas infelizmente não consegui e Sebastian não desgrudou da minha mão, me oferecendo um remédio várias vezes que eu me neguei veementemente.

Eu quase beijei o solo quando desembarcamos e Sebastian parecia bem aliviado por finalmente a cor retornar ao meu rosto. Nos encaminhamos até um ponto e tomamos um táxi. Passei para o taxista um papel com o endereço da pousada dos meus pais e repousei no banco do carona ao lado do meu branco.

Acho que levamos pouco mais de uma hora de viagem naquele táxi e quando chegamos fomos recebidos por tia Élida, que era irmã de minha mãe e tio Eraldo, seu marido!

Os dois nos cumprimentaram com abraços calorosos e tia Élida comentou em português.

- Menina onde eu acho um homão desse? - Ri da sua colocação, e Sebastian simplesmente não entendeu o que minha tia disse

Ela nos conduziu até a cabana que íamos ficar e nos deixou com um sorriso contornando seu rosto.

- Enfim sós! - O abracei e beijei seu rosto. - O que achou daqui?

Sorri da sua colocação.

- Aqui é quente o ano todo, meu amor! Bahia é um lugar onde nem mesmo o inverno é tão frio.- O tomei pela mão e o levei até o quarto, a cabana onde estávamos era simples e aconchegante com uma sala onde havia uma TV, mesa com duas cadeiras para as refeições e um frigobar, o quarto com cama de casal, guarda-roupas, um cabideiro de chapéus e duas poltronas e o banheiro tinha uma banheira grande, e por isso eu tinha pedido a tia Élida para nos preparar aquela cabana, me joguei na cama arrancando os sapatos.


SEM PROMESSASWhere stories live. Discover now