Capítulo 55

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Encarei minha mão por vários minutos depois daquela noite. A linda aliança de pedra única brilhava em contato com a luz, e eu brincava com isso na casa de Louis em Londres.

Com a loucura do moreno, não conseguimos chegar em Nova York de novo na segunda, e quase fiquei desesperada, mas Jackson disse precisar de alguém da filial de lá para o fechamento de um contrato por aqui, e como eu já estava na cidade, ele nem precisou gastar dinheiro. O que foi um alívio pra mim e para ele.

Voltei com o contrato assinado em mãos e Louis ao meu lado na terça. A partir daí, os dias passaram cada vez mais rápido. Final de ano era a temporada de renovações de contrato na gravadora, então tudo estava corrido. Quando fui ver, já estava de férias pelo Natal.

As meninas, claro, surtaram ao me ver voltar com outra aliança em mãos, e passamos muito tempo falando sobre isso. Contei também sobre a turnê de Louis e tudo o que estava sentindo em relação a isso, e mais uma vez agradeci por tê-las em minha vida, porque sem os conselhos das três, não acho que conseguiria seguir em frente.

Mamãe foi outra que me ajudou muito. Minha família, no geral. Sobre o noivado, a gravidez... Tudo. Contar com eles foi muito bom.

Por conta da turnê, eu e Louis decidimos duas coisas. A primeira, que já passava pela minha cabeça desde o primeiro dia que acordei com a aliança no dedo, foi que o casamento seria definitivamente depois do nascimento. Não pensamos em datas nem nada, mas teríamos muito tempo para isso ainda.

A segunda, bem, foi adiantada de minha parte. Eu morava numa parte da cidade, Louis tinha um apartamento numa área um pouco mais afastada. Onde ficaria o quarto do bebê?

Por insistência minha, durante os meses que seguiram, meu pequeno quarto de hóspedes/escritório/guarda-tralha seria reformado. Louis estaria viajando e não seria uma boa ideia fazer nada em seu apartamento por enquanto. Decidimos que outras mudanças, a gente resolvia quando o bebê já tivesse nascido.

Agora, na semana do Natal, eu e Louis estávamos em casa, debaixo das cobertas e apenas conversando.

- Quando sua família chega? - pergunto. Jay havia dito que eles viriam para Nova York comemorar o final​ de ano pela primeira vez na cidade, então eu queria fazer algo com todos eles, e precisava programar.

- Acho que amanhã. - ele diz, calmo, e encaro-o. - O quê?

- E você só me avisa agora? - ele ri, beijando-me. - Louis, é sério! Eu queria fazer alguma coisa com as meninas, mas agora estão muito em cima para planejar...

- Hey... - ele começa. - Tenho certeza que elas adorariam qualquer coisa que você fizesse. Principalmente agora.

Acabo sorrindo também. Contamos para sua família sobre o bebê e o pedido de Louis em nossos dois dias na Inglaterra, aproveitando que Doncaster ficava perto indo por trem.

Não preciso dizer que as meninas ficaram loucas. Fizzy e Lottie queriam saber tudo o que eu sentia, e se eu realmente tinha desejos malucos. Metade da história eu contei indo ao banheiro, porque se tinha uma coisa que era verdade, isso era a vontade de ir ao banheiro toda hora. Úteros pegam muito espaço de nossas bexigas, e só agora lembrei o que Sarah passou.

Lembrar da amada de meu primo deixou-me um pouco triste. Eu estava com ela durante a gestação da loirinha, e queria muito que ela estivesse aqui para ver a minha.

Por sorte, eu tinha dois pares de gêmeos naquele dia para me alegrar. Phoebe e Daisy me manteram sorrindo ao dizerem nomes loucos que eu poderia colocar. E, bem, os outros dois ficaram mais confusos que eu, mas foi adorável. Doris perguntava se o bebê seria que nem ela, enquanto o irmão se divertia tocando minha barriga já um pouco dura (porque ela não exatamente dobra como quando temos gordurinhas a mais) e depois a sua, soltando uma risada gostosa quando apertava a própria.

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