• Oh SeHun •

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Capítulo 003

As vezes no sentimos um grão de areia no oceano. Vemos as coisas erradas do mundo, e não temos o poder para mudar nada. No final, viramos a marionete do mundo que nos usa para chegar aonde querem, e nem podemos fazer nada contra.

Em um conto de fadas o final é sempre justo. Afinal, no final da tempestade vem o arco-íris, mas não estamos em um conto de fadas. Sehun queria ter o poder de fazer um "feliz para sempre" para o seu pequeno e adorável contador da empresa e contador de histórias.

|13:59 P.M|
|Empresa|
|Sexta-feira|

SeHun andava apressadamente pelos corredores do segundo andar se sua empresa. Ele jurava que tinha visto aquele homem passar as mãos nas cochas do Kyungsoo. Ah, somente de lembrar do seu adorável contador ele sentia seu coração pular desenfreado. É claro, foi um ano inteiro alimentando aquele sentimento e toda vez que o via sentia as malditas borboletas no estômago, e perdia a coragem súbita de trocar uma simples conversa.

Seu sangue fervia de raiva, caminhando em direção ao banheiro onde tinha várias alas. Ele se segurou na reunião inteira para não levantar da cadeira e dar um soco naquele homem, que ousava encostar no seu pequeno mergulhado de malícia. Não imaginava que seu precioso dono do seu coração teria que passar por isso na sua primeira reunião.

    Entrou no banheiro já meio ofegante, tentando controlar a sua raiva. Tomou sua postura de volta, e andou silenciosamente pelo banheiro encarando o largo espelho que cobria a metade da parede à cima do lavatório. Ele então escutou um arfar e sussurros, olhou no espelho vendo que na última ala havia quatro pés. Ficando de frente da porta, escutou então as palavras que o deixou furioso.

— P-pare... S-socorro! — escutou a voz melodiosa do seu pequeno, trêmula e assustada.

    Sem pensar duas vezes ergueu o pé e chutou a porta com toda a sua força, fazendo o trinco voar e assustar tanto o homem quanto Kyungsoo. SeHun sentiu a sua respiração descompassada, ao ver o homem com aquelas mãos imundas segurando a barra da calça do seu pequeno. A expressão de assustado e trêmulo não passou despercebido, ainda mais as lágrimas que escorriam.

— Mas que porra está acontecendo aqui? — ditou frio mesmo que sua vontade era de gritar e estapear aquele homem.

— Senhor Oh! Que surpresa, nossa. — deu um sorriso amarelo tentando disfarçar o desespero. — E-eu e o funcionário Kyungsoo só estávamos curtindo um pouco o momento... Sabe? Nós perdoe, não é o melhor momento. É hora do trabalho! Isso, apenas estávamos mantando um tempinho... Não é Kyungsoo? — comentou olhando para o baixinho estático ainda sem falar, nem ao menos piscar. SeHun olhou o olhar aterrorizado.

— Você estava assediando um funcionário? Eu... — disse incrédulo pronto para enforcar o homem. — Vão direto para minha sala! OS DOIS! — gritou perdendo a razão ali mesmo.

   Kyungsoo rapidamente deixou o local seguido por Shin Daesang, o segundo contador da empresa. SeHun os seguiu contando mentalmente para não perder a calma, não poderia fazer nada que afastasse mais o Kyungsoo porém não podia deixar que aquele canalha saísse impune. Assim que entraram na sua sala, SeHun ainda em silêncio caminhou para de trás da sua mesa encarando os dois homens à sua frente.

— Quem vai me contar a história? E não adianta mentir, temos câmeras de segurança até no banheiro. — falou frio fazendo Daesang se mexer desconfortável enquanto Kyungsoo apenas tentava a todos custo não chorar.

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